.Art.13º, n.º da Constituição

"Ninguém pode ser privilegiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça,língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual"
Segunda-feira, 16 de Janeiro de 2012

Um dia num elevador

Como o Pai soube que o filho era gay

Já tinha feito toda a mudança inclusive a empresa da especialidade já tinha levado tudo.

 

Gays no elevador

     Naquela velha casa, só restava na sala uma cama daquelas insufláveis, dois ou três copos e uma garrafa de whisky. Na casa de banho uma toalha de banho e outra pequena, chamada de bidé. Também ali ficou uma caixa de preservativos e uma bisnaga de vaselina. Na cozinha dois pratos um jogo de talheres e um pequeno micro-ondas por já ser antigo iria parar o lixo. Tudo na eventualidade de ainda por lá ficar mais um ou dois dias até entregar a chave ao comprador da minha velha casa onde morei mais de dez anos onde umas vezes fui felizes outras não tanto. Ia mudar-me para uma vivenda que tinha comprado numa zona de praia.

    Durante aqueles dez anos porque sou um pouco introvertido nunca tive grandes ou pequenos contactos com os outros condóminos, quase que não os conhecia. O Pouco relacionamento que tinha tido foram nos dias de reunião de condóminos mas não era sempre, pois durante aquele tempo e éramos dezasseis, também nem sempre eram os mesmos pois uns ou iam vendendo as casas ou alugavam a outras pessoas e eu não estava disposto a grandes convívios. – Minha avó sempre disse: - “Santos ao pé da porta não fazem milagres”!

    Já estava farto de viver em prédios que mais pareciam caixas de fósforos não me dando a liberdade que naquela altura desejava.

    Queria sair e entrar às horas que quisesse, fazer as festas que muito bem entendesse e meter em minha casa esporadicamente ou por períodos mais longos quem muito bem guise-se sem dar explicações a todos aqueles kuskas.

 

    Durante aquele tempo só tinha dado conta do crescimento de um puto que nesta altura já teria os seus dezoito anos, mas nem sabia em que andar morava. E se tinha dado conta era porque nos últimos anos nos encontrávamos muitas vezes durante a noite, e sempre entre as duas e quatro da manhã quando voltávamos para casa. Por vezes também nos encontrávamos no café mas nunca dos falávamos, ele somente me mirava dos pés à cabeça, mas atendendo à recomendação da minha saudosa avó nunca retribui os olhares, reparando no entanto, que havia qualquer coisa de especial naquele puto bem-apessoado e gostoso. Fazíamos somente uma troca de olhares até que uma noite em Lisboa por volta das cinco da manhã o encontrei no bar “Finalmente”, o mais conhecido internacionalmente bar gay da capital.

     A partir daquela noite quando eu estava já no café lá do sítio e ele, se ia a entrar sozinho, dava meia volta e saia, se ia acompanhado com a família, não tirava os olhos do chão. Chegou mesmo quando nos atravessávamos na rua, a mudava de passeio metendo os olhos no chão.

 

    Naquele fim de tarde quando ia a entrar no elevador senti uma perna a travar a porta ao mesmo tempo que ouvia alguém perguntando: - Posso apanhar a boleia?

Olhei para o espelho e quem vejo? O tal puto que até nem sabia o nome e surgiu o nosso primeiro dialogo.

 

- Então vai-se mudar?

- É verdade! E é preciso eu ir embora para nos falarmos?

- Não é que não tenha tido vontade mas desde que o vi no “Finalmente” fiquei com receio que você divulgasse a alguém cá do sítio que me tinha visto num bar daqueles.

- Mas foi uma grande parvoíce pois se tu lá estavas eu também, e não tenho nada a ver com aquilo que as pessoas fazem ou deixem de fazer. Não me meto na vida dos outros para que os outros não se metam na minha.

 

- Isso é bonito. Já tive uma má experiencia nesse sentido. Uma vez um amigo meu, também me viu no Brigue e foi dizer à minha namorada. Foi uma complicação dos diabos. Ela comentou o facto com os meus pais, acabou comigo, dizendo que eu era gay.

- E és?

- Não! Nunca me relacionei nesse sentido com rapazes! Gosto é do ambiente da música e dos espectáculos dos travestis e nada mais. A malta da minha idade não me desperta qualquer atenção e também não me compreende.

- E se for um tipo mais velho como eu?

