.Art.13º, n.º da Constituição

"Ninguém pode ser privilegiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça,língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual"

Terça-feira, 20 de Novembro de 2012

Assassino gay - Engates perigosos

gays de lisboa no parque eduardo VII - Nelson Camacho - o caçador

     Já lá vai o tempo e não muito longe em que qualquer homem ou mulher com tendências de homossexualidade se passeava por locais pré definidos por eles mesmos para os seus engates.

     Todas as cidades tinham os seus próprios locais sendo os principais os seguintes:

          Setúbal: Central de camionetes e beira-mar por trás do mercado.

          Porto: Av: dos Aliados.

          Lisboa: Jardins de Belém, Parque Eduardo VII, Cais do Sodré, Estação do Rossio e para os travestis, Av: da Liberdade.

     Depois também havia as saunas, e alguns cafés, principalmente onde paravam artistas.

     Os engates eram feitos também nos cinemas e teatros, até meios de transportes públicos onde bastava um olhar mais atrevido ou um encosto de perna com mais pressão e os dois acabavam na cama de qualquer pensão ou hotel. Algumas vezes em casa de um deles depois de um jantar e de mútuo consentimento e sem quaisquer remunerações.

     Antes do 25 de Abril de 74 os gays e as lésbicas tinham uma vida fácil. Num bar gay, bastava um copo e meia dúzia de conversa e lá acabavam eles na cama.

     Havia também as casas de banho públicas e de cafés onde alguns se prostituíam com uma simples punheta ou um bico.

     A pouco e pouco, as casas de banho públicas foram encerrando pois já havia uma certa perversão e o estando e donos dos cafés começando a dar conta da situação lá foram acabando com esses locais.

     O estado embora nos anos 70 tenha acabado com a prostituição oficial, com os gays e lésbicas nunca se preocupava muito pois seus dirigentes diziam que como não havia negócio cada um fazia do seu corpo o que muito bem entendesse.

Veio a liberdade, a abertura a novas realidades trazidas do estrangeiro tais como filmes e revistas e a coisa começou a ficar preta. Mais tarde o acesso á droga e à prostituição organizada por mafiosos estrangeiros que foram entrando porta dentro.

     Também começou a homofobia mais descarada, normalmente em grupos organizados. Há pouco tempo conheci um rapaz que pertencia a um grupo desses, que fazia caça aos homossexuais no Bairro alto, sendo ele mesmo homossexual, só para junto dos amigos estes nunca descobrissem as suas tendências.

     Uma boa parte dos ditos homofóbicos são pessoas que ainda não resolveram a sua sexualidade.

     É fácil ir para a cama com um desses homofóbicos da treta, basta uma cantata bem feita e algum interessa pelo meio e temos vários casos. O mais conhecido é o caso do Renato Seabra com o cronista Carlos Castro que acabou por ser morto por despeito.

     No Porto também aconteceu um travesti ser espancado e assassinado por jovens homofóbicos.

     É corrente vir a lume nos tabloides vários casos de espancamento de gays sