.Art.13º, n.º da Constituição

"Ninguém pode ser privilegiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça,língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual"
Terça-feira, 18 de Junho de 2013

Santo António em minha casa

Santo Antonio Boy

     Ontem ganhou Alfama as marchas de Santo António em Lisboa.

     Hoje ganhei eu um Santo António em minha casa no Magoito.

 

     Ontem foi noite de festa para milhares de pessoas pelos bairros típicos de Lisboa. Começámos na avenida da  liberdade fomos para os nossos bairros comer sardinhas, bailar e embebedar-nos.

 

     Foi este o percurso da maioria dos festejastes do Santo. Foi esquecida a crise e lá saíram muitos milhares de euros dos bolsos das gentes, mesmo com a sardinha a Euro e meio cada uma.

 

     "O Coelho esqueceu-se de mandar a ASAE fiscalizar as condições de higiene e das facturas. AINDA BEM!"

 

     Eu pela minha parte como andava só, Quando acabaram as marchas na avenida, percorri Alfama, Madragoa, Bica e Bairro Alto. Às seis ma manhã, meti-me na IC19 e vim para casa só, conforme tinha ido.

 

     Dormi pouco! Acordei por volta das dez, tomei um duche e fui como a maioria do pessoal, aproveitando o feriado que o Coelho não cortou e fui até à praia. Estava uma seca. Nevoeiro e vento. Aqui no Magoito é sempre uma seca. Ainda me lembrei de ir até à Costa, mas como não tinha companhia voltei para casa.

 

     Passei pelo super mercado, comprei sardinhas, salada e batatas para o repasto do almoço.

 

     Fui até ao quintal acendi o fogão e pus as batatas a cozer. Acendi a churrasqueira e comecei a assar meia dúzia de sardinhas.

 

     É preciso ter pachorra para fazer isto sozinho, mas como todos nós temos um pouco de loucura, mesmo só, de vez em quando faço isto.

 

     Quando fui buscar vinagre para a salada, ele não estava lá, desci as escadas e fui até à mercearia comprar o néctar que faz sempre falta numa salada.

 

     Vinha já da mercearia com o vinagre, quando dois moços - por acaso bem-apessoados - saiam de um carro, cumprimentaram-me e um deles que depois de olhar bem para ele vi ser cá do sítio me disse:

        - Que cheirinho de sardinha assada vem do seu quintal.

        - É verdade! Só tenho pena é de não ter companhia. – Queixei-me.

        - Lá por isso nós fazemos companhia, a praia está uma seca e nós íamos à procura do almoço.

 

     Não sou de meter em casa quem não conheço, mas pelo menos um, sabia quem era. Era meu vizinho e conhecia os pais por frequentarmos o mesmo café, convidei-os para a sardinhada que estava no lume e já deviam estar prontas.

 

     O Mário e o Pedro (nomes fictícios) quando iam entrando o Pedro lembrou-se que tinham umas cervejas no carro e foi busca-las ao mesmo tempo que dizia. – Pelo menos levamos alguma coisa.

 

     Assim que entramos no quintal já as sardinhas que tinha deixado assar, estavam boas, mas eram poucas para os três.

     O Pedro que é o mais despachado perguntou: - Não tens mais?

        - Sim, comprei duas dúzias, deve chegar, estão na cozinha.

     Pedro logo as foi buscar. Na volta comentou:

        - Tens uma casa gira. Desculpa lá mas dei uma olhada aos vídeos e vi que tens uns que podemos ver?

    

     O que o Pedro tinha visto eram uns porno que estavam mesmo à mão. Concordei mas para depois das sardinhas.

 

serveja com sardinhas e kiss boy

    Aquela almoçarada estava a correu às mil maravilhas. Sardinha, batata cozida, salada de pimentos vinho e cerveja.

    Como o meu quintal está resguardado de olhares estranhos, pois está totalmente vedado e o sol estava abrasador os três fizemos uma festa com música à mistura. Até nos despirmos como se estivéssemos numa Boate livre de preconceitos.

     Fizemos umas misturas de bebidas e nem mesmo assim, quando o sol começou a ficar mais baixo lá no horizonte o tempo começou a esfriar o Mário vestiu uma t-shirt  e foi para a sala.

     O Pedro comentou:

        - O gajo é um tipo porreiro mas nunca alinhou nestas coisas.

        - Mas que coisas? Comentei.

        - Ele anda sempre a dizer que gosta muito de mulheres, mas não lhe conheço nenhuma namorada.

        - E Tu?

        - Eu gosto de curtir e ver uns filmes de gajos.

        - Desculpa lá mas não entendi bem. Criticas o Mário de andar a dizer sempre que gosta muito de mulheres e tu gostas de ver filmes de gays. Qual é a tua? Já tiveste experiencias homossexuais?

        - Não mas gostava de ter!

        - Já agora diz-me porque desabafas isso comigo?

        - Uma noite fui ao Finalmente com uns colegas e vi-te lá aos beijinhos com um gajo. Nunca disse a ninguém que te conhecia como vizinho, mas fiquei de olho em ti.

 

     “Aquele Pedro afinal sabia-a toda, só lhe faltava experiência. Lembro-me de uma vez lhe ter dado boleia da praia até aqui ao sítio. Também eu fiquei com olho nele, mas como “Santos ao pé da porta não fazem milagres” nunca me tinha metido com ele. Naquele dia ia ter a minha oportunidade. De repente lembrei-me “Porra! Mas são dois! Que se foda! Ainda os vou por a mamar-nos”

 

        - Fizeste bem. Hoje quero ver quem vai ser o Santo António, vamos atacar o Mário?

        - Como tens mais experiencia, vamos ver um filme e tu ficas no meio. Tá bem? – retorqui o Pedro.

 

     Encostei-o ao balcão do bar do quintal, segurei-o pelas ancas encostamos nossos corpos e beijei-o.

        - Foi isto que viste no Finalmente? Gostaste?

        - Ao vivo é muito melhor – disse ele, beijando-me sofregamente.

 

     “ A coisa estava a andar bem, vestimos as t-shirts e fomos para a sala. Coloquei um DVD porno Gay no vídeo e sentámo-nos, comigo ao meio como o Pedro tinha pedido. “

Encontro de rapazes

     Mal começo a rodar o filme e vendo do que se tratava o Mário, perguntou se não havia gajas.

        - Tás a ver? O gajo só pensa em gajas. – atirou o Pedro

        - Eu já vejo se é mesmo assim! Vamos lá ver! Mostra-me o teu aparelho. – disse eu metendo a mão nos boxers do Mário.

 

     O chavalo já estava de pau feito e tirei-o cá para fora.

   


Posto isto só havia uma situação a fazer. Foi nos despirmos.

 

Quando o ménage á troi começou

     Afinal estavam os dois com vontade de experimentarem o meu e lá foram lampeiros direitos ao meu pau que já se encontrava pronto para a farra de santo António.

 

     Como dono da casa e porque gosto de receber bem as visitas, ajudei a despirem-se e ficámos núzinhos como manda a tradição.

 

     Comecei por beijar o corpo de um e fui até ao Mário que ainda não tinha beijado na boca. A reacção foi de total consentimento (outra coisa não seria de esperar pois eu sou o melhor beijoqueiro que se pode encontrar). Ao mesmo tempo o Pedro friccionava-me as costas com as pontas dos dedos. Ao mesmo tempo que largava os lábios do Mário iniciando o percurso até aquela gaita linda, de fava descoberta e mordendo o prepúcio, ia-me curvando para que o Pedro percebe-se que tinha o caminho aberto para me penetrar, mas ele coitado não sabia ainda como era. Virei-me e fiz o mesmo com ele ao mesmo tempo que tentei por os dois beijando-se.

     Aquela porra não estava a dar nada a não ser umas brincadeiras de adolescentes e resolvi.

        - Vamos para cama. Sempre estamos mais à vontade.

 

     "Ali sim! Começámos por nos beijar reciprocamente"

 

     Eles já se beijavam mutuamente enquanto eu ia-me dividindo em num e noutro pénis saborosos como quem chupa num “Corneto” (nisto também sou do melhor que há. Então em virgens ainda melhor) eles já ganiam de prazer e eu há rasca para não me vir.


     A balbúrdia estava já de tal maneira que acabamos por ficar em pleno 69.

 

ménage á troi au 69

   Para outras variantes, foi um passo

 

     Um bom professor tem sempre que dar o exemplo! Então não tive outro remédio. Fiz tudo para o Pedro me penetrar. Enquanto penetrava o Mário que só falava de mulheres, depois de lubrificar o seu cuzinho, o meu aparelho lá foi delicadamente penetrando aquele cú virgem. Ao princípio ganiu um pouco mas quando comecei num vai e vem constante ao mesmo tempo que o Pedro me fazia o mesmo foi um delírio total. João estava tão louco que puxou minhas mãos até ao seu pénis para o masturbar. Quanto ao Pedro, não foi necessário levar suas mãos até ao meu. Fê-lo por sua alta recriação.

 

     Estava-me movimentado tão rapidamente que o Pedro não aguentou o movimento e o seu pénis acabou por sair de dentro de mim. Foi a oportunidade para trocarmos de posições ficando o Pedro no meio e João imitando o lhe tinha feito, lubrificou o cú do Pedro penetrando-o enquanto eu levava mais uma vez com o do Pedro.

 

ménage à troi in copula

     Desta vez foi o fim da macacada e viemo-nos ao mesmo tempo, uns dentro outros fora.

 

     Afinal. O Pedro que andava morto por experimentar outras sexualidades, fez o gosto ao dedo, como quem diz, fez o gosto a uma nova forma de fazer sexo.

 

     Quanto ao João que andava sempre a dizer gostar de mulheres, passou a gostar também de homens.

 

     E Eu? Bem eu, mais uma vez fiz um Ménage à trois com virgens na sexualidade homo-erótico.

     Eu não tive a culpa! Eles é que me dasafiaram

 

     Voltamos a tomar uns copos, combinamos repetir a dose e guardar segredo, já que éramos vizinhos.

     Ás escodidas do Pedro combinei uma noite com o Mário, pois tinha umas contas a ajustar com ele. Detesto gajos que dizem gostar muito de mulheres e na volta são os piores.

 

Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência. O geral ultrapassa a ficção.

As fotos aqui apresentadas são livres de copyright e retiradas da Net.

 

      Nelson Camacho D’Magoito

    “Contos ao sabor da imaginação”

           de Nelson Camacho

sinto-me: e livre sem preconceitos
publicado por nelson camacho às 17:05
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Segunda-feira, 10 de Junho de 2013

My Love (It could happen to you) –Parte II

nelson camacho d'magoito escrevendo my love

Uma história de amor que podia ser a sua

(um conto longo)

(ver parte I)

 

I Capítulo

 

     O sol estava radioso e cada vez mais próximo da terra, nem uma nuvem a intercepta-lo. A temperatura estaria ai pelos 29 º centigrados. Quando ele abriu a porta do carro saio dentro dele um bafo ainda mais quente mas naquele dia nada mais importava. Sentou-se e mesmo queimando a as mãos ao segurar no volante ligou a misymarcha e arrancou.

     E agora para onde iria?

     O carro deslizou como por encanto. Quando deu por ele estava a entrar na marginal do Estoril.

     Há muito que não vinha por aquele caminho. Embora absorto nos seus pensamentos Aida deu por vária rotundas que existiam ao longo do caminho até que parou na baia de Cascais.

     Estava mesmo ali um lugar para a máquina. Parou, despiu o casaco e ficando em mangas de camisa foi até à esplanada da Marina de Cascais.

 

Esplanada marina de cascais

       “A esplanada da Marina é um espaço exterior de um requintado restaurante com bar, tendo como vista as embarcações de recreio que por ali param assim como a entrada e saída de grades cruzeiros que se movimentam Tejo a dentro e com vista ao Farol de Santa Marta.

      Como complemento esta esplanada ainda nos brinda com música ambiente o que se estivermos sós nos faz relembrar momentos do nosso passado. Depois de gozar toda aquela vista deslumbrante, basta fechar os olhos.”

 

     Foi o que aconteceu ao Carlos. Fechou os olhos e como um sonho, relembrou aquele fim-de-semana em Palma de Maiorca.

 

em Palma de maiorca aconteceu My Love

     Chegaram a Palma perto da 22 h Não estava uma noite cerrada mas um lusco-fusco. A primeira impressão ao sair das portas do avião foi surpreendente... um bafo de calor que os obrigou a retirar os casacos que traziam vestidos. João e Carlos lamentaram não saberem o que vinham encontrar, caso contrário fariam o mesmo que uns putos ingleses mais ou menos da idade deles mal entraram na gare tiraram as calças e ficaram de calções. Eles certamente já sabiam o que iriam encontrar mas eles! Nem sonhavam!

 

     Quando se meteram no autocarro que os levaria ao hotel e recordando o que se tinha passado no aeroporto em Lisboa Carlos comentou baixinho ao ouvido do pai o que seria que a Gertrudes prepararia para aquele dias e ambos se riram relembrando a cena.

 

     D. Gertrudes quando chegaram ao Aeroporto em Lisboa foi direita ao balcão da TAP antes de fazer o Check-in com uma desculpa um pouco esfarrapada pedir a alteração dos lugares do João e da Isabel colocando-os lado a lado.

     Quando entraram no avião e porque o João já tinha visto em casa os bilhetes que cada um corresponde sempre a um lugar certo, notando a alteração foi ter com o Carlos e conto-lhe a jogada da mãe. Este não esteve com meias medidas e foi junto da hospedeira chefe a dizer-lhe que certamente tinha havido engano nos lugares e que seria conveniente que a Isabel ficasse junto com a mãe pois esta tinha medo de andar de avião. A hospedeira, simpática aceitou o pedido daquele jovem que até não era nada de se deitar fora e os lugares foram distribuídos de acordo com as marcações iniciais.

     Quem não ficou lá muito satisfeita foi a casamenteira. Tinha perdido a segunda batalha mas não ia perder a guerra.

 

     Em Espanha foram todos para um hotel de 5 estrelas. Cada casal ficou num quarto, Helena e Isabel ficaram noutro assim como os dois rapazes num só.

 

Mas afinal quem é esta gente que o nosso Carlos se está lembrando?

 

II Capítulo

 

 

     D. Gertrudes nascida nas berças deste país é filha de lavradores e muito beata. Não passa um Domingo sem ir à missa e dar os bons dias ao padre lá da freguesia (como minha avó dizia “Uma Beata caralhuda”

     Os pais também beatos por uma questão de statos pois eram os mais ricos lá da terra queriam que a filha fosse doutora. Na altura certa, mandaram-na para Lisboa para casa de uma irmã.

     Gertrudes ainda na universidade enamorou-se com o Eduardo França de origem de gente rica da sociedade de Lisboa mas também não muito aberto a modernices.

Ambos se formaram e criaram o seu consultório e riqueza.

Gertrudes, derivado à sua educação familiar, embora médica, entendia os valores da sociedade à sua maneira, sempre refugiada na doutrina cristã. Chegou a ter um problema no Hospital onde prestava serviço por se recusar a atender uma mulher, porque era lésbica e tinha-se apresentado à consulta com a sua namorada.

 

     Gertrudes quando se casou com o Eduardo França procurou uma casa numa zona de abastança, pelo menos aparentemente e encontraram uma que estava nos seus planos mesmo ao lado de uma outra que ainda estava nos finais da sua construção. Antes de fazerem a escritura procuraram saber quem seria os seus futuros vizinhos (pois não queriam qualquer gente ao lado deles). Informaram que era um casal de advogados. Ficaram satisfeitos e fizeram a escritura.

