.Art.13º, n.º da Constituição

"Ninguém pode ser privilegiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça,língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual"

Terça-feira, 29 de Janeiro de 2013

Neste temporal estava um frio do caraças.

Praia da Maçãs

          Hoje engatei um heterossexual.

    Estava um frio do caraças mas mesmo assim deu-me na mona e fui até ao bar da praia que fica mesmo em cima da areia. É todo envidraçado e até tem aquecimento. É bastante acolhedor mas por vezes têm que desligar o aquecimento pois torna-se incomodativo e quando se sai ficamos sujeitos a ficar com uma constipaçãozita que nesta altura do ano não calha nada bem. O que vale é que tem uns empregados dignos de nota 10. E sempre que eu lá entro, logo vem pelo menos dois dar-me um “Olá Nelson” com uns apertos de mão bastante comprometedores, pelo menos o Carlos moço aí para os dezanove anos, loiro de olhos azuis e de compleição física com vontade de agarra-lo todo, mas como há sempre umas “galinhas” por perto, nunca passámos de um simples aperto de mão.

    Naquele dia estava um temporal do caraças, aliás, tem estado assim toda a semana. As ondas com mais de 5 metros de altura galgavam as rochas de tal forma que até os pescadores mais afoitos não estavam lá como é costume.

    Estava a regalar a vista com aquela força da natureza quando o Carlos veio junto a mim perguntando-me o que iria beber.

      - Olha traz-me um cappuccino e um pastel de nata.

      - Só?! Retorquiu ele.

      - Sim! Só! Era capaz de querer mais qualquer coisa, mas não aqui.

      - Estão onde?

      - Talvez no vale dos lençóis ouvindo a chuva a bater na janela.

      - Tás muito romântico hoje.

      - Sim! Com uma boa companhia podíamos passar o resto do dia até a noite chegar.

      - Até parece que é um convite. Pena não seres uma gaja boa e fazia-me convidado.   

      - Mas achas que só uma gaja boa te fazia delirar de gozo?

      - Não estou a ver outra forma, embora digam que há gajos que fazem esse trabalho muito melhor.

      - Sim! De facto é verdade. Eu já experimentei e gostei.

      - Está bem! O melhor é ir buscar o cappuccino se não com esta conversa toda até começo a pensar que és gay e estas me a engatar.

 

Moda calças caidas

    Com aquela dica, o Carlos afastou-se de caminho ao balcão.

    O meu olhar fixou-se no seu andar e na bunda saliente das calças um pouco descaídas que fez os meus neurónios começarem a fervilhar ao ponto de o ver já todo nu em minha cama.

    Eu sei que é moda esta coisa da malta usar a calça descaído, até mesmo para os heterossexuais mas sabendo que esta tendência nasceu nas prisões dos Estados Unidos, em que os reclusos que estavam receptivos a manter relações sexuais com outros presos precisaram inventar um sinal que passasse despercebido aos guardas prisionais para não sofrerem consequências... Por isso, quem usasse calças descaídas abaixo da cintura, de modo a mostrar parcialmente as nádegas, demonstrava que estava disponível... Fiquei na dúvida! E com uma vontade tremenda de saber se aquilo era mesmo um sinal ou era só por ser moda.

    O vento e a chuva ia batendo com mais força nas vidraças da esplanada de tal forma que nem dava para ouvir a música ambiente, então dediquei-me a conjecturar o seria fazer um heterossexual de tal forma que já nem o jornal conseguia ler.

    O tempo foi passando e a penumbra da noite já chegava. Nem o sol no horizonte se conseguia ver derivado às nuvens fortes que o tapava.

    Absorto nas minhas conjecturas nem dei pelo Carlos se aproximar e dizer:

      - Então! Como vai o dia?

      - Tendo em atenção o tempo, não vai estando mal.

      - Pois eu estou farto de trabalhar, já acabei o meu turno e agora apetecia-me era tomar um duche e refastelar-me no sofá.

      - Então se já acabaste o trabalho porque não o fazes?

      - Ainda tenho de esperar que a minha namorada me venha buscar pois o meu carro está na oficina.

      - Onde moras?

      - Aqui no Magoito!

    Os meus neurónios deixaram de fervilhar e passaram a dar faíscas tal fogo de artifício e respondi.

      - Também podes telefonar à tua amiga e dizeres que já não precisas de boleia pois morando também no Magoito posso levar-te pois já não estou aqui a fazer nada.

      - E pá! Isso era o ideal, pois a gaja só daqui a uma hora é que está disponível.

      - Então vamos….

Cena II

 

    Saímos da esplanada, ainda chovia a potes. Como pessoa educada abri primeiro a porta do pendura para ele entrar e depois dei a volta e entrei eu.

    No tablier do carro tinha um livrinho e em que a capa adivinhava-se ser sobre surf e dois DVDs que se adivinhava serem de teor porno com mulheres e gays.

DVDs porno gays

 

    Quando entrei, já o Carlos estava desfolhando o livro sobre o surf mas que nas suas folhas interiores constavam fotografia de nus e observou:

      - És tu que escreve estes livros?

      - Sim! É um livro de aconselhamento à malta que frequenta a praia.

      - E os DVDs? “Loucas por sexo” e “Gays escaldantes”?

      - São dois DVDs porno com as temáticas “Mulheres” e “Gays escaldantes”

      - Por incrível que pareça nunca vi nenhum tipo de DVD deste teor. Uma vez tive uma namorada que queria alugar um filme destes mas nunca aconteceu.

      - Não sei mas acho que não era preciso pois mal ela se começava a despir o meu pau começava logo a levantar-se e o que me apetecia era logo foder.

      - Quer dizer que és o verdadeiro macho latino.

      - Se isso quer dizer que sou heterossexual é verdade, mas gostava de ver um filme destes para não passar por estúpido.

    O caminho para ter relações com um hetro estava a caminhar bem e então descaradamente propus.

      - Se quiseres podemos passar por minha casa, toma o duche desejado e visiono um destes filmes para veres.

      - Achas que não é incómodo?

      - Claro que não. Os amigos são para todas as ocasiões. Vai vendo os textos do livro enquanto não chegamos a casa.

Cena III

    Chegamos a minha casa, meti o carro na garagem e entrámos. Já estava louco pensando com o que iria acontecer e a forma de o levar para a cama.

    Fui ao guarda fato e retirei um robe, entregando-o ao mesmo tempo que lhe indicava a casa de banho que condizia com o quarto.

    Ele entrou e lá se foi banhar.

    Entretanto coloquei um DVD no leitor, pronto a rodar. Era um DVD especial montado por mim para estas ocasiões em que nos primeiros quinze minutos (tempo suficiente para eu também tomar um duche) é um filme normal com relações entre mulheres e homens mas pós este espaço de tempo, dá-se inicio a cenas porno entre rapazes em cenas totalmente gay.

Baixei as luzes do quarto ficando somente um projector vermelho de pouca intensidade dirigido para a cama. Preparei também dois flutues e coloquei uma garrafa de champanhe num frapê com gelo.

    O plasma de 96 cm fica estrategicamente na parede frente à cama para que só deitado se pode ver o esplendor das imagens.

    Entretanto deixei de ouvir o correr da água e despi-me vestindo um robe branco.  

    O Carlos saiu do chuveiro olhou para o ambiente mirou atentamente e atirou:

      - É pá! Isto parece um quarto de putas. Com champanhe e tudo.

      - Não é um quarto de putas mas sim o meu quarto de visitas especiais e tu és uma delas. Para seres bem recebido enquanto também tomo um duche, podes servi-te do champanhe e quando quiseres, basta carregares no botão vermelho do comando que está em cima da cama e o filme começa a rodar, entretanto vou ao duche.

Ainda vi o Carlos encher um flutue e deitar-se na cama.

Cena III

    Como tinha o tempo programado no DVD para a passagem das mulheres para os gays antes de este terminar saí do duche dei a volta à cama indo direito ao mini bar enchi um flute de champanhe e pelo caminho catrapisquei o Carlos todo entusiasmado com as cenas de sexo que estava a passar no plasma e perguntei:

      - Então estás a gostar?

    O Carlos talvez um pouco surpreendido foi de repente com as mãos tapar o caralho que já estava em riste. Bebi um pouco e deitei-me ao seu lado dizendo:

      - Já agora quero ver como isto vai acabar.

    E acabou mesmo. As cenas de sexo com as galinhas tinham acabado. Fez-se escuro e começaram as cenas de sexo gay.

    Carlos quase que dava um salto e comentou:

 

Gay iniciando hetro

      - Esta agora!!! Se o anterior era normal e bom, esta a seguir nunca tinha visto mesmo. Dois homens fazendo sexo nem nunca me passaram pela cabeça esta situação. Só tenho tido relações com mulheres.

       - Quer dizer que és heterossexual, mas nada te impede de passares a ser bissexual.

