.Art.13º, n.º da Constituição

"Ninguém pode ser privilegiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça,língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual"

Sábado, 14 de Abril de 2012

Origem do beijo

Kiss Gay homens romanticos

O beijo entre pares

 

    Acredita-se que o beijo tenha surgido 500 anos a.c.; época em que os amantes começaram a ser retratados nas esculturas e nos murais dos templos de Khajuraha, na Índia.

    Na teoria da evolução das espécies, o inglês Charles Darwin (1809-1882) afirma que a origem desta carícia é mais antiga. Segundo este naturalista, trata-se de uma sofisticação das mordidelas que os macacos trocavam nos seus ritos pré-sexuais.

    Há também a tese de que seria uma evolução das lambidelas que o homem pré-histórico dava no rosto dos companheiros para suprir a necessidade de sal no seu organismo. Ou um acto de amor das mães na época das cavernas. Sem utensílios para cortar os alimentos, as mulheres mastigavam a comida e depositavam na boca dos seus bebés.

    Na idade média era visto como uma forma de selar acordos. Com a boca fechada, os homens beijavam-se com firmeza. O toque leve dado na face, demonstrava traição. Como Judas fez a Jesus Cristo para o denunciar.

    Com o tempo, foi perdendo a força devido às pestes que dizimavam a população.

    Para Freud, tudo tem a ver com as etapas do desenvolvimento psíquico. Freud começa pelo período que dura até um ano de idade, em que a mãe dá de mamar á criança. Neste período todas as sensações de gratificação estão associadas á boca. A criança aprende que tocar com os lábios algum objecto macio, proporciona uma sensação calmante e agradável.

 

Atualmente utilizam-se vários tipos de beijo:

 

- O de cumprimento; dado na face. Existem vários países que o beijo na face entre homens nada mais é que um cumprimento.

   - O afetuoso: Dado na face. – Entre homens (entre pais e filhos ou entre irmãos) – Entre mulheres – (um beijo em cada face, por questões sociais)

   - O de respeito: Dado na testa. Normalmente dado pelo Pai ao filho. Na face, dado pelos filhos aos Pais.

   - De amor: Na boca, entre pares do mesmo sexo ou diferentes com mais ou menos intensidade de acordo com a situação do relacionamento.

   - O técnico: É um beijo na boca sem qualquer intenção amorosa, dado entre pares que na ocasião estão representando uma peça de teatro ou no cinema. Antes do século 20 este tipo de beijo era dado encostando somente os lábios. Atualmente principalmente no cinema, já se pratica um beijo mais efusivo, de boca aberta e metendo a língua. No entanto, nada mais é que uma encenação. Segundo dizem ao atores por vezes chegam a ser reais, conforme o parceiro. Alguns atores e atrizes escusam-se a faze-lo assim como se escusam em fazer cenas de sexo, embora este também seja técnico.

  

     E a ti! O que te proporciona um beijo?

     Diz algo sobre este tema ou as tuas experiências.

     Não tenhas medo de ser diferente.

 

Nelson Camacho D’Magoito

        (O Caçador)

a música que estou a ouvir: Seus beijos (de Daniel)
sinto-me: Solidário
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Quarta-feira, 5 de Outubro de 2011

Uma Noite de Sexta-feira

Uma Noite de Sexta-feira

Um Bico no cinema

 

     Voltei a Portugal pelo menos á dois meses e tenho andado atarefado com coisas da casa e atender telefonemas dos amigos e amigas que não me largam desde que souberam estar por cá novamente.

Parece que não mas tratar de casa nova, novas decorações baseadas em conceitos que colhi na estranja, principalmente em Paris, onde a forma de estar na vida não tem nada a ver com a nossa, portuguesinho nascido à beira do Tejo, onde só temos a Alfama e o passeio entre e Cais do Sodré e a Torre de Belém. Comparado com as margens do Sena é mesmo outra coisa.

