João, filho de gente rica e bem abastada foi sempre criado por uma ama duas criadas e um chaufer. Até aos seis anos, praticamente só era acarinhado pela ama. Até no seu primeiro ano de vida, a sua alimentação em leite, era dado pela ama através de um biberão.
A mãe, advogada de profissão e fazendo parte de um escritório bastante reconhecido nunca tinha tempo sequer para dar ao filho aquele carinho maternal próprio de uma mãe. O Pai, pessoa austera e director de uma grande empresa, também raramente se chegava junto do filho para o acompanhar nas refeições ou dar-lhe o carinho de pai.
Se o João até à idade de ir para infantário nunca soube o que era o carinho dos pais, dali para a frente a coisa ainda piorou mais.
Nessa altura os pais do João compraram uma vivenda tipo palacete com piscina e um anexo para os empregados que até ali, cada um ficava em sua casa assim, as empregadas da casa e o chaufer que era casado e tinha um filho da mesma idade do João mudaram-se todos para o tal anexo que era uma mini vivenda. Só a ama continuou a morar em casa dos senhores para continuar a tratar as vinte e quatro horas do dia pelo João.
Como o filho do chaufer era da mesma idade do João e de combinação com os patrões, este também foi para o mesmo colégio do ‘menino’ assim, passaram a ser levados os dois pela mulher do chaufer, que entretanto os patrões lhe mandaram tirar a carta de condução e compraram uma carrinha para o efeito. (gente rica é outra coisa).
Foi nesta altura e derivado ao novo modo de vida que o João teve um amiguinho, o Carlos. É óbvio que na escolinha arranjou novos amigos e amigas, mas só na escolinha pois a sua casa ninguém ia por imposição dos pais.
Durante os anos que se seguiram o olhar o mundo do João com outros olhos, era difícil pois as suas amizades verdadeiras resumiam-se ao Carlos com quem brincava e se iam entretendo nos entendimentos da própria idade.
Quando chegou a altura do quinto ano de escolaridade, separaram-se. O João foi para uma escola privada e o Carlos para uma pública.
O Carlos teve a oportunidade de enfrentar a vida escolar como é hábito dizer-se ‘pelos cornos’. Conheceu todo o tipo de colegas: de várias etnias religiosas e raças e oriundos de vários extractos sociais. Ali havia de tudo, remediados, pobres, gatunos, ganzados, filhos de pais solteiros, divorciados e homossexuais, enfim a nata da sociedade.
Quanto ao João, numa escola privada e com acesso muito restrito só tinha por companheiros os ‘betinhos’ filhos de gente com muitas posses. Tudo rapaziada filhos e filhas dos senhores militares, advogados, juízes, empresários de alto gabarito e alguns políticos. Era uma escola fechada dentro de si mesma e com regras muito austeras. Andavam todos de farda igual. Cada um tinha o seu cacifo próprio mas que o director vez a vez lá ia espreitar para verificar se algo, para o seu entender, de estanho existia. Era proibido, ter telemóveis, as ligações à internet eram vigiadas pelos professores, tinham um cartão digital de acesso às entradas nas aulas, ao refeitório e havia câmaras por tudo o que era sítio, até nos lavabos, menos nos Wcs (ao menos valhamos isso). O tal cartão digital também servia para entrar ou sair da escola, no entanto, esta atitude tinha de ser feita pela pessoa que os ia buscar e era ver grandes carros de manhã e à tarde á porta do colégio para os ir levar e buscar.
No exterior daquela escola nunca se via rapazes ou raparigas e nem uma paragem de autocarros existia. Só um carro da polícia que por ali permanecia durante todo o dia.
O João continuava a não ver o mundo com os olhos de ver. Os amigos da escola em nada o ajudava pois as histórias eram praticamente as mesmas. Aquela escola era uma prisão autêntica, mas ele ainda não tinha dado por isso.
Quando chegava a casa, era o lanche na casa de jantar e a ida para o escritório da casa onde tinha uma secretária para fazer os trabalhos de casa. Entretanto chegava a hora do jantar, sempre às vinte horas e estivessem os pais ou não o jantar era servido. Até à hora do deitar, vinte e três, lá se entretinha na leitura de um livro, do pai, a ver televisão ou uma visita à internet, mas estas tinham um dispositivo que se desligava automaticamente às vinte e três horas.
No quarto não havia computador ou televisão e depois de deitado, raramente levava um carinho do pai ou da mãe pois as suas vidas eram preenchidas pelo trabalho que para eles estava acima de tudo e todos. Tinham empregados para tratar do resto.
O João assim foi criado até aos quinze anos sem amigos e sem ver o mundo. O único amigo que tinha era o Carlos, mas este andava noutra onda e raramente se cruzava com ele.
Quando o João chegou aos quinze anos começou a verificar que aquela vida não era nada, não só se sentia preso em casa como na escola e quanto ao carinho dos pais não sabia o que isso era.
O único contacto de amizade que o João teve até aos quinze anos foi o do Pedro. Juntavam-se na piscina e às vezes em casa de um ou do outro à noite para fazerem os trabalhos de casa. Quando fizeram os quinze anos, por vezes o Carlos que já a sabia toda, pirava-se de casa e começou a curtir a noite.
Uma manhã o João foi ao anexo chamar o Carlos para uns saltos na piscina, mas este ainda estava deitado. Como era hábito o João entrou no quarto e viu o amigo todo torcido e masturbando-se.
- É pá! Que tas a fazer?
- Olha! Tou a bater uma punheta. Queres ajudar-me?
- Tás parvo?