       - O que queres dizer? Que posso passar a levar no cu?

       - Não! Não é obrigatório mas com a pessoa certa podes gozar muito mais com um homem do que com uma mulher.

    Enquanto este diálogo ia olhando para aquele grande pau todo eriçado e me colocava de lado encostando o meu que também já estava em riste às nádegas dele pronto para a brincadeira.

    Como o Carlos não fez qualquer menção de desagrado, pressionei um pouco mais afastei-lhe as pernas assim como o robe e colocando-me entre as ditas, comecei a afastar a t-shirt e depois as cuecas que tinha vestido. Ele nem tossiu nem mugiu. Atirei para o chão o meu robe e fiquei todo nu. Depois acabei por tirar toda a roupa dele e calmamente avancei para cima dele. Nossos paus começaram e gladiar-se e comecei a beijar aquele corpinho virgem de homens. Começando por bar umas mordiscadas nos seus mamilos então ele começou a movimentar-se e a aceitar a situação. Subi um pouco mais e o beijei nas faces, nas orelhas no pescoço indo parar à sua boca num beijo ardente com troca de saliva que ele aceitou plenamente. Não foi um beijo técnico como se faz nos filmes, mas a sério com troca de línguas e tudo.

    A coisa estava a correr tão bem que até me começou a abraçar apertando-me cada vez mis a ele percorrendo minhas costas com alguma pressão com as unhas. Queria dizer que não só estava a gostar como a delirar com a situação.

    Comecei a beijar todo o seu corpo descendo até aquele caralho lindo e de fava descoberta começando por mordiscar e lambendo o prepúcio e por todo o seu comprimento que até não era grande, portanto não iria doer quando me penetra-se. De repente, meti-o todo da boca sofregamente enquanto ele segurando na minha cabeça a movimentava de acordo com o meu vai e vem. Durou pouco tempo pois ele estava louco.

De repente senti penetrar garganta a baixo aquele leite esbranquiçado e gostoso por ser jovem, ao mesmo tempo que também eu me vinha abundantemente. Estremecemos ambos de prazer. Os meus espermatozóides foram-se alojar no lençol enquanto os dele percorreram apressadamente para dentro de mim que engoli tal um iogurte com sabor a amoras.

    Ele virou-se para mim, deitou a cabeça no meu peito e antes de adormecer só disse:

      - Nunca me tinham feito um broche assim!

      - Eu não disse que nós somos melhores que as gajas com que andas?

      - Já tive uma namorada que me fez um mas nunca gozei tanto como agora. Foi espectacular. Mais um pouco e fico pronto a repetir a dose.

    Beijamo-nos, abraçámo-nos e adormecemos sem dizer mais nada.

Gays romanticos

 

Cena VI

    Umas duas horas depois acordámos. O Carlos que tinha adormecido com a cabeça em cima do meu peito acordou e com os olhos semi-serrados beijou-me nos lábios e perguntou:

      - E agora? Nunca tinha gozado tanto com uma mulher! Passarei a ser Gay?

      - Disparate! Eu também já fui casado e tenho filhos mas dá-me muito mais prazer fazer sexo com um moço como tu e não me considero gay.  Quanto muito serei bissexual que é o mesmo que dizer ter prazer com ambos os sexos. Simplesmente tenho uma opção sexual diferente.

      - Queres saber um segredo?

      - Sim! Qual é?

      - Tive o maior prazer com estes momentos e tenho medo.

      - Medo de quê? Já te contei o que sou e não tenho problemas com a sociedade e considero-me um tipo resolvido.

      - O que é esquisito, é que te conheço lá da esplanada pelo menos há dois anos e nunca demonstraste gostar de homens.

      - É para que vejas há quanto tempo te ando a galar. Ser Gay não é o mesmo que ser bicha. Esses são outros que se andam bambaleando com tiques afeminados e até fazem gala de o demonstrar.

       - Pois! Foi essa a razão o estar aqui. Bem me enganas-te.

       - E não gostas-te?

       - Gostei mas não fizemos tudo o que vi no filme.

       - E tens força para continuar?

       - E tu? Já dormi umas duas horas, agora com uma sandocha fico pronto para continuar esta experiência

 

Ovos mexidos com mexilhões e queijo da serra

      - Vamos fazer assim. Primeiro vou tomar um duche, depois vais tu enquanto faço uns ovos mexidos com cogumelos e queijo da Ilha, e abrir uma garrafa de vinho. Queres branco o tinto?