Por aquelas bandas, basta sair descomprometidamente para encontrarmos alguém para conversarmos despreocupadamente e que por vezes acabarmos a tomar um copo no Alexandrine  Opéra nos Champs Elysées, ali mesmo ao pé do Moulin Rouge.

 

Estava numa sexta-feira e desde a data da minha chegada ainda não tinha feito um engate, mesmo depois de numa só noite de ter ido ao “Labirinto” o único bar existente em Lisboa que se assemelha a muitos que existem em Paris e ao “Bar 106”. Contrariamente ao que acontecia antigamente, ou por já não me conhecerem, (estive ausente três anos) não aconteceu nada de novo.

Andava perturbado embora não tenha na minha vida um programa de horas ou dias em que se deve fazer sexo, o que se passava era que efectivamente andava rabugento e sem paciência para aturar os outros, até mesmo os amantes habituais (aqueles que estão sempre prontos e me telefonam permanentemente para fazer amor comigo).

Estava a faltar-me um carinho novo!

     Fazer sexo para mim, é um bálsamo já que a vida nada mais tem de interesse, agora, o quero é goza-la o melhor possível, pois o ‘barqueiro’ já espera, alias, até os médicos mais entendidos no assunto dizem que o sexo é o melhor remédio para o stress e outras doenças mais gravosas, e eu não quero ficar doente.

Já saí do “armário”, pelo menos para as pessoas que me estimam e não olham para mim como se fosse algo de estranho no meio da multidão, estou mais à vontade com a minha consciência, não devo a cabeça a ninguém e se descobrirem as minhas tendências sexuais estou-me nas tintas. Não quero ser vedeta da televisão, portanto, não necessito de andar por aí dizendo que sou gay ou não. O que faço na cama com eles ou com elas, só a nós diz respeito pois já somos pessoas crescidas.

      A solidão é uma chatice, até o mar que vejo da minha varanda altera o meu estado de espírito.

     Sair, por aqui, não sendo a praia, nada mais há. Na Ericeira, tirando dois bares que por lá existem, não são locais de agrado para a malta com quem gosto de conviver, muito menos para o engate, só há “cotas” e estrangeiros quanto aos outros possíveis de engate, porque têm a família junto, fogem para os centros comerciais, cinemas e bares de Lisboa.

- (No outro dia fui jantar com um dos meus meninos a um restaurante na Ericeira e deparei-me com um ‘chavalo’ que já não o via há dez anos, como cresceu, meu Deus e como está lindo, na altura era muito novo e aparentemente é bastante desinibido, trocamos alguns piropos e prometi lá voltar numa outra noite, mas sozinho.

     Também eu, quando não me apetece escrever ou ir para a praia, vou até Lisboa ou Cascais, pois já a minha avó dizia atenção filho, olha que “Santos ao pé da porta não fazem milagres”.

 

     Foi assim, com este espírito e esta falta de um carinho novo que numa sexta-feira fui até ao Choping de Cascais.

 

Já andava a dar em doido, há dois meses que não fazia sexo e já andava a entrar em paranóia.

     Já não me bastava ter o problema de ser heterossexual sem namorada, como cada vez mais gostar de pessoas do mesmo sexo para fazer amor e menos apetite para as raparigas e ainda por cima não conseguir estar mais de uma semana em jejum.

 

     Dentro do centro comercial, lá fui andando como barata tonta, mas sem dar nas vistas, pois não é o meu género, olhando, olhando e cobiçando os rapazinhos que estavam à venda, tal e qual como casacos de veludo, ou então, máquinas de lavar, sapatos de camurça, ou camisas de marca, afinal era tudo uma questão de preço, e o mercado é bem livre e concorrido por aquelas bandas!

     Troca de olhares com este e com o outro, um esgar de concordância mútua aqui e ali, uma troca de conversa de circunstância com um ou com outro a propósito da chave do carro que se deixou cair propositadamente ou utilizar açúcar em vez de adoçante no café, ou ainda o truque mais velho do mundo que é o do pedir lume para acender o cigarro, chegava-se sempre à conclusão que todos estavam à venda o que para mim, é uma situação que não serve. - Não troco sexo por dinheiro e ainda estou em condições de não precisar de utilizar prostitutos ou putas de qualquer esquina ou hotel. Só faço sexo por amor, quem quiser quer quem não quiser que vá andando, que há muito quem queira -.