 

    Não obtive resposta pois o elevador tinha parado naquele momento no meu andar. A porta abriu-se e não resisti mais. Segurei-lhe na cabeça e beijei-o naquela boca gostosa durante alguns segundos.

 

- Mas!.... Não achas que estás a abusar!

- Não puto! Estou a fazer aquilo que ambos esperávamos que acontecesse há muito tempo.

- Nunca tinha beijado um homem, só a minha namorada.

- Então aqui vai outro mais profundo para veres a diferença.

 

O nosso primeiro beijo gay

Voltei a segura-lhe nas faces e beijei-o novamente, desta vez um beijo à maneira com língua e tudo.

O Pedro, é esse o nome do puto, tremia por todos os lados. Então para apaziguar as hostes ao mesmo tempo que o beijava desci com uma das mãos direitas ao seu caralho que quase queria saltar para fora das calças com tanta tesão que sentia.

O Pedro deixou de tremer e foi a vez de ele me agarrar nas minhas faces e descer também com uma das mãos até o meu caralho. Eu estava de calções e senti sua mão meter por entre os ditos segurando aquele meu pau com toda a força e começando a punhetar-me.

 

- Espera!.. tem calma!... assim venho-me num instante e ainda temos muito trabalho para fazer.

- Desculpa… Nunca tinha tido tanto prazer. Nem quando beijava a minha namorada.

- É natural. O beijo entre dois homens é muito mais sensual assim como o broche. Nós sabemos o que fazemos, não podemos fingir enquanto a mulher quando fode pode fingir à vontade.

 

- Porra. Talvez tenhas razão. Nunca tinha sentido tanta tesão. E agora o que fazemos? Também me estou quase a vir.

- Agora é simples… O elevador já parou estamos no meu andar e vamos entrar.

Assim fizemos. Mal entramos agarramo-nos logo aos beijos ao mesmo tempo que o encaminhava para o quarto onde tinha a tal cama insuflável. Atirámo-nos com tal força que ao tocarmos naquele insuflável mais parecia termos entrado numa piscina. Comecei a despi-lo ao mesmo tempo que ele me tirava os calções. Continuei beijando-o da boca até aquele caralho branco e de cabeça lustrosa, dando notas que ainda não tinha sido muito usado, Tinha poucos pelo e os tintins no seu lugar certo ali mesmo frente ao meu nariz comecei logo mordiscando ora um ora outro ao mesmo tempo que metia em minha boca aquele caralho gostoso que a pouco e pouco já ia começando a expelir aquele suco que sabia a virgem.

Ele gemia de prazer ao mesmo tempo que me segurava a cabeça movimentando-a de forma que aquele pau penetrava em minha boca repetidamente num vai e vem louco.

De repente dando um pequeno guincho de prazer empurrou mais ainda aquele pénis lindo até aos confins da minha boca ao mesmo tempo que o chupava com avidez e trincava aquela glande gorda que expelia aquele leite viscoso e abundante que engolia saborosamente e transbordando até minhas faces.

Tudo isto durou vários minutos de prazer e dor pois fiz tudo para não me vir.

Pedro estafado deitou-se de costas e eu ainda lá voltei aquela gaita ainda pulsante e continuei a chupa-lo.

Toda a sua juventude passados alguns minutos estava novamente para uma nova função e deitando-se sobre mim começou a chupar no meu pénis hirto e mais que rijo. Mordisquei seus lábios e os pequenos lóbulos das orelhas e disse-lhe muito baixinho:

 

- Queres-te sentar sobra a minha verga?

 

Pedro reconhecendo o que eu queria foi dizendo:

 

- Mas não me aleijas?

- Não, vamos arranjar uma posição que não vai doer nada. Chupa-me mais um pouco e vais gozar como nunca.

 

Kamasutra homo

Peguei nele e calmamente sentei-o sobre mim, indo penetrando pouco a pouco e calmamente. Ele foi ajudando cavalgando sobre o meu caralho penetrando cada vez mais fundo ao mesmo tempo que o punhetava, naquela posição de andromache.

Encontramo-nos naquele cavalgar constante e sem tirar minha verga de dentro daquele cuzinho virgem puxei seu corpo para mim e transportei para sua boca algum do leite que ainda tinha na minha. Pedro cavalgou ainda mais e viemo-nos abundantemente. Eu a primeira vez naquele momento dentro do seu corpo perfeito e ele com toda a sua juventude, esporrando-se novamente, desta vez sobre o meu peito.