      - Pode ser branco fresquinho. Sabes? Não sabia que um homem pode ser mais afável que uma gaja.

      - Então fica sabendo que nem todos são assim. O meu conceito de tratar um heterossexual como tu é diferente de qualquer outro. Há vária formas de relacionamento entre homens, eu prefiro o sentir-me bem e fazer com que o meu namorado também se sinta confortável de forma em que haja amor no relacionamento.

      - É uma forma esquisita este relacionamento. Talvez por não pareceres seres Gay. Será que vou passar a ser assim?

      - Lá estás tu com o preconceito e o medo de passares a seres Gay.

Toda esta conversa da treta ainda deitados a abraçados não durou mais de meia hora até que resolvi levantar-me e ir tomar o tal duche.

Cena V

    Já tinha feito a minha higiene quando o Carlos foi fazer a dele. Entretanto fui para a cozinha preparar o petisco.

    Quando ele saiu do WC já eu tinha um carrinho de apoio junto à cama com tudo preparado. Como o quarto estava bastante quente eu estava de boxers e tive a maior das surpresas:

 

KamasutraHomo

    Carlos vinha todo nu. Aproximou-se de mim e me beijou sofregamente.

    Estava-se mesmo a ver que o petisco iria ser outro.

    É óbvio que o meu pau estava murcho mas o dele estava cheio de adrenalina como à procura de um buraco. Como bom machão, puxou os meus boxers para baixo colocou-se em cima de mim e abrindo-me as pernas ao mesmo tempo que me beijava foi tentando penetrar-me ao mesmo tempo que dizia.

      - Por favor, deixa-me penetrar. Estou louco quero sentir a sensação de comer um cu.

    Pegando numa das suas mãos levei-a a manusear o meu pau ao mesmo tempo que abrindo mais as pernas com uma das minhas mãos apontei o seu caralho no meu ânus dando o jeito necessário para a penetração e só disse:

      - Não sejas apressado e tem calma, se fosse ao contrário logo vias que é necessário uma certa disposição.

    E assim, pouco a pouco lá foi penetrando até sentir nas bebas os seus tomates.

    O Carlos guinchou de prazer ao mesmo tempo que se vinha abundantemente. Entretanto eu fazia um esforço tremendo para não me vir pois também queria desflorar aquele cuzinho.

    Voltamos à posição inicial ficando deitados de lado e de corpo a corpo. O pau dele mesmo depois de se vir continuava em riste então, desci pelo seu corpo beijando-o pelo corpo até aquele membro que me tinha penetrado. Depois de o manusear e limpo com uma toalhinha que está sempre à mão, meti-o na boca chupando algumas réstias do leite que ainda por lá andava ao mesmo tempo com a ponta de um dos meus dedos fui massajando circularmente o seu ânus até começar a penetrar aos poucos com movimentos de vai e vem e circulares para criar uma dilatação capas de receber um corpo estranho que seria o meu pénis.

    Carlos contorcia-se de prazer. Estava preparado para receber aquele meu corpo que estava quase a expulsar o meu esperma.

    Quando vi que a coisa iria dar certo com um pouco de ginástica centeio na minha piróca e de vagar devagarinho, primeiro, entrou a cabeça e depois todo o corpo acompanhado de um vai e vem de ambas as parte. Eu ia movimentando no modo entra e sai e ele ia cavalgando ao mesmo tempo que guinchava.

      - Estou a fazer doer?

      - Não! Estou a sentir algo de estranho como nunca senti.

    De repente senti um jacto de leite saindo do seu membro ao mesmo tempo que eu me vinha abundantemente dentro dele.

    Tinha transformado um heterossexual em Flex (um homem versátil. Tanto activo como passivo como eu)

    Caímos ambos para o lado e ficando frente a frente. Nos beijamos com ardor ficando assim durante algum tempo.

    Passado algum tempo e sem dizer quaisquer palavras, atirámo-nos aos ovos mexidos com cogumelos e queijo da Ilha e bebemos uma garrafa de vinho branco de reserva de reguengos fresquinho que soube que nem gingas. De vez em quando traçávamos olhares comprometeres nada mais.

    Quando ia ligar a TV para ver se estava a passar algum filme de jeito, o Carlos perguntou:

      - Não vais colocar novamente aquele filme porno!

      - Não! Vou ligar apara a RTP! Porquê, queres voltar a ver pornografia?