 

     A coisa estava feia, embora já sabendo que pelo menos no meu caso, quando vou para o engate, nada acontece, as coisas ao longo da vida tem sempre acontecido normalmente, foi com este espírito que comprei um bilhete para o cinema (nem vi qual era o titulo do filme), o que queria era espairecer aquela ideia que me atormentava de fazer sexo naquela noite.

 

Sentei-me o mais comodamente possível, as luzes apagaram-se e lá veio o filme. Era mais uma lamechice de amor à qual não estava a ligar qualquer importância até porque comecei a sentir uma perna encostada à minha, fazendo uma certa pressão, do género encosta e não encosta.

 Olhei para o lado e lá estava aquilo que há tantas horas procurava. Não era das coisas mais lindas de morrer, mas pelo menos tinha muito bom aspecto e novo, teria ai para os vinte anos, bem vestido e sem qualquer sinal de prostituto ou bichanado. Comecei por corresponder ao ataque de perna e de repente senti uma mão a aproximar-se do meu coiso que já se encontrava bem rijo. Como naquele dia tinha vestido uns boxers o coiso estava mais à vontade e sendo as calças também um pouco largas, era possível agarra-lo com mais displicência.

     Estava a vir-me aos bocadinhos e com uma vontade tremenda de me agarrar aqueles lábios que até eram bastante sensuais quando veio o intervalo do filme.

Felizmente que a sala tinha pouca gente e nem atrás nem dos lados tinha espectadores e assim, a mão do tal rapaz permaneceu agarrada ao meu coiso.

 Agora já sem a escuridão da sala pudemo-nos contemplar mutuamente. Levantei-me e fui até á casa de banho e o tal rapaz seguiu-me. Na dita, não estava qualquer pessoa, dirigimo-nos aos mictórios, fizemos um xixi, enquanto tocava o sinal sonoro avisando que iria recomeçar a sessão, olhamos para os nossos coisos, ficámos satisfeitos com o que vimos e sem trocar qualquer palavra entramos no privado.

     Beijámo-nos roscando nossas línguas sedentas de amor, abraçamo-nos e comecei a sentir as sua mãos metidas nas minhas calças abrindo a braguilha e retirando o coiso cá para fora. O moço, baixou-se e sofregamente começou por dar uns beijos acabando por meter na sua boca gostosa aquele meu coiso que já não podia engrossar mais. Fodi aquela boca gostosa num vai e vem constante que ia apertando de acordo com o meu movimento. Alguns minutos bastaram para guinchar e vir-me como uma vaca maluca. O tal rapaz de joelhos também com uma punheta se veio estremecendo todo. Levantou-se, limpou a boca e sem dizer qualquer palavra, abriu a porta do privado e saiu.

 

     Nunca ouvi uma palavra sua, pelo que nem sei se é seu feitio ou se era mudo.

 

PARTE II

 

 

O Términos da Sexta-Feira

 

 

 

Foi assim, até de manhã

 

     Não voltei à sala de espectáculos, fui até um café, bebi o dito e um bolo e repensando em tudo o que me tinha acontecido por ali fiquei sentado olhando e cobiçando a rapaziada que àquela hora ainda iam por ali andando, simplesmente rondando ou procurando companhia.

Àquela hora já havia pouca gente e o centro quase a fechar, já poucos prostitutos por ali passavam, o mercado já não estava com interesse, de qualquer maneira e porque já estava meio satisfeito também só estava apensar ir para casa.

Dei o pensamento por concretizado, chamei o empregado para pagar a despesa.

Aparece-me à frente um moço já sem o fato de trabalho e diz: - Desculpe já não estar fardado mas como sou o filho do patrão e já estamos a fechar e os empregados já se foram embora.

