.Art.13º, n.º da Constituição

"Ninguém pode ser privilegiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça,língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual"
Sábado, 22 de Março de 2008

O Dia Mundial da Poesia

     Sobre este dia, já escrevi algo no meu outro blog

 O Canto do Nelson

 

     Entretanto, sendo este um blog de características especiais podia ter contado mais uma das minhas histórias, mas não tenho pachorra para tanto, nem aconteceu algo nos últimos dias digno de nota que pudesse transformar numa história. Assim, sendo O Dia Mundial da Poesia e porque me lembrei à última hora de vos escrever algo aqui ficam dois poemas; um de Lobo Antunes, que descreve uma história de engate e outro de A. A.Manzanero que dedico a um amigo que está longe.

     Espero que gostem.

 

Bolero do coronel sensível que fez amor em Monsanto

De: Lobo Antunes

                                                                  

Eu que me comovo
Por tudo e por nada
Deixei-te parada
Na berma da estrada
Usei o teu corpo
Paguei o teu preço
Esqueci o teu nome
Limpei-me com o lenço
Olhei-te a cintura
De pé no alcatrão
Levantei-te as saias
Deitei-te no banco
Num bosque de faias
De mala na mão
Nem sequer falaste
Nem sequer beijaste
Nem sequer gemeste,
Mordeste, abraçaste
Quinhentos escudos
Foi o que disseste
Tinhas quinze anos
Dezasseis, dezassete
Cheiravas a mato
À sopa dos pobres
A infância sem quarto

A suor, a chiclete
Saíste do carro
Alisando a blusa
Espiei da janela
Rosto de aguarela
Coxa em semifusa
Soltei
o travão
Voltei para casa
De chaves na mão
Sobrancelha em asa
Disse
: fiz serão
Ao filho e à mulher
Repeti a fruta
Acabei a ceia
Larguei o talher
Estendi-me na cama
De ouvido à escuta
E perna cruzada
Que de olhos em chama
tinha na ideia
Teu corpo parado
Na berma da estrada
Eu que me comovo
Por tudo e por nada

 

In: "Eu me comovo por tudo e por nada", 1992

 

 

                                                   Dormir contigo

de: A.Manzanero

 

Dormir contigo

É o caminho mais directo ao paraíso

Sentir que sonhas quando te beijo

E as mãos te acariciam

Dormir contigo

É navegar numa estrela até ao espaço

É embriagar-me com o sussurro da tua fala

Quando te abraço

 

 Dormir contigo

É conhecer a dimensão que tem um verso

Sentir que durmo

Ao mesmo tempo que descubro o universo

  

Dormir contigo

Com o teu cabelo acomodado nos meus braços

É o veludo que me brinda o teu regaço

Que maravilha dormir contigo

Dormir contigo com o desejo de acordar quando amanheça

Com o calor de um novo dia à janela

Foi algo belo amor, dormir contigo.

       O Caçador

 

a música que estou a ouvir: Amor sem limites
sinto-me: Bem com os poetas
publicado por nelson camacho às 06:25
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Sexta-feira, 7 de Março de 2008

Sexo bom

Noites a quatro

 

Em várias história que vos tenho contado já tive a oportunidade de dizer que nos meus tempos de estudante, cheguei a andar num universidade só de rapazes e que os quartos eram duplos o que ocasionava muitas vezes acabarmos por criar uma certa amizade com o companheiro e por termos as nossas experiências sexuais.

Quanto a mim e o meu companheiro de quarto pelo simples facto de termos essas experiências, não éramos gays, mas sim, bissexuais, pois até tínhamos as nossas namoradas.

 

O nosso quarto tinha um janelão grande por onde entrava o Sol penetrando até às camas, que em dias de muita intensidade chegava a queimar as cobertas e até dava para nos bronzear.

Naquele dia estava mesmo um caldo e nós estávamos aproveitando aqueles raios de Sol e em cuecas lá íamos estudando para um ponto de matemáticas que iríamos ter proximamente.

De repente, deparámos com dois problemas.

O primeiro, estávamos a ficar com uma tesão danada de tal forma que os “bichos” já estavam à janela das nossas cuecas e o outro era um problema de matemática que não havíamos meio de resolver.

 O primeiro, podíamos resolver logo ali naquele momento, mas não podíamos nem queríamos porque fazer sexo não um acto animalesco (não é como muito boa gente faz, vai às putas só para despejar os tintins e já está). Nós, embora fossemos dois rapazes, sabíamos o que era fazer sexo com amor e carinho, utilizando os antes e os depois. Quando fazíamos amor, normalmente, nunca levava-mos menos de duas horas, ficava-mos estoirados, e acabávamos sempre por adormecer. Este problema ficava assim por resolver.