      - Não! Nunca mais na vida! Agora já sei tudo. – e beijou-me –

    Tinham passados algumas horas de prazer mútuo. Ainda tivemos alguma conversa da treta e fizemos promessas de continuar a nossa amizade.

     Naquele dia de temporal tinha arranjado um novo namorado, jovem, bem constituído, lindo e que me dava tudo o que eu queria. 

 

 Nelson Camacho D’Magoito

           (O Caçador)

“Contos ao sabor da imaginação”

        de Nelson Camacho

 Contos para maiores de 18 anos

Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção

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publicado por nelson camacho às 05:32
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Sexta-feira, 27 de Janeiro de 2012

A minha primeira vez

O meu primeiro encontro gay

Recordações da minha juventude

A primeira vez que fiz sexo com um colega

 

 Como qualquer menino de família de então, depois da instrução primária mandaram-me para o Liceu Camões.

Lá fui embora um pouco contrafeito na medida em que o que gostava mesmo era de jogar à bola e fazer ginástica. Em face a esta situação no primeiro ano chumbei por faltas, em vez de ir para o liceu ia para o Lisboa Ginásio. Vieram as férias e lá consegui aguentar os ralhos e descomposturas dos meus pais.

Novo ano e lá fui novamente para os estudos novamente contrariado pois só haviam rapazes. Naquele tempo nas escolas não havia escolas mistas, umas para rapazes, outras para raparigas. Como nas férias tinha tido vários contactos e criado amizades com raparigas, não aceitava lá muito bem aquele tipo de escola, era uma seca!

Por estas razões voltei a chumbar no liceu. Preferia tratar do corpo que da mente e como o Lisboa Ginásio era ali mesmo ao pé em vês das aulas, ia praticar ginástica e jogar à bola.

Mais uma vez cheguei ao fim do ano escolar sem o completar, isso valeu-me os meus pais mandarem-me de castigo para uma oficina de mecânica.

Foi assim que aos 16 anos comecei a trabalhar e como jogava á bola e fazia ginástica me corpo já tinha uma compleição física de meter inveja aos meus colegas. Juntando tudo isto ao trabalho oficinal, fui ganhando massa muscular ficando com um corpo bastante delineado, onde sobressaíam, coxas grossas e um abdómen seco e de musculação firme…

Imaginem um puto assim, junto aos colegas quando ao fim do dia íamos para os chuveiros. Quando tinha de ir aos escritórios e porque usava um fato-macaco com a parte de cima sempre aberta, também as meninas não tiravam os olhos de mim.

Nessa época parecia que todas as raparigas, colegas, vizinhas e conhecidas me queriam comer com os olhos, querendo inclusive apresentarem-me colegas, irmãs e até primas como se fosse um sex-símbolo., passando a ter fama de mulherengo...

O pior é que andava um pouco assustado com aqueles assédios, mas ao mesmo tempo gostava…

Não namorava mas ia recebendo piropos de tudo o que era mulher, até algumas casadas e amigas de minha mãe.

Os dezassete anos chegaram e na época estava a usar-se o cabelo comprido e eu também alinhei na moda. Deixei crescer o meu cabelo louro e liso até metade das costas e a partir daí é que a porca começou a roer o rabo, nas festas de família e outras era um sucesso!!!

Raparigas e mulheres mesmo casadas não me largavam, todas queriam namorar comigo, mas o que eu que me dava prazer na vida era mesmo a prática do desporto, continuando a trabalhar.

Estávamos no verão e como fazia bastante calor o patrão da oficina onde trabalhava a pedido de vários colegas, autorizou que os fatos-macacos fossem substituídos por calções e t-shirts.

Foi a partir dai que comecei a reparar que tanto os meus colegas como o patrão e até alguns clientes não tiravam os olhos de mim da minha compleição física e das minhas pernas… como tinha um rosto jovem e bonito coadjuvado com o cabelo comprido e não tinha nenhuma namorada, à boca fechada, diziam que eu era bicha, mas nada disso, o que não queria era arranjar compromissos… estava mais virado para o trabalho e cuidar do meu corpo que já era bastante atlético.

Naquele ano o verão estava bastante quente e embora durante o dia não se pudesse beber qualquer bebida alcoólica, quando fazíamos serão, lá vinha o patrão com umas cervejas fresquinhas e uns aperitivos - para molhar a palavra e o trabalho – dizia o filho do patrão, rapaz novo, aí para os seus vinte cinco anos.