 

- O rapaz tinha uma voz tão sensual e uma forma corporal tão atlética que de imediato me lembrei dos meus tempos em que quando procurava não encontrava mas noutras ocasiões, por coincidências do destino conseguia fazer dois e três cabritos num dia -. De repente, veio-me uma luz e disse:

- Não faz mal, só é pena porque me apetecia um Whisky para finalizar a noite, pois o filme foi uma estopada.

O Luís pois é esse o seu nome que vim a saber mais tarde, olhou para mim olhos nos olhos, fez um trejeito aos lábios e ripostou:

- Lá por causa disso, não lhe sirvo o Scotch aqui porque já estamos fechados, mas como quem fecha a caixa hoje é o meu pai, posso pagar-lhe o tal Whisky num bar muito simpático que existe em Fontanelas, só temos é que levar dois carros para depois cada um ir à sua vida.

Tudo dentro de mim estremeceu e só pude dizer um pouco surpreso:

- Está bem! É … é … uma boa ideia, espero por ti junto à entrada principal, o meu carro é um Audi Sport vermelho, é fácil de detectar.

 

Encontrámo-nos à porta do centro quinze minutos depois. Cada um foi para o seu carro depois de combinarmos encontrarmo-nos em Fontanelas num bar muito simpático que lá existe.

Assim ficou combinado sem antes o Luís de repente me ter dado um beijo. - Afinal o fim daquela sexta-feira prometia -.

 

Segui o Luís no seu Uno amarelo até ao tal bar de Fontanelas. Foram bons aqueles quilómetros, com as janelas abertas tomando o ar da noite lá me fui refazendo do “bico” que o ‘mudo’ me tinha feito no cinema e me tinha vindo que nem uma vaca.

Parámos os carros no largo que existe mesmo em frente do tal bar, olhamos um para o outro bem olhados e entrámos. Cada um tomou o seu J&B, eu com um pouco de água de castelo, pois queria estar em forma para o resto na noite e o Luís, simples com uma pedra de gelo, como quem quer ganhar coragem para o resto que iria acontecer.

Falámos das coisas mais triviais que na ocasião se pode tratar.

O Luís contou-me que vivia só com o pai que era um “gajo” porreiro, sabia das suas tendências da sexualidade, não se opunha e só o alertava para as companhias que fosse conhecendo.

Por incrível que pareça (embora ao longo a vida várias vezes andasse com rapazes com autorizações dos pais, o que se dever a ser um tipo discreto e bem formado) contou-me que antes de sair do café informou o pai, que tinha conhecido um tipo e que ia com ele, por traz do balcão o pai viu-me e disse que tinha bom aspecto e cara de sério (de facto ai não se enganou).

Perante esta divulgação um pouco inesperada, vi que estava a lidar com um moço de princípios e que nada tinha a ver com essas baratas tontas que andam por ai ao engate do primeiro machão que lhes aparece. Fui obrigado também a contar um pouco da minha vida, não contando claro está o que já me tinha acontecido naquela noite, mas que gostava de fazer amor com rapazes, dos 20 aos 25 e não de homens já feitos, vivia só e por coincidência ali perto, e junto ao mar.

Quanto à questão das idades, ficámos a saber que tinha-mos algo em comum, ele tinha dezanove anos, portanto dentro dos parâmetros de meu gosto, e eu já era “cota” ou seja, também era o gosto dele, ainda por cima pelo meu aspecto também tinha tido a aprovação do pai.

Falámos, falámos, tomámos mais um copo, até que o empregado nos veio pedir desculpas mas já eram três da manhã e tinham de fechar.

Conforme tinha prometido, o Luís pagou a despesa, como esta não foi um simples Whisky, fiz questão de comparticipar também na despesa mas a resposta veio pronta e rápida:

- Deixa lá, pagas noutra ocasião porque hoje, fui eu que convidei, se quiseres, (rindo-se) pagas com o corpo. (assim foi efectivamente).