 Ficava por tratar do segundo problema, pois tínhamos uma prova escrita no dia seguinte e nunca mais resolvíamos o maldito cálculo de matemática.

A certa altura o João lembrou-se que tinha uma amiga, a Manela, que era uma barra em matemática e resolvemos ir-lhe pedir ajuda. Vestimos uns calções e umas T-Shirts e lá fomos bater á porta da dita.

 

Quem veio abrir a porta foi a companheira de quarto a Fernanda, negligentemente vestida, ou seja de cuequinha e soutien. Lá do fundo do quarto ouvimos a Manela perguntar quem era, de imediato, pedimos desculpa de lá ir aquela hora e explicamos o motivo da nossa visita. Manela mandou-nos entrar, sentámo-nos todos à volta de uma mesinha e começamos a receber as explicações solicitadas. Enquanto me debruçava sobre o ombro da Manela para melhor aceitar as explicações, não pude deixar de notar os seus seios, que eram firmes, cheios de uma cor de leite, apenas parcialmente escondidos pela camisa de dormir. Olhei de soslaio para o João e dei-lhe uma piscadela de olho ao mesmo tempo olhámos para os nossos sexos que já estavam a ficar crescidos notando-se os seus volumes através dos calções.

Assim que a Manela resolveu o problema, e, pousando o olhar no volume do meu sexo, perguntou se tínhamos mais algum “duro” problema para resolver… Antes que eu pudesse responder uma simples palavra, Manela debruçou-se sobre mim e começou a baixar-me os calções; e, quando dei por mim, já ela tinha a minha picha, inteirinha na boca enquanto Fernanda fazia o mesmo ao João.

As minhas mãos começaram a explorar as grandes e trepidantes seios da Manela, cujos mamilos imediatamente erectos, enquanto eu lhe despia a camisa. O meu colega e a Fernanda estavam no chão, fornicando como doidos; e nós fomos também para o chão, tomámos logo a posição de sessenta e nove. Manela esparramou-se sobre a minha cara, colocando a sua quente vagina na minha boca. Meu pau entretanto, ia ficando cada vês mais duro e quente.

Eu metia a língua profundamente naqueles lábios vaginais tão doces e jovens, gozando cada lambedela. Manela fez então escorregar o meu pénis até às amígdalas, começando a lamber e chupar ao mesmo tempo como doida. Ao mesmo tempo eu tinha o seu clítoris na ponta da minha língua dando algumas mordiscadelas começando a encaminha-la para o orgasmo. Sentindo, porém, que o orgasmo estava também prestes a atingir-me, dei a volta montei-a penetrando-a profundamente na vagina. Ela suspirou e começou a mover-se ao meu ritmo frenético, acabando por gritar muito alto nas loucuras do orgasmo.

Neste momento dei uma olhadela para o João que acabava de chegar ao clímax com a Fernanda. Olhámo-nos bem nos olhos e dissemos: - Vamos trocar? Fernanda deitou-se de barriga e depois pôs-se de joelhos, deixando que eu a penetrasse por trás. Fernanda era mais apertada que a Manela e tinha também largos seios, Ela sacudia o traseiro tão bem como se fosse uma profissional, antes que eu desse por isso estava pronto a ejacular de novo. A sensação era fantástica, e então ejaculei de tal maneira, que até pensei que ia ficar seco.

O meu companheiro de quarto também já estava gritando de prazer com o seu instrumento, totalmente metido na vagina da Manela que ainda tinha o meu esperma.

Estoirados, fomos para a cama, ficando a Fernanda numa ponta, a Manela ao lado dela, depois o João e eu na outra ponta. De repente, o João começou-me a tocar fazendo sinal para olhar para elas. Estavam-se acariciando e beijando-se ao mesmo tempo que se masturbavam. Perante aquelas putas que também eram lésbicas, perdemos a vergonha e beijámo-nos. Não tínhamos forças para foder mais e ficamos por ali adormecendo como crianças sem preocupações.

As preocupações vieram de manhã na prova de matemática, metemos água por todos os lados, mas tínhamos tido uma noite inesquecível.

Não quando estávamos com tesão porque nos bastávamos mutuamente, mas quando estávamos numa de machões lá íamos nós às nossas amigas a propósito de pedir uma explicação de matemática. Algumas vezes, em vez de ser dois a dois, éramos os quatro num só. Então sim, eram noites escaldantes. ☺

 

     O Caçador

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publicado por nelson camacho às 00:13
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