 

     Como aquele condomínio fechado era tudo gente da alta finança – até tinha lá uma capelinha onde havia um padre que lá ia dar missa semanalmente nem pensaram duas vezes.

     Assim que lhes entregaram a casa de imediato a mobilaram e para lá foram.

 

     Quando construção da casa ao lado foi finalizada já D. Gertrudes se tinha metido à conversa com o casal proprietário afim de, (como dizia a minha avó – tirar nabos da púcara) e como lhe cheirava a gente de dinheiro e bem formada logo tentou criar-se de amizades.

 

     Os Casais médicos Eduardo França e advogados Manuel Marques a tornarem-se amigos de tal forma que se começaram a visitar.

 

     Era gente nova e descomplexada, talvez pelas sua profissões, embora o casal de médios fossem um pouco complexados em relação aos contactos humanos, escolhiam muito à sua maneira de ser com quem conviviam. Para eles o casamento só havia lugar pela Igreja que frequentavam com assiduidade. Nada de amancebamentos, casamentos de união de facto e muito menos dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

 

     Os Casal de advogados embora sendo um casal tradicional, também casados pela Igreja, já viam o mundo de outra forma. Eram mais liberais e diziam que cada um deve procurar a felicidade onde ela estiver embora por vezes o preço a pagar seja muito caro. Estão de acordo com todas as situações de acasalamento.

     Estas pequenas divergências (talvez porque nunca lhes tinha batido à porta qualquer situação que colidisse com a forma de ver as coisas) de pressa se tornaram amigos derivado a aproximação das habitações.

 

     O tempo foi andando. As casas foram-se finalizando as decorações de interior até foram feitas com opiniões de ambos os casais, principalmente as senhoras pois os homens dedicavam-se mais aos exteriores, jardins e piscinas. Chegaram no verão a fazerem férias juntas. Durante o ano iam frequentemente à Ópera, ao cinema e jantar fora. Nos seus quintais com piscinas era frequente passarem grandes períodos de lazer com churrascos pelo meio.

     Eram dois casais que conviviam numa saudável vizinhança.

     Quando um tinha um problema de saúde, aí estava o casal de médicos assim quando havia qualquer problema jurídico lá estavam os advogados.

 

     Quase por milagres ambas as senhoras engravidaram ao mesmo tempo, situação com que eles brincavam e até diziam que era giro, uma ter um filho e a outra, uma filha, e assim passaram mais nove meses.

 

      Porque o Destino a Deus pertence, o que saiu daquelas barrigas não foi um casal mas sim dois rapazes.

     A partir daquele momento os moçoilos foram criados juntos. Um fazia anos num dia e o outro passados oito dias de maneira que todos os anos era uma festa pegada durante uma semana. Até havia coleguinhas de escola que ficavam lá durante aquela semana.

 

     A educação de ambos foi muito idêntica tanto nos valores como na instrução.

     Frequentavam a mesma escola, o mesmo ginásio, os trabalhos de casa eram feitos umas vezes em casa de um, outras em casa do outro.

 

     Até atingirem a maior idade até férias grandes e pequenas eram feitas todas em conjunto.

     Os anos foram passando e numa noite de convívio (já os rapazes tinham feito dezoito anos) somente entre os pais de ambos veio à baila que os seus filhos ainda não tinham falado em namoradas e como estavam perto de umas pequenas férias em que todos iriam para Espanha, resolveram puxar a questão a ambos perguntando-lhes se não tinham namoradas inclusive se as apresentavam e até podiam ser convidadas para aqueles dias em Palma de Maiorca.

     Foi com aquelas ideias em mente que num dia de churrasco em que todos estavam presentes, a conversa veio à baila.