 

Chegados á rua, aproximámo-nos dos carros e finalmente dissemos um ao outro onde efectivamente tínhamos nossas casas. Coincidências das coincidências, o Luís morava numa rua perto da minha e nunca nos tínhamos encontrado o que quer dizer que a minha avó não tinha total razão com o seu dito “Santos ao pé da porta não fazem milagres”, certamente a ideia era que os conhecimentos podem não dar bons resultados quando são feitos entre vizinhos, e não era o caso, pois foi uma pura coincidência e não nos tínhamos ainda conhecido na vila.

 

Como eu estava só e o Luís tinha o Pai em casa, resolvemos ir para a minha.

 

Entrámos na sala, coloquei um CD de música clássica, ele quando verificou que existia uma luz vermelha por cima da aparelhagem, apagou todas as outras e ficou somente aquela a dar-nos aquele tom suave de amor, abraçámo-nos, beijamo-nos e sofregamente fomos arrancando a roupa um ao outro, mergulhamo-nos nos corpos sedentos de amor como se fosse a última tentação e logo ali, enlouquecidos com tanta sofreguidão atingimos o clímax total.

 

Atirámo-nos para o sofá abraçados e por ali estivemos mais uns momentos saboreando-nos com beijos e ternuras como há muito não tinha. Nossos corpos suados de tantos amores iam sendo lambidos a pouco e pouco e nossos paus também muito apertados um ao outro lá iam murchando pois já tinham feito a sua obrigação.

 

Talvez uma meia hora depois, Luís, perguntou-me se podia tomar um duche, disse de imediato que sim mas se não se importa-se eu ia primeiro, fui buscar um roube que lho dei para se vestir. Enquanto eu tomava o duche, que foi rápido, a minha mente não parava de pensar no resto da noite que se adivinhava.

Quando sai do banheiro, ele entrou. Enquanto ele tomava o seu duche revigorante, fui fazer uns ovos mexidos acompanhados com cogumelos, bacon, espargos, tiras de fiambre e queijo. Tudo numa travessa onde estavam dois flûtes para o champagne que coloquei por cima do frigo-bar que tenho no quarto, acendi a luz negra, deixei a porta do quarto entreaberta e deitei-me nu, à espera do resultado.

 

Há muito que não tinha uma visão tão bela. Vestido com o meu roube de seda, com ramagens azuis reflectidas na entre abertura da porta pela luz negra que emanava de uma das paredes do quarto, Luís vinha entrando com a calma de um fantasma de sonho. O rapaz que tinha conhecido horas antes por um acaso milagroso de facto, mais parecia um sonho retirado de uma peça de teatro.

 

À medida que ia entrando quarto dentro ia-se despindo, seu corpo torneado de formas um pouco atléticas e bronzeado natural da praia, olhos azuis penetrantes, mas um pouco intrigados e todos aqueles salpicos florescentes ocasionados pela luz negra, à medida que o roube de seda lhe ia caindo suavemente pelo corpo dava-lhe a beleza de uma cena de uma qualquer ópera de Verdi.

 

Para aquele espectáculo se o tivesse adivinhado, teria colocado na aparelhagem do quarto um CD com a área “La Vergine degli Angeli” da “Ópera La force du destin”, então sim, seria o espectáculo completo, pois tudo o que estava acontecer era efectivamente “A Força do Destino”.

 

Luís em vês de se dirigir para a cama, não, deu a volta pelo quarto, foi até ao frigo-bar pegou num só flûte encheu de champanhe dirigiu-se a mim, deu-me de beber um pouco, depois bebeu também um pouco e deitou o resto pelo meu corpo.

 

(Amigo ou amiga que me lê! Que mais se pode dizer deste acto de amor que deve acontecer raramente?)

 

Entrelaçámos-mos loucamente e nos beijamos perdidamente lembrando Florbela Espanca.

 

“Só quem embala no peito

Dores amargas e secretas

É que em noites de luar

Pode entender os poetas”

 

Efectivamente, naquele momento, estava a acontecer poesia! Para se amar em toda a sua plenitude é preciso ser-se poeta e melómano, esquecermo-nos da vida do tempo e das horas!

Por graça, contei o meu pensamento sobre a sua aparição na sua entrada no quarto e qual não é o meu espanto e me diz:

- Porque razão não põe a tocar, mas baixinho, a Ópera Aida?

Fiquei ainda mais louco, e como tenho todas essas músicas em play-list no computador, em um só minuto, lá pus a tocar a tal Ópera.

“O sonho comanda a vida” diz o poeta, mas o que estava a acontecer não era um sonho, era a realidade.

Não sei se têm ou se gostam, mas experimentem fazer amor (mas só com a pessoa indicada) ouvindo muito baixinho aquela Ópera, vão ver que o orgasmo é permanente.

 

Há muito que não sentia tanto prazer, mergulhamo-nos nos nossos corpos transformando-nos numa só peça humana, depois daqueles beijos ardentes percorrendo-nos, fomos até às partes mais rijas e salientes que já estavam gotejando de espermas misturados com o champanhe que entretanto ia percorrendo nosso corpos reluzentes pela luz negra que emanava por cima da cabeceira da cama.

Virámo-nos várias vezes para que nossas pilas penetrassem alternadamente dentro dos nossos corpos.

Levámos horas nisto com pequenos orgasmos sucessivos até atingirmos o clímax sexual total.

Já não ouve pachorra para nos irmos lavar, a música já tinha acabado e a função também, eram seis da manhã, o Sol já entrava pelas janelas, adormecemos agarrados e dormimos como dois anjos.

   

(Afinal,” Os santos ao pé da porta sempre fazem milagres”!)

 

Hoje somos amantes! Luís, e porque não consigo ser fiel a uma só pessoa, faz parte da minha colecção mas é uma pessoa muito especial.

Quando ele tem tempo, fica em minha casa, ouvimos música, tomamos um copo e fazemos amor até às tantas.

 

Ele é um puto muito especial e adorável, se pudesse, casava com ele e então sim, passaria a ser fiel a uma só pessoa.

 

 

O Caçador

sinto-me: Voltei a contar histórias
a música que estou a ouvir: Passaro de fogo de Roberto Carlos
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Domingo, 28 de Setembro de 2008

Recordações do verão passado

UMA NOITE NO CINEMA

 

Estamos num dia de Agosto mas contrariamente ao que tem acontecido nos anos anteriores o pleno verão, parece que não quer chegar, o sol, tirando um ou outro dia de verão à séria os restantes são uma seca, o sol normalmente está encoberto e até mesmo à beira mar está normalmente vento.

Mesmo assim, como gosto muito de praia, naquele dia fui até à Ericeira, vila piscatória simpática que até tem uma praia chamada “Praia dos pescadores” que gosto muito, - até tenho lá alguns amigos - pois faz uma baia, não tem ondulação significativa e é relativamente pequena.

 

Por curiosidades, foi nesta praia na altura porto de embarque da vila, hoje praia dos pescadores que a 5 de Outubro de 1910 derivado ao genocídio em Lisboa que por efeito do mesmo, aconteceu a implantação da Republica, sendo neste porto que a Família Real, tendo à sua espera o iate “Amélia”, rumou para Gibratar.

 

Normalmente quando vou para aquelas bandas, além da roupa de banho, levo também umas calças e uma t’shirt para vestir à noite, pois faz sempre fresco mas naquele dia não sei porque, esqueci-me e só levei o calção de banho a toalha, uns calções normais, uma blusa de alças e como calçado, umas sandálias daquelas de meter o dedo. Quando verifiquei que não tinha levado outra roupa, também não me importei muito, era a forma de não ir curtir a noite em qualquer bar, dava quanto muito para curtir um esplanada ou ir ao cinema. - Como já tinha tido uma má experiência, fui mesmo assim -.

O dia na praia foi um espectáculo. Nem sol abrasador nem muita gente. O dia um pouco enevoado tinha afastado muita gente da praia, tirando um ou outro casal que se enrolavam nas toalhas, mais ninguém. Nem surfistas ou jogadores de bola na praia, mas gostei do dia.

