2.ª Ronda daquela noite
Das duas, uma. Ou estava a sonhar ou o telefone estava mesmo a tocar. Deixei tocar mais um pouco. Era um toque lá ao fundo que não conhecia. Abri os olhos e porra!.. Estava agarrado a um gajo e o som de um telefone continuava a tocar. Afinal não estava a sonhar!... Tinha mesmo um gajo à minha frente e a porra do telefone que não conhecia o toque não era o meu. Olhei para as horas do relógio digital que tinha na cabeceira e acordei mesmo. O gajo era real e em uma fracção de segundos lembrei-me do que se tinha passado na noite anterior.
- Veja você o que se passou clicando (aqui)-
Resolvi abana-lo um pouco pois o telefone era dele.
O Jorge atendeu e inadvertidamente ou de propósito este ficou em voz alta de forma que ouvi a conversa.
- Estou!..
- Quer dizer que já acordaste.
- Sim pai. Já acordei mesmo agora.
- A tua mãe está farta de me chatear porque não ficaste em casa.
- Arranja uma desculpa qualquer, mas olha que certamente, não vou tão sedo.
- E o que é que queres que eu diga? Já sabes como ele é. Ela sabe que foste surfar comigo e ficaste na praia.
- Diz-lhe que fiquei com uma namorada e se calhar fiquei em casa dela. Fica mais satisfeita.
- Quer dizer!.. Eu, é que tenho de te aparar os golpes. A propósito, já tens o CD?.
- Não tivemos tempo para isso… Logo ele vai grava-lo. Tinhas rasão. Parece que acertei e estou apaixonado. Depois telefono, não te preocupes que estou bem.
Jorge desligou o telefone virou-se para mim e beijando-me comentou:
- Ouviste a conversa?
- Ouvi e vi, embora já tenha dado por isso que tens uma grande cumplicidade com o teu pai.
- O pior é a minha mãe que quer sempre saber com quem ando. Como não aceito o namoro com uma miúda que ela me quer impingir, tem medo que ande com homens.
- Mas já deste razões para isso?
- Nunca, O meu pai uma vês é que deu comigo com um colega a batermos uma punhetas.
- E ele?
- Só me disse se não passasse daquilo, não vinha nenhum mal ao mundo, Ele na sua juventude também tinha feito as suas asneiras e não deixou de ser homem e eu era aprova disso.
- Tens muita sorte em ter um pai assim.
- Ele só não gosta que eu ande em boates Gay e com malta da minha idade.
- E tu?.. Segues os seus conselhos?
- Lembras-te quando nos conhecemos na praia? Ele é muito sabido e disse-me na altura que tu tinhas um filing qualquer e que te achou muito simpático.
- Não me digas que tenho algo escrito na testa,
- Não pelo contrário, mas nutou a forma como me olhaste.
- E tu é que é que achaste? Tens-te sentindo bem?
- É a primeira vez que tenho sexo mais a sério com um tipo.
- E se fossemos fazer o pequeno-almoço?
- É para já!.. Estou com uma fome dos caraças.
Jorge ia afastando os lenções para se levantar, mas não deixei, segurei-lhe numa das mão e puxei-o para mim e ficámos destapados e agarrados.
Beijando aqueles lábios sensuais perguntei se não se queria vir antes do pequeno-almoço.
Continuando a beijar-me comentou
- É capaz de começar melhor o dia. – Ao mesmo tempo que se elevava na cama já com o pau em riste
Como estava deitado sobre ele, com a posição que estava a ter e ideia seria de lhe beijar o corpo descendo até aquele pau que pela experiência da noite anterior sabia ser bastante gostoso mas parei.
- Não queres tomar o meu leite da manhã? – Perguntou ao notar que eu tinha parado.
- Já provei ontem mas hoje quero outra coisa.
- Queres que te foda?
- Não!... Quero foder-te eu… Não queres?
- Mas nuca experimentei, mas gostava de me vir.
- Isso não é tesão de mijo?
- Não! É um prazer enorme de estar contigo.
Palavras não eram ditas e como não consegui o que queria nem consentiu ao meu pedido e estava com uma rebarba dos diabos baixou-se e ao mesmo tempo que se masturbava veio chupar o meu pénis que também estava em pé de guerra, Duas chupadelas e duas punhetadas foram o suficiente para a ejaculação mutua acontecer.
Enquanto vinha com a boca cheia misturar aquela minha porra com a minha saliva. Foi dizendo ser aquilo a única coisa que poderia fazer.
Beijámo-nos sofregamente durante algum tempo até que nos levantámos.
Nunca naquela tarde de fim de dia em que fui até ao mar, tinha pensado depois de ver tantos corpos belos surfarem naquelas ondas frias que um deles estivesse ali comigo.
Como tenho duas casas de banho, cada um foi para a sua tratar da sua higiene e preparar-nos para o pequeno-almoço que como mandam as regras naquelas situações foi bastante condimentado. Tínhamos de arranjar forças para o que desse e viesse.
Depois de lhe emprestar uns boxers como os meus lá fomos de tronco nu para a cozinha. Antes de ser eu a procurar condimentos Jorge perguntou.