 

Estava-mos os dois exaustos. Viramo-nos ficando de lado e frente a frente acariciando nossas faces durante algum tempo.

 

- Então! Gostas-te?

- Sim! Nunca pensei fazer estas coisas e sentir-me tão bem. Afinal de contas iniciei o meu prazer sexual com um tipo que se vai embora do prédio e de quem não me quero separar.

- Mas não nos vamos separar, também não vou assim para tão longe e já perdemos muito tempo. Vamos continuar pois há muito que andava de olhos em ti e ao que parece tu em mim.

- Também é verdade que há algum tempo que sentia algo por ti mas não sabia o que era.

- Vamos festejar o momento?

- Mas como? Estou totalmente estafado. Vi-me duas vezes quase seguidas e já são horas de ir para casa. Não sei como vou encarar os meus pais depois disto.

- Mas não tens que encarar seja quem for. Tens de continuara a seres quem és, até a teres uma namorada. Este será o nosso segredo.

- Vamos ver se sou capas de fazer como tu dizes. Quanto á namorada. Nunca te trocarei por ti pois é contigo que quero continuar a praticar o sexo.

- Vais ver que não vai ser sempre assim. Eu também tenho tido as minhas namoradas coloridas embora me dê mais prazer ter sexo com tipo como tu.

- Isso logo se vê! Então como vamos festejar este nosso encontro?

 

Levantei-me e fui buscar os dois copos e a garrafa de whisky que ainda restava naquela velha casa e servimo-nos.

Estivemos por ali bebericando, beijando-nos e fazendo promessas de amor e alguma conversa da treta quando o telemóvel dele tocou.

 

Era a Mãe que perguntava! Onde estava pois já eram horas de jantar.

 

Displicentemente e sem eu esperar aquela reacção disse peremptoriamente.

 

- Estou aqui em casa do vizinho ajudando-o a arrumar as últimas coisas pois sempre se vai embora cá do prédio.

 

Perante aquela resposta. Fiquei atónito, sem jeito.

 

Ele então explicou-me que lá em casa já tinham falado de mim. Que devia ser uma pessoa como deve ser pois metia-se na sua vida sem grandes conversas com os vizinhos.

 

- Assim de repente foi o que me veio à mona ficando com uma abertura perante meus pais para continuar teu amigo e não estranharem.

 

Entretanto a Mãe telefonou novamente dizendo ao filho para me convidar para lá ir jantar, pois certamente já não tinha nada em casa.

 

Ainda fiquei mais sem jeito não sabendo o que fazer perante tal atitude.

Então resolvi!

 

- Vai tomar um duche enquanto vou ali ao café buscar um bolo e já venho.

 

Assim foi! Fui a correr buscar o bolo e comprar uma garrafa de vinho de Reguengos de reserva. Não me demorei.

O Pedro já estava pronto e lá fomos para casa dele levando o bolo para a senhora e o vinho para o pai.

 

Naquela noite verifiquei quanto tinha perdido o não ter convivido durante aqueles dez anos com os vizinhos. Afinal de contas, eles fazem-nos falta. Não podemos viver a nossa vida metidos numa concha.

Por vezes as coisas boas estão onde não esperamos.

No meu último dia naquele prédio arranjei uma família amiga e um amante.

 

Quando entrei com o bolo e com a garrafa o Pedro apresentou-me os Pais. O Sr. João e a D. Eduarda que me receberam muito bem ao mesmo tempo que iam dizendo já terem notado em mim algumas vezes. Ou seja, já tinha sido bem analisado para amigo do filho.

Aquelas pessoas eram uma família sem complicações, tendo um estatuto económico bastante confortável e sem grandes opiniões sobre os outros vizinhos. Tinham e faziam a sua vida sem grandes paventos ou imiscuírem-se na vida dos outros, o que me agradou bastante. A Mãe é secretária de administração de uma grande empresa e o pai é bancário. Soube também que desde os dezasseis anos do Pedro lhe tinham começado dar liberdade de acção recomendando somente que tivesse cuidado com alguma rapaziada da sua idade pois na vida as coisas nem sempre parecem que são e que estuda-se para vir a ser alguém aconselhando-o sempre a procurar amigos um pouco mais velhos pois tinham mais experiencia de vida.

Em toda aquela conversa deu-me a entender que o já meu amigo João a sadia toda e não era nenhum santo.

Depois de já termos bebido uns copos enquanto a mãe fazia as suas lides na cozinha o Senhor João pegou nas mãos do Pedro e disse:

 

- Sabes? Verifiquei que este ano tiveste umas excelentes notas na escola e como já és um homenzinho tenho uma prenda para ti.

 

Muito prontamente o Carlos perguntou:

 

- E qual é a surpresa pai?

- Vai ao teu quarto e tens em cima da cama um envelope. Está lá a surpresa!

- Para mim? Mas que será a surpresa?

 

Pelo canto do olho ia olhando para mim com ar comprometido ao mesmo tempo que olhava para o Pai com ar tímido.

 O Pai notou a aflição e voltou ao mesmo.

 

- Então! Vai lá ao quarto!

 

O Pedro voltando-se para mim, perguntou

 

- Queres vir comigo? Afinal hoje é o dia das minhas surpresas.

 

O Pai fazendo um aceno de cabeça:

 

- Vá lá com ele, vá lá que ainda é capas de lhe dar o badagaio – disse a mãe que entretanto entrava na sala.

 

Assim fomos… Colocando um braço por cima doa meus ombros.

 

Em cima da cama lá estava o tal envelope, grande e volumoso.

O Carlos tremia como varas verdes enquanto abria o célebre envelope.

Dentro do envelope estavam um vocher de uma escola de condução e a chave de um carro.

Tremendo ainda mais e agarrando-se a mim chorando, foi dizendo:

 

- Meu amor hoje é o dia mais feliz da minha vida. Deste-me a maior sorte do mundo.

 

Estávamos embalados por aquela surpresa quando a porta do quarto se abriu e entrou Pai e Mãe.

Ficaram um pouco olhando-nos e talvez por terem ouviram a ultimas palavras do filho o Sr. João prontamente e sem reticência disse:

 

- Eu sei que és o melhor filho do mundo e responsável. Só esperamos que não nos dês grandes desgostos. Continua a estudar e sê um homenzinho seguindo as tuas opções de vida com honestidade.

 

Enquanto ia tendo esta prosa, com a mulher foram atravessando o quarto e abraçaram-se a nós.

 

Eu estava sem coragem de dizer alguma coisa. Deixei que aquele abraço de união permanecesse como infindável.

Parecia um conto de fadas ou um sonho o que acontecera naquela noite.

 

Já eram para aí umas duas da manhã. Quando me comecei a despedir daquele casal maravilhoso quando o Carlos se agarrou aos pais e disse:

 

- Obrigados meus país! são as pessoas que mais amo na vida. Obrigado! Agora se me permitem, Aida tenho umas conversas para ter com o Nelson e vou um bocadinho ainda a casa dele.

 

O João abraçou-se à mulher e só disse:

 

- Vai mas não venhas tarde.

 

E fomos………

 

Naquela cama insuflável conversámos e fodemos quase toda a noite até que adormecemos ouvindo Jacques Brel em “Ne me quitte pás”

 

Despois da keka ouvimos Brel
 
 

Já lá vão dois anos e ainda continuamos amantes. O Pedro agora já com carro, por várias vezes tem trazido os pais a minha casa e somos todos felizes.

 

No verão vamos até à praia e no inverno ficamos em casa a ouvir musica a ver uns filmes e a foder muitooooooooo

 

Aquele elevador ficou na minha recordação para sempre. Esperando que não me deixe mais como a canção.

 

Nelson Camacho D’Magoito

        (O Caçador)

 

sinto-me: Feliz com as recordações
a música que estou a ouvir: Ne me quitte pas
publicado por nelson camacho às 08:02
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3 comentários:
De dill seixas a 16 de Setembro de 2012 às 22:47
Oi. sou dill!gostaria de saber se ainda tao ate hje.esse e o meu face.wladi_dil@hotmail.com. E me conte algo a mais. bjs boa noite


De dill seixas a 16 de Setembro de 2012 às 22:51
Oi. sou dill!gostaria de saber se ainda tao ate hje.esse e o meu face.wladi_dil@hotmail.com. E me conte algo a mais. bjs boa noite


De dill seixas a 16 de Setembro de 2012 às 22:54
Oi. sou dill!gostaria de saber se ainda tao ate hje.esse e o meu face.wladi_dil@hotmail.com. E me conte algo a mais. bjs boa noite


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