Já eram seis da tarde quando sai, tirei os calções de banho que já estavam secos, vesti os outros de sair, mais a camisola de alças e lá fui até à vila dar uma volta.

Não tinha lanchado e para jantar também era cedo, fui até uma cervejaria, comi um prato de caracóis, bebi umas “bujecas”, finalizando com uma cassata de gelado. Para mim, já estava jantado, entretanto já eram nove horas da noite.

No largo chamado Campo da Bola, existe um Centro Comercial que tem cinema, olhei para os cartazes e nessa noite ia dar um filme que nem reparei no nome mas pelos bonecos, vi que era um daqueles de porrada. Pelo menos para passar o tempo.

Quando fui para comparar o bilhete a menina da caixa disse que espera-se pois só haveria sessão se houvesse pelo menos seis espectadores. Em vês de esperar ali à porta fui tomar um café que também existe dentro do dito Centro.

 

 

 

Estava metido com os meus botões e saboreando o café quando reparo que alguém, um rapaz ai para os seus vinte anos, me mirava de alto a baixo. (não achei estranho pois na figura com que estava vestido não liguei)

De repente a menina da caixa vem junto a mim a dizer-me que comigo já faziam os seis espectadores e podia ir comprar o bilhete. Assim fiz, e depois de entrar na sala, de facto, só lá estavam três casais muito agarradinha e nas cadeira do meio da sala para a frente. Como a sala é pequena sentei-me a meio quase nas últimas filas, podia estar mais à vontade, via o filme e não chateava ninguém, pois eu acho que quem está, está, quem vai, vai.

Passado algum tempo, senti que alguém se tinha sentado na cadeira mesmo atrás de mim, segundos depois, senti os joelhos de quem quer que fosse tocar com os joelhos nas costas da minha cadeira. Não liguei, pois julguei que se estava a ajeitar na cadeira.

 Minutos depois, sinto novamente um toque na costas… ai não gostei e virei-me para trás a fim de dar uma bronca! Quando deparo com o rapaz que me tinha estado a mirar no café, e me cumprimenta com um aceno de cabeça, ao mesmo tempo que faz um trejeito aos lábios como que manda um beijo… fiquei atónito e sem entender nada!!!

De repente ele levanta-se e vem se sentar ao meu lado. (Naquele momento, podia ter dado uma bronca, mas fiquei à espera dos acontecimentos).

 Para me roubar não podia ser, pois só estava de calções e camisola, para me dar porrada também não podia ser, pois não o conhecia de lado algum, e mesmo quando trocámos olhares no café, não correspondi de forma alguma, até porque também não era o meu género.

Passaram-se vários minutos e sem gesticular qualquer palavra nem tão pouco olhar para mim, começou a encostar a encostar a sua perna à minha, fazendo cada vez mais pressão… eu nem me mexi, não queria era arranjar bronca no meio do filme, embora não houvesse ninguém à nossa volta. Depois de várias pressões, senti sua mão pousar sobre a minha perna… eu fui deixando…

Nessa altura verifiquei que ali ias acontecer algo de estranho.

Lentamente ele começou a acariciar minha perna, foi até à coxa na parte interna, voltou a subir e foi acariciando o meu pénis que já se encontrava rijo, pulsando e babando ao ponto de já ter os calções molhados. Aos poucos, meteu a mão nos meus calções, agarrou no meu pau, com a outra mão, baixou-me os calções e delicadamente, puxou os tintins e tudo cá para fora… - eu estava quase a morrer de vergonha e com medo que alguém desse por aquilo que se estava a passar, mas a tesão já era tão grande que eu disse cá para comigo: Olha… seja o que Deus quiser! Eu quero é vir-me -.

