Desde o dia a seguir ao Natal que o telefone foi um corrupio de chamadas. Uns, dando o Bom Ano via sms outras vezes telefonicamente não só com o mesmo intuito mas também perguntando onde iria fazer a Passagem de Ano. A Todos respondi que este ano queria estar sozinho com as minhas recordações e assim fiz.
Fui comprar um Bolo-rei, um pacote de passas e mais umas guloseimas e coloquei tudo na mesa como preparada para uma grande farra entre amigos sabendo de ante mão que nada iria acontecer pois o que queria na realidade era estar só com os meus botões.
Já eram vinte e duas horas, liguei a televisão e era tudo uma pasmaceira. Como a casa estava aquecida andava como no verão todo nu (é um habito meu) Fui até ao quarto e quando passei pelo espelho que tenho junto à cama mirei-me casualmente e pensei. “ Então vais desperdiçar este corpinho numa noite de farra?” Olhei de soslaio para umas fotos de alguns amigos que me fizeram felizes durante anos e perguntei a mim mesmo. “ Onde andarão eles? Com seus novos amantes e eu por aqui armado em parvo!...”
Voltei à casa de jantar olhei para o repasto que tinha preparado não sabendo porque o tinha feito. Abri uma garrafa de champanhe que estava a um canto da mesa metida num balde de gelo. Enchi um flûte e bebi de um trago. Enchi novamente e emborquei de um sorvo.
Lá fora já se ouviam tachos e panelas batendo umas nas outras e algumas estrelinhas já se vislumbravam no céu.
Deu-me um vaip fui até ao quintal e verifiquei que a noite até estava amena. Sem chuva e de céu estrelado e lá bem no fundo a Lua brilhante como a rir-se de mim.
Voltei ao quarto e vesti-me casualmente sem saber bem o que fazia. Peguei na chave do carro, desci as escadas e entrei na rua. Deserta sem gente ou carros mas ouvia grande alvoroço nas outras casas querente dizer que por ali havia gente feliz e contente, Só eu! Estava por ali só e armado em parvo tentando com algumas recordações que o tempo voltasse para traz.
Meti-me no carro dei a volta à chave e este sem ele ou eu saber o destino pôs-se em movimento.
Andamos somente meia dúzia de quilómetros quando fui obrigado a parar frente a uma sociedade de recreio cá do sitio pois a estrada estava cheia de carros e havia um outro que estava atravessado tentando arrumar. Lá de dentro saiu uma rapariga toda esfusiante dando indicações ao condutor. Olhou-me fixamente e perguntou. Também quer arrumar?
Eu não disse nada mas ela atirou:
- Há sempre lugar para mais um.
A moça continuou a dar as instruções necessárias para o seu amigo arrumar o carro de forma a ficar um espaço para o meu dando as indicações necessária como um sinaleiro ou arrumador de carros e obrigou-me a arrumar o dito no lugar deixado vago.
Entretanto já do outro carro tinham saído dois jovens rapazes que se metiam com ela:
- Tá visto que já arranjaste um namorado.
Um deles aproximou-se de mim, abriu-me a porta do carro:
- Anda embora!.. Mais um é sempre bem-vindo para o maralhal.
Na altura não sabia se já estavam bêbedos ou se era só alegria da festividade, mas como era tudo malta nova sem saber bem porquê alinhei na coboiada. Meteram-me um papel na mão que depois de olhar mais atentamente vi que era um bilhete de ingresso na sociedade e lá entramos todos.
No grande salão dançava-se uma modinha brasileira e os confétis já pairavam no ar.
Um dos rapazes procurou uma mesa onde tinha um letreiro RESERVADO PARA O JORGE CAPELO. E sentámo-nos.
Vamos às apresentações:
O Jorge Capelo era o mais velho (aí para os 20 anos)
O João (era outro jovem aí para os 19)
O Mário (era outro jovem também para os 19)
A Luísa (era a tal jovem toda desinibida e que tinha dado azo à minha entrada naquele trupe.
Perante aquela situação eu era o Kota da malta. Entretanto lá veio um empregado com os chouriços numa assadeira já a arder. Quatro tigelas de caldo verde umas pernas de frango embebidas num molho que dava a entender ser de cebola, a acompanhar vinham dois jarros de vinho um tinto e um branco. Estava-se mesmo a ver que era a Seia para quatro o que quer dizer que naquele grupo tinha faltado um e eu o “penetra” era o substituto.
A Noite correi hás mil maravilhas comemos demos alguns dixotes, cotamos anedotas, dançamos e finalmente nos apresentamos.
Eram todos emigrantes de França que tinham vindo passar o Natal com a família. O que faltou foi um Tio deles que teve de ir para o Algarve com o resto da família.
As doze badaladas lá vieram todos demos abraços e beijinhos e depois de toda aquela euforia o conjunto começou a tocar musicas mais calmas e todos nós acalmamos.
Tudo estava a acontecer como se já nos conhecêssemos de longa data.
Já era uma três da manhã quando o Jorge que entretanto se tinha ausentado voltou e com o ar mais triste deste mundo:
- Tenho uma triste notícia para vos dar.
- Então qual é?
- Não há mais champanhe.
- Épá!.. Isso é que não pode ser. Nos em França curtimos até de manhã com champanhe e agora?
