Já lá vai o tempo e não muito longe em que qualquer homem ou mulher com tendências de homossexualidade se passeava por locais pré definidos por eles mesmos para os seus engates.
Todas as cidades tinham os seus próprios locais sendo os principais os seguintes:
Setúbal: Central de camionetes e beira-mar por trás do mercado.
Porto: Av: dos Aliados.
Lisboa: Jardins de Belém, Parque Eduardo VII, Cais do Sodré, Estação do Rossio e para os travestis, Av: da Liberdade.
Depois também havia as saunas, e alguns cafés, principalmente onde paravam artistas.
Os engates eram feitos também nos cinemas e teatros, até meios de transportes públicos onde bastava um olhar mais atrevido ou um encosto de perna com mais pressão e os dois acabavam na cama de qualquer pensão ou hotel. Algumas vezes em casa de um deles depois de um jantar e de mútuo consentimento e sem quaisquer remunerações.
Antes do 25 de Abril de 74 os gays e as lésbicas tinham uma vida fácil. Num bar gay, bastava um copo e meia dúzia de conversa e lá acabavam eles na cama.
Havia também as casas de banho públicas e de cafés onde alguns se prostituíam com uma simples punheta ou um bico.
A pouco e pouco, as casas de banho públicas foram encerrando pois já havia uma certa perversão e o estando e donos dos cafés começando a dar conta da situação lá foram acabando com esses locais.
O estado embora nos anos 70 tenha acabado com a prostituição oficial, com os gays e lésbicas nunca se preocupava muito pois seus dirigentes diziam que como não havia negócio cada um fazia do seu corpo o que muito bem entendesse.
Veio a liberdade, a abertura a novas realidades trazidas do estrangeiro tais como filmes e revistas e a coisa começou a ficar preta. Mais tarde o acesso á droga e à prostituição organizada por mafiosos estrangeiros que foram entrando porta dentro.
Também começou a homofobia mais descarada, normalmente em grupos organizados. Há pouco tempo conheci um rapaz que pertencia a um grupo desses, que fazia caça aos homossexuais no Bairro alto, sendo ele mesmo homossexual, só para junto dos amigos estes nunca descobrissem as suas tendências.
Uma boa parte dos ditos homofóbicos são pessoas que ainda não resolveram a sua sexualidade.
É fácil ir para a cama com um desses homofóbicos da treta, basta uma cantata bem feita e algum interessa pelo meio e temos vários casos. O mais conhecido é o caso do Renato Seabra com o cronista Carlos Castro que acabou por ser morto por despeito.
No Porto também aconteceu um travesti ser espancado e assassinado por jovens homofóbicos.
É corrente vir a lume nos tabloides vários casos de espancamento de gays sem uma razão plausível.
A última noticia veio relembrar que atualmente é perigoso o engate de um parceiro para fins sexuais independente da idade e sem o conhecer devidamente. (são os engates de ocasião)
Por copy past do Portugal Noticias de 21 de Outubro passado, aqui fica a notícia de Rui Pando Gomes:
Assassino gay caçado pela pj
“Tiveram relações sexuais, foram jantar mas quando voltaram ao apartamento para segunda dose se sexo, uma discussão transformou o encontro gay em tragédia, em Albufeira, Francisco Carvalho, diretor fa Makro da Guia, foi asfixiado pelo parceiro que tinha convidado para sexo a troco de dinheiro. O homicida fugiu com o carro e os valores da vitima. Depois de uma complexa investigação da Policia Judiciária (PJ) foi capturado em casa, na zona de Quarteia, anteontem.
……..”
Infelizmente, casos como este, já vai sendo habito!
Neste caso concreto o que se lamenta é que o assassino levado a um juiz de turno, do Tribunal de Portimão o tenha enviado para casa com pulseira eletrónica.
Atualmente, todo o cuidado é pouco, principalmente quando o ato sexual envolve dinheiro há sempre que desconfiar.
Primeiro namore, conheça a pessoa e então se acontecer, acontece, se não acontecer, olhe, parta para outra situação. O relacionamento entre gays, NUNCA pode ser por trocas monetárias mas sim porque qualquer coisa aconteceu entre os dois, tal como afeto.
Os parques, os jardins as estradas ou pessoas estrangeiras não podem estar nas opções de engate.
Por via internet muito menos. Há vários blogues e sites que publicitam encontros entre gays que infelizmente nunca se sabe se o que publicitam é a realidade. Normalmente as fotos apresentadas não são do mesmo em os nomes ou moradas. Há até que se apresente como raparigas lésbicas e na realidade são predadores sexuais. Outras vezes são engates maldosos, e quando chegam ao encontro são para assaltos.
Pela internet o que se aconselha é brincar virtualmente e só virtualmente e nunca dê o seu nome verdadeiro, número de telefone, morada ou outra qualquer informação do foro privado.
Para as compras disto e daquilo, nunca forneça os seus dados pessoais, bancários ou fotografias. Quanto aos e-mails não abra sem saber de quem são e nunca forneça seus códigos.
Se quer um encontro amoroso faça-o ao vivo e mesmo assim nunca vá com quem não conhece em dez minutos. Para o levar a sua casa, só depois de ter a certeza que é uma pessoa séria e disposta a um relacionamento sem compromissos monetários.
Tome em atenção que o perigo está ali sempre ao seu lado.
Drogados e estrangeiros estão sempre fora de questão. Previna-se sempre também nunca alinhando em grupos. Mais de dois já é muita gente. Guarde essa situação para um Bar Gay ou uma sauna. No entanto nunca leve consigo muito dinheiro, cartões de crédito ou documentação original que se identifique e se possível também a chave do carro. USE SEMPRE PRESERVATIVOS.
Já lá vai o tempo em que tudo era mais fácil.
Se tens uma história complicada de engate podes contar aqui, não tenhas medo pois será um exemplo para os outros que me leem. Não é preciso divulgares o teu nome verdadeiro no entanto se quizeres algum conselho o "Caçador" está sempre pronto com a sua experiência aconselhar-te. Manda-me um e-mail, mas dis aqui que o mandas-te.
Um abraço a todos.
Nelson Camacho D’Magoito
(O Caçador)
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