- Não me digas que nunca bateste uma?
- Eu?????
- Anda cá! Eu bato a ti e tu bastes a mim!
- Épá! Isso é coisa de panascas.
- Não sejas parvo! Eu faço isto com colegas meus lá na escola.
O Carlos já tinha, além do computador um leitor de DVS no quarto e numa gaveta fechada há chaves vários vídeos da treta para os pais não descobrirem e então alvitrou ao João ver alguns que ele nunca tinha visto.
- Queres ver uns filmes que tenho aqui?
- Pode ser.
- Fecha a porta com a chave para não sermos apanhados, e deita-te aqui ao meu lado.
João nunca se tinha visto numa situação daquelas. Estar deitado ao lado do seu amigo de infância e ver um filme porno. Aceitou e deitou-se ao lado do Pedro por cima da coberta. Como estava de calções de banho pois já estava preparado para a piscina assim ficou de t-shirt de alças e calções.
Pedro que se tinha levantado para colocar o filme assim que este começou a rodar e porque estava também de t-shirt e boxers, tirou a camisola e deitou-se ao lado do João que notou que o pénis dele ainda se mantinha de pé pois ainda não tinha acabado a masturbação que estava a fazer ”
- Épá! Tens isso assim sempre em pé?
- Não é sempre mas não me deixaste acabar. Queres ver o gajo? – respondeu o Pedro.
- Para quê? O meu não se levanta assim sem mais nem menos.
- Vê o filme e vais ver como é.
“O Filme, nada mais era que um daqueles em que um amigo visita outro, e depois de tomarem uns sumos resolvem envolver-se sexualmente tomando rumo ao quarto.
Efectivamente o filme estava de início e a primeira cena era quando um cara entrava no quarto do outro se beijavam ao mesmo tempo que se iam despindo.
Já nus atiravam-se para a cama e começavam beijando-se, ao mesmo tempo que encostavam seus corpos e seus pénis em esfregação, que a pouco e pouco se iam levantando.
Um deles ficando por cima, ia percorrendo o corpo do outro depois de o beijar na boca até encontrar a pila do parceiro que a metia na boca.
O resto do filme iria parar no habitual 69 passando pela cópula. Cenas que os nossos rapazes já não viram pois começaram eles próprios a fazer as suas descobertas. Já que antes de entrarem nessas cenas começaram eles em vias de facto.
Pedro olhando para os calções do João e viu que estava saliente naquela zona de prazer e perguntou:
- Tás a gostar! Tás a ver como é? O teu mano está como o meu, já levantado.
João um pouco atrapalhado. Ainda não tinha dado por isso pois o que estava a funcionar era o seu subconsciente ao ver aquelas cenas que nunca tinha visto, e foi verificar se era verdade. Efectivamente o seu pau estava hirto e com vontade de saltar cá para fora.
Pedro continuou;
- Tá a ver? São dois gajos como nós que se estão descobrindo sexualmente. Vou agarrar na tua e tu na minha, vais ver que vais gostar.
“Foi assim que o menino rico e o menino pobre aos quinze anos se descobriram sexualmente. Começou tudo por uma masturbação conjunta. Naquela altura porque o sexo ao natural é mais forte que qualquer filme começaram por se embrenharem em eles mesmo.”
João enquanto masturbava o amigo, este gentilmente segurou-lhe na cabeça e encaminhou-a até ao seu pau, que meteu na boca que sorvo com prazer.
“Pedro já tinha feito estas coisas com outros amigos, portanto já sabia como encaminhar este virgem nestas andanças.”
-Agora é a minha vez! Dizia o Pedro ao mesmo tempo que despia os boxers e os calções ao João, ficando finalmente nus.
Daquele momento até ao 69 foi um só momento.
Pedro esperto, enquanto ia felando o amigo, com um dedo e algum cuspo ia lubrificando o ânus do dito.
João ao sentir os dedos do Pedro redopiarem a entrada do seu ânus ao mesmo tempo que seu pénis ia sentindo o apertar dos lábios do Pedro e sua língua tentando penetrara do buraquinho da cabeça do seu pénis, aquilo foi uma explosão de prazer. Ambos curtiam sofregamente cada um dos seus pénis até que Pedro pediu:
- Não te venhas. Quero fuder-te
E num movimento acrobático Pedro colocou-se atras do João e estando já o seu ânus devidamente lubrificado e porque o seu pau também não era muito grande, começou por entrar a cabeça e depois de vários movimentos de ambos, todo aquele corpo hirto acabou por penetrar dentro do João. Um pequeno gemido que foi abafado pelos lábios do Pedro que ao mesmo tempo lhe virava a cabeça e o beijava.
Aqueles dois jovens tinham finalmente encontrado o que era, - para eles – a iniciação sexual.
Ali não havia rico ou pobre havia simplesmente o afastar das responsabilidades de uns pais que durante quinze anos se tinham preocupado somente com o seu stato social, esquecendo-se que aqueles dois jovens poderiam ter tido outro caminho sexual.
Tiveram prazer ao descobrirem-se e foi quanto bastou.
João ainda exausto e ainda com a verga hirta pediu ao amigo que também queria.
Dois jovens com a força da idade e das descobertas. Pedro, nem respondeu. Virou-se e encaminhou o pirilau do amigo para o seu ânus fez força e ambos voltaram a gemer de dor e de prazer. Estava tudo consumado.
O Menino Rico e o Menino Pobre tornaram-se amantes.
Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção
Nelson Camacho D’Magoito
“Contos ao sabor da imaginação” (H-098)
Para maiores de 18 anos
© Nelson Camacho
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