Perante tal tristeza e da forma como tinha sido recebido por aquela rapaziada lembrei-me que tinha em casa uma caixa de espumante e disse:
Lá por causa disso não há problemas. Eu tenho em casa uma caixa com seis, deve dar para o resto da noite. É só ir busca-la.
- Pois e ficávamos todos aqui a morrer de sede. Moras longe?
- Não! Á aqui quase ao fim da estrada.
Luísa sentou-se ao meu colo beijou-me e perguntou:
- Podemos ir lá a casa acabar a noite?
Até parecia que todos tinham uma mola no cú. Deram um salto e em uníssono vamos nessa.
Quatro da manhã
Perante tal situação todos nos calámos, saímos meti-me no carro com a Luísa abrindo caminho até minha casa.
Mal entramos via-se logo que aquela rapaziada não vivia neste país à beira mar plantado e cheio de preconceitos.
A primeira coisa que fizeram foi porem-se literalmente à vontade ou seja eles se shorts e a Luísa de cuequinha de fio dental e sutiã.
Abriu-se garrafas de champanhe. A guloseima que tinha colocado antecipadamente sobre a mesa foi devorada rapidamente.
De repente dei comigo sentado num sofá com o Jorge a meu lado e de cabeça pendente sobre o meu ombro segredando-me ao ouvido:
-Sabem nós em França, fazemos muitas festas destas e que chamamos Noites de “Ménage a Tróis”...
- Pois!.. só que neste momento só estamos dois.
- Vamos espreitar os outros.
Subimos as escadas e a porta do meu quarto estava escancarada. Lá de dentro vislumbravam-se os corpos dos outros amigos.
Luísa no meio e João e Mário fodendo-a desabridamente.
Ao que parecia não havia espaço para nós.
Descemos novamente até à sala bebericamos mais um pouco de champanhe
E perguntei ao Jorge:
Então é assim que vocês se divertem em França? Fodendo uns com os outros?
As Noites de “ménage à trois” é uma expressão francesa que significa “mistura a três”
E que é usada normalmente para designar uma relação sexual envolvendo três pessoas, tanto faz se forem dois homens e uma mulher, duas mulheres e um homem ou todas do mesmo sexo.
Quando são mais que três alguém fica de fora – Comentei.
- Não é bem assim. Quando os casais são pares há sempre a possibilidades de um sair do grupo temporariamente enquanto o outro entra na festa.
Um pouco baralhados com as ideias comentei:
-Então se a rapariga for a que sai do grupo ficam só os rapazes.
- E há alguma coisa melhor para sair da rotina e entrar em novas aventuras? Desde que as pessoas se sintam totalmente à vontade é sempre bom experimentar novas formas de prazer.
- E quem não quer experimentar novas formas de fantasias sexuais?
Dizia alto e bom som o João que descia as escadas que vêm lá dos quartos ao mesmo tempo que acrescentava o pedido de tomar uma duchada pois estava todo lambuzado e ainda não se tinha vindo.
Indiquei-lhe o banheiro e continuei no sofá comentando com o Jorge o que estava a acontecer.
Foi neste momento que o Jorge perguntou se estava disponível para umas brincadeiras a três.
Não é que tudo aquilo fosse estranho para mim mas assim de repente e num Fim de Ano de pois de uma oportunidades assim de mão beijada não podia continuar armado em parvo. Lá do fundo entrava o João todo lavadinho e de chorts somente vestidos. Até àquele momento o único que estava a destoar era eu pois ainda estava calças e camisa.
Talvez para ficar mais a vontade o Jorge ajudou-me a tirar a camisa ao mesmo tempo que me beijava enquanto o João se ajoelhou frente a mim e me foi tirando as calças ao mesmo tempo que roçava seus lábios no meu cacete que já teimava e sair do seu conforto.
Estava a acontecer a verdadeira “ménage à trois”. Entre machos.
Não sou nem nunca fui nenhum santinho nestas coisas de sexo mas logo no princípio da noite tinha-me dado uma de macho, tentando o mais possível passar por “artolas” até porque era conhecido lá na sociedade e aqueles gajos nunca os tinham visto pois era emigrantes.
Ma passemos a diante….
Desde os beijinhos recíprocos em nossos corpos até às lambuzadelas dos pirilaus foi um pequeno passo até experimentarmos sofregamente os espermas de cada um.
Lá do fundo da escada ouviu-se:
- Então não sobra nada para nós?
Era a Isabel e o Mário, nus e debruçados no corrimão fazendo gestos bastantes sexuais e convidando-nos a subir.
Do Salão até ao quarto já nus como viemos ao mundo, com a diferença em que nossos paus estavam hirtos esperando mais qualquer coisa que efectivamente aconteceu naquela madrugada e primeiro dia do ano de 2014.
Não se coíba de praticar qualquer fantasia sexual simples o mais aprimorada com ao seu ou a sua companheira e porque não a três?
Estas fantasias são muito frequentes entre os homens, muitos sonham em fazer sexo com duas mulheres ao mesmo tempo.
As fotos aqui apresentadas são livres de copyright e retiradas da Net.
Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção
Nelson Camacho D’Magoito
(O Caçador)
“Contos ao sabor da imaginação”
© Nelson Camacho
2014 (ao abrigo do código do direito de autor)
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