Aquela mão quente e movimentando-se para cima e para baixo ao mesmo tempo que com o dedo grande ia acariciando o buraco da uretra, estava a deixar-me maluco de prazer, contorcendo-me de palpitações. Meu corpo foi-se levantando da cadeira mas só aquela parte dos genitais, como à procura de um buraco para meter a minha picha que naquela altura já estava numa pichona. É nesse momento que ele baixou a cabeça mete meu pénis na sua boca e começa a chupar. Comecei a contorcer-me ainda com mais de prazer, ao mesmo tempo que me segurava à cadeira para não gemer alto. A situação era de tal forma caricata que já não sabia o que havia de fazer, se aquela tesão toda era normal ou porque estava com o medo de ser descoberto, sabendo que se me viesse gritava. Tentei tirar a cabeça dele mas não deixou, pelo contrário, abocanhou ainda mais e não tive outra alternativa que morder os lábios para não gemer d’alto e deixei meu esperma sair em golfadas de prazer enchendo aquela boca gostosa.

Fiquei tão fora de mim, que não sei se ele engoliu ou deitou para o chão todo aquele esperma, só senti que continuou a chupar até o meu cacete ficar seco e começar a ficar mole.

Ele puxou-me os calções para cima tapando aquele cacete que lhe tinha dado tanto prazer e já se encontrava em repouso.

Ficámos por ali a ver o resto do filme sem dizer palavra, estiracei-me cadeira a baixo e assim fiquei até o intervalo.

 

Ai veio ele! O intervalo. Ainda mesmo das luzes se acenderem, ele levantou-se e saiu do lugar.

Eu estava como quem não acredita do que me tinha acontecido, olhei para todo o lado e lá estavam os casais mais à frente agarradinhos e mais ninguém na sala.

 

A meio do intervalo, levantei-me e fui até aos lavabos com a intenção de dar uma lavadela no meu aparelho, pois até os tintins estavam húmidos.

Quando entrei nos lavabos, já a campainha de inicio de sessão estava a tocar e também ao fundo, fumando um cigarro se encontrava o dito cujo desta história.

Como não estava mais ninguém e de vergonha pouco tenho, tirei minha pilinha de fora e lavei-a no lavatório.

O rapazote (vou chama-lo assim), aproximou-se de mim, colocou-se atrás, abraçou-me indo com suas mãos agarrar meu pau ao mesmo tempo que senti o seu rijo e grande, encostado ao meu cu. Virei-me de repente e disse: - Espera aí… não sou gay! T’á bem?

 Ele calmamente, sem dizer palavra afastou minha camisola e começo a mamar os bicos dos meus seios que por sinal até são grandes.

 

Começou outra sessão não de cinema mas de lambidela e chupadela. Como já tinha gozado há pouco, estava mais tranquilo e pude curtir mais as sensações de ter uma boca quente e húmida percorrendo meu sexo.

A sua língua desceu dos mamilos até à minha barriga dando algumas murdiscadelas. Agachando-se, a pouco e pouco foi começando com a ponta da língua a querer penetrar na minha uretra, ao mesmo tempo que com as mãos ia acariciando meus tintins.

Eu tremia todo de tanto tesão. Agarrei-lhe na cabeça e fui movimentando-a de encontro o meu corpo. Quando senti algo na ponta do meu pénis (deviam ser as carótidas), guinchei dizendo: - Estou a vir-me! Chupa mais! Ele chupou tudo com gula, ao mesmo tempo que batia uma punheta a si próprio. Viemo-nos ao mesmo tempo e guinchámos os dois de um prazer poucas vezes sentido. Meu pau saiu daquela boca linda e sensual, limpo como se o tivesse lavado. (Qual água qual carapuça, aquela lavagem foi muito melhor)

 Ele levantou-se, subiu as calças, olhou para mim com ar de riso disse:

- Sempre valeu melhor que o filme…

E saiu porta fora.

Quando voltei para o meu lugar a fim de tentar ver o resto do filme, ele não estava lá, percorri com o olhar toda a sala e nada.

Minutos depois o filme acabou. Não cheguei a saber se a história era de amor ou não, o que eu sei, é que naquela noite tinha havido amor naquela sala.   

O Rapazote! Esse! Nunca mais o vi.

 

O Caçador

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