     Os rapazes ouviram as ideias e propostas dos pais e quase em uníssono responderam que esses assuntos eram com eles e ainda eram muito novos para se prenderem.

 

     Ambos os pais depois daquelas respostas não falaram mais no assunto, no entanto, o casal França (pais do João) talvez por força das suas profissões e os rapazes já tinham chegado aos 18 anos, nas sua intimidade falaram sobre o assunto e a mãe alvitrou convidar para o passeio a Espanha uma amiga de ambos. A Helena que era enfermeira no hospital onde trabalhavam, divorciada e vivia com a filha Isabel também com 18 anos, podia ser que o rebento se enamorasse da dita. Assim ficou combinado.

 

     Depois de D. França ter no hospital contado a amiga o que tinha deliberado com o marido, aquela aceitou o convite ao mesmo tempo que aceitou o convite para um jantar onde estariam todos para ser apresentada com a filha ao resto da trupe.

 

     D. França organizou o jantar em sua casa, com a presença dos Marques para lhes dar conta do que tinha combinado com o marido e apresentar a convidada dizendo logo que as despesas com elas seriam de sua conta.

      A Helena com a filha foi apresentada ao grupo. Durante os aperitivos antes do jantar D. França fez sempre questão de tentar juntar em conversa seu filho João com a Isabel.

      Quando seguiam para a sala de jantar depois das entradas o casal Marques com o filho Pedro estes foram cochichando pelo caminho.

          - Dizia a mãe do Pedro: Parece-me que a D. França está a tentar arranjar namoro com a miúda.

          - Cá para mim! Dizia o Pedro que ia entre os pais e com ar descarado e um grande sorriso, balbuciava – O raio da velha está armada em casamenteira mas não tem sorte!

          - Que queres dizer com isso do não tem sorte. - Perguntou o pai também em surdina.

          - É que nós combinamos arranjar namoradas só quando estivermos fartos da boa-vai-ela.

          - Vocês é que sabem! – comentou a mãe . Se vocês fossem raparigas ainda podíamos ter cuidado não nos aparecessem pranhas.

          - A tua Mãe tem razão. Nós só nos casámos depois de eu ter gozado a vida.

          - Pois! E não gozaste nada mal, pelo que me contam

     O trio deu uma gargalhada e acabaram por entrar na sala.

 

     O João notando que ali havia gato, atirou:

          - Mas que satisfeitos vocês estão. O Carlos deve estar com as suas dicas de humor!

          - Por acaso não! Estávamos a falar da casamenteira disse o Carlos com ar de gozo.

          - Mas quem é a casamenteira?

          - Eu depois digo-te.

     Agora já não eram os três que se riam mas os quatro, embora o João não entendesse bem do que se tratava.

 

     Naquele repasto de apresentação da Helena e sua filha Isabel e os planos de tentar juntar estas á família mas que o total intuito da Gertrudes era acasalar o filho foi um sucesso.

 

“ Isabel chegou a comentar com a mãe quando foram à casa de banho (é lá que as mulheres ratam das outras que as rodeiam em festas) que a Gertrudes tinha passado a noite a atirar-lhe o filho. Comentando a mãe que não fosse estúpida pois era um bom partido. Que conhecia bem o Dr. e seria bom para elas”

 

     Quando voltaram para o salão onde seria servido o café ficou assentes todos preliminares da viagem. Partiriam numa sexta-feira de avião para Palma de Maiorca e as despesas com elas ficariam a cargo dos pais do João.

 

     Na sexta-feira aprazada não era “Sexta-feira Santa” mas seria a sexta-feira que iria mudar a vida de toda aquela gente que se apresentaram no aeroporto na hora aprazada a fim de embarcarem com destino a Palma de Maiorca.

 

(Ir para a III Parte)

 

 

Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência. O geral ultrapassa a ficção.

As fotos aqui apresentadas são livres de copyright e retiradas da Net.

 

 

              Nelson Camacho D’Magoito

            “Contos ao sabor da imaginação”

                  de Nelson Camacho

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