Num desses serões e em um momento de pausa, dois dos meus colegas começaram com uma brincadeira de mau gosto e começaram a agarrar-me, não gostando da brincadeira e sendo muito mais forte que eles, virei-me à porrada a eles que já estavam a ficar um pouco mal tratados. A minha prática de Karaté, tanto dava para dar num como noutro… o nosso patrão que de inicio até estava a rir-se com o que seria uma brincadeira de rapazes, mas quando viu que a coisa se estava a tornar a sério, parou com a brincadeira.

A coisa parou por ali e ficámos amigos como se nada tivesse acontecido.

Mais tarde num outro serão, fiquei até mais tarde a acabar um trabalho com o meu chefe, um rapaz também novo mas metido a machão estando sempre a contar as suas aventuras com tudo o que era mulher, considerando-se o mulherengo lá do sítio. A gente ia ouvindo as suas patranhas mas não lhe dávamos credibilidade alguma… naquela noite e depois de mais umas das suas patranhas, perguntou-me de repente:

Já tiraste os três? Já alguma vez fizeste algum homem ou uma bicha? És tão bonito! Parece que te andas a perder!...

Respondi que já tinha feito umas coisas na minha infância como é normal.

Entretanto, já com umas cervejas metidas no bucho e com aquela conversa toda não só estava um pouco toldado, como o meu pénis já começava a dar ares de vida, foi quando ele me pediu para ver a minha gaita, só queria ver se era normal e ao mesmo tempo que foi colocando a mão por cima dos meus calções ia dizendo que não era bicha e que esta era uma situação normal entre rapazes, trocarem de experiências, até para verem até que ponto uma gaita era maior que a outra.

Quando a coisa aconteceu

Quando o primeiro contacto gay aconteceu

 

Eu estava um pouco o bêbado e meu pau com aquela conversa toda de gajas já estava a começar a levantar-se. Ele pediu para ver meu pau continuando a dizer ser normal entre rapazes ao mesmo tempo que o foi apalpando por cima dos calções.

Perante tal situações todo o meu corpo foi tremelicando. Ele meteu a mão por dentro dos calções e me apertou o meu pénis que já estava hirto e pulsante. Senti um gozo estranho e como tal, deixei ele continuar.

Ele tirou-o de fora e começou punhetando-me devagarinho. – Comecei a sentir um prazer enorme como nunca me tinha acontecido -.

Tirou o dele de fora e nos encostamos esfregando nossas gaitas uma na noutra ao mesmo tempo que olhando nossos olhos olho a olho nos começámos beijando num linguado frenético e saboroso. Pegou no meu pénis e o meteu entre suas pernas ao mesmo tempo que roçava o seu em minha barriga.

Estivemos assim alguns momentos até que ele se ajoelhou e começou chupando meu pénis rijo e pulsante começando num vai e vem constante até que me vim dentro daquela boca gostosa.

Ele levantou-se e novamente me recomeçou beijando.

Algo de estranho me estava a acontecer sem saber bem o quê. Só sabia e sentia que o meu pau queria mais. Ele não havia meio de murchar.

- Ainda és capaz de te vir novamente?

Perguntou ele.

- Nesta altura nem sem o que quero pá!

- Vamos para aquele canto.

 

Uma copla gay

O canto, nada mais era que um pequeno sofá para onde ele me dirigiu ao mesmo tempo que ia baixando os calções. Deitando-se na quina do sofá agarrou-me nas mãos colocando-as na sua cintura. Ao mesmo tempo que sentia meu peito nas suas costas meu pénis ficou mesmo apontado naquele buraco que se ajeitava para o penetrar.

De princípio e ajeitado por ele fui-o penetrando devagar até que ele começou bombando freneticamente pedindo que lho metesse todo ao mesmo tempo que puxava minhas mãos para lhe bater uma punheta.

Nunca tinha gozado tanto na minha vida. Era a segunda vez em tão pouco tempo que me estava a vir e a foder o cú daquele tipo virado a machão.

Viemo-nos os dois ao mesmo tempo, nos beijamos e ele um pouco constrangido me pediu que aquele clima ficasse entre nós ainda por cima por ser filho do patrão.

Estando já habituado às cantadas dele perante os colegas, alinhei até assim seria difícil descobrirem o nosso segredo.

Foi um caso que ainda durou algum tempo. Mais tarde sai daquele emprego e nunca mais o vi.

 

Nelson Camacho D’Magoito

        (O Caçador)

a música que estou a ouvir: Tinha o nome de saudade
sinto-me: Ainda me lembro
publicado por nelson camacho às 11:57
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