- Quais os condimentos que tens?
- Em princípio tenho um pouco de tudo. Procura naquele armário e no frigorífico. Mas o que vais fazer?
- Vou fazer uns crepes com doce de leite e se tiveres todos os condimentos também faço umas Brusquetas com Creme de Brie. Tens ovos, manteiga farinha, leite, leite condensado, açúcar, morangos, azeite, ervas aromáticas, tomates, Nata em spray?
- Procura nos armários e no frigorífico tudo o que precisas. Mas percebes alguma coisa de cozinha?
- De cozinha percebo já há alguns anos mas de cuzinho começaste tu a ensinar-me.
- Se essa resposta é referente ao que estou a pensar, ainda não viste tudo. Ma vamos lá ver o que preparas para o nosso pequeno-almoço.
Enquanto ele preparava com a minha admiração o tal soberbo pequeno-almoço, eu fui fazendo um sumo de laranja natura, duas chávenas de café com leite e um chá. Não sabia o que ele mais gostava para bebida. Depois fui por a mesa na salinha de estar. Se há coisas que não gosto é comer na cozinha e a casa de jantar só utilizo para as refeições principais. De vez em quando ia até ele colocava-me atras e encostado a ele e ia-lhe dando uns leves beijos na nuca ao mesmo tempo que debruçado pelos seus ombros ia vendo o que fazia. Por sua vez, não deixando o que estava a fazer ia movimentando o seu corpo para que ficasse mais colado a mim.
Se não estivéssemos na cozinha, seria ali mesmo e com a fome que tinha de o comer, seria mesmo ali que tentaria a penetração que há muito esperava e que certamente ele não diria que não, mas afastei-me pois não seria oportuno e continuei nas minhas lides domésticas.
Quando tudo estava pronto e empratado e a mesa posta fomos para o comedouro e perguntei:
- Que tipo de música gostas?
- Posso procurar nos CDs?
- Estás à vontade como se estivesses em tua casa.
- Vamos lá ver o que tens aqui sem ser o António Machim.
- Esse não tenho em CD mas em vinil mas já o passei para MP3.
- Mas espera ai!... Tens aqui um CD em que na capa pareces tu!... É verdade?
- Sim… É verdade! Sou eu.
- Mas tu és cantor?
- Efectivamente ainda não conversamos sobre isso.
- Que mais segredos tens para me contar?
- Tirando que vivo sozinho e que fiquei apaixonado assim que te vi, nada mais.
- Posso ouvir uma das tuas músicas? Tens aqui uma que diz ”Sei que é o fim” é dedicada a alguém? Espero que um dia não ma dediques a mim!..
- Foi uma história muito complicada que é para esquecer.
- Foi assim tão bom que lhe dedicaste uma canção?
- Já lá vão uns anos e quero esquecer-me.
- Afora vejo porque és tão amoroso.
- Poe lá uma musica e vem comer.
E foi assim que aquele pequeno-almoço misturado com algumas das minhas canções de dor de corno e alguma conversa pelo meio o tempo foi passando, um pouco mais do que é normal para uma refeição daquelas.
- Vamos dar uma volta? – perguntou o Jorge –
- Qual é a tua ideia?
- Vou telefonar ao meu pai para saber como é que ele se desenrascou com minha mãe e depois logo se vê.
Jorge assim fez, telefonou ao pai e combinou encontrar-se com ele na praia para lhe contar o que se tinha passado.
Eu fiquei de boca aberta, embora já em tempos ter tido um amigo colorido com a bênção do pai. A história iria repetir-se. Como já nada tinha a perder e era gente bem instalada na vida e sem preconceitos, resolvi aceitar o convite, não sem antes ter feito uma cópia do CD do António Machim.
Voltamos ao ponto de partida, onde nos conhecemos.
O Sr. João já lá estava na esplanada. Cumprimentamo-nos como velhos amigos, entreguei-lhe o tal CD e a primeira coisa que o Jorge disse:
- Sabes? O Nelson também é cantor e tem discos gravados.
- Não me digas? Mas não tem aspecto de ser cantor pimba.
- Deus me livre!... – Comentei – Se você pegar num copo e misturar o Tony de Matos, com o Francisco José e o Abílio Hernandes, saio eu.
- Quer dizer que é um romântico e cantas canções de corno.
- Já que é amigo do meu filho gostava de ter um CD seu para mostrar à minha mulher, já que ela é admiradora de música portuguesa até pode ser que seja a oportunidades de o convidarmos a um jantar lá em casa.
- E pode ser mesmo hoje! Assim ela tira os macaquinhos da cabeça e verificar que os meus amigos são gente de bem. – comentou o Jorge –
- Também pode ser até porque eu não lhe disse que tinhas ficado com uma namorada mas que tinhas ido a um concerto fora de Lisboa.
Perante aquela conversa entre pai e filho, fez-me mais uma vez, lembrar-me como tinha começado o namoro com um moço que tinha tido nas mesmas condições há tempos atras e com quem fui muito feliz.
Aceitei o convite e depois de longas conversas sobre tudo e todos sem nunca tocarmos no relacionamento amoroso entre mim e o Jorge, o dia foi-se passando até à hora do jantar.
Ainda passamos por minha casa para ir buscar o CD para oferta a D. Eduarda e mostrar ao Sr. João a minha casa para ver que era pessoa de bem.
- Desculpe o desarrumo, mas o Jorge depois do pequeno-almoço alvitrou encontrarmo-nos consigo e ficou tudo um pouco desarrumado.
Então aconteceu algo de estranho. Quando passamos pelo quarto este também tinha a cama por fazer. João olhou atentamente e mesmo de forma que eu ouvisse virou-se para o filho e perguntou – Estás feliz?
- O Nelson é um tipo impecável – respondeu o Jorge.
João virando-se para mim. Comentou - Eu só quero que o meu filho seja feliz. Trate-o bem…
Se no meio disto tudo eu não tivesse experiência de vida para aceitar estas situações ficaria envergonhado e inveja de tanta cumplicidade entre pai e filho e um pouco de inveja.
Sem mais troca de palavras a não ser coisas de circunstância, lá fomos para casa do João.
Quando chegamos, fui apresentado a D. Eduarda como grande vedeta.
Na história que foi contada à senhora, também ajudei à festa
Dentro do possível lá lhe contei as minhas andanças pela vida artística contando algumas histórias passadas e até lhe disse que tinha dois filhos. A mulher ficou delirante e nem no jantar nem depois nos cafés que foram servidos na sala nunca se falou em preferências sexuais do mundo artístico.
Quando acabou a noite o Sr. João inventou uma desculpa para o Jorge poder sair comigo com a promessa de voltar.
Chegados a minha casa, já eram quase duas da manhã. Abri uma garrafa de champanhe e com duas taças levei-as para o quarto. Quando lá cheguei, já o Jorge estava todo nu em sima da cama.
- Ainda tens vontade de beber?
- Sim mas não penses que vamos beber pelas taças.
- Pela garrafa por causa das borbulhas também não dá jeito.
Entretanto já me tinha despido e depois de abrir a garrafa despejei um pouco pelo seu corpo. Ele estremeceu um pouco e comecei a sorver aquele líquido que percorria todo aquele corpo musculado.
- Também quero experimentar. - e em vez de deitar um pouco daquele líquido borbulhento em meu corpo despejou quase todo no meu cacete que estava totalmente em pé. Depois foi a minha vez de estremecer com aquele líquido descer até aos meus tintins que automaticamente se encolhera Foi a vez dele se baixar e sorver tudo. Ao mesmo tempo rindo-se comentou:
- Esta é a minha maldade
- Também tenho uma maldade para ti.
Então virei-o de forma a ficar de costas para mim e comecei a beijar-lhe as costas até à nádegas ao mesmo tempo que com as mãos elevava-o corpo. Ele notando qual a minha intenção vivou a cabeça para mim e perguntou.
- Queres comer-me?
- Posso? Não farei nada que não queiras.
- Podes faze-lo, mas com cuidado para não me fazeres doer.
Era o que queria ouvir há muito tempo. Abri a gaveta da nessa de cabeceira e tirei um tubo de vaselina, deitei um pouco naquele cuzinho virgem e com o indicador de uma das mãos fui lubrificando-o e tentando alarga-lo enquanto com a outra procurei o seu pénis masturbando-o. Jorge movimentou o seu corpo elevando o rabo. Foi a vez de retirar o dedo do ânus e substitui-o pelo meu pau que estava rijo e satisfeitinho como há muito não se encontrava. Dali para a frente e com o maior cuidado, primeiro entrou a cabeça e depois o resto do corpo. Foi a vez de o Jorge afastar a minha mão do seu pénis e começar a masturbar-se a si próprio. Meu corpo caiu redondamente nas suas costas e segurando nos seus ombros comecei a bombar repetidamente. Foi um longo período de prazer de ambos, até acontecer o orgasmo. Estoirados e suados caímos para o lado como dois coelhos. E acabamos por adormecer.
Quando acordamos já era uma da tarde. Beijamo-nos e sem mais quaisquer palavras como de já fosse habito aquele relacionamento, levantamo-nos, cada um foi para a sua casa de banho.
Efectivamente tinha acontecido algo de estranho com aquele relacionamento. Nem falamos do que tinha acontecido, simplesmente combinamos ir almoçar fora. Depois fomos ao cinema e quando voltamos para casa o Jorge com o maior à-vontade telefonou para o pai e simplesmente informou-o que estava comigo e não se preocupasse que estava bem. Olhou para mim e só perguntou.
- Posso cá ficar uns dias?
- Por mim podes!..
- Então vamos fazer qualquer coisa para o jantar.
E foi assim que o meu relacionamento com o Jorge começou.
Sou visita da sua casa. O João apoia o nosso relacionamento às escondidas da mãe.
Hoje somos felizes – por enquanto – e até já comprei uma prancha e estou a aprender a fazer surf.
FIM desta aventura
Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção
Nelson Camacho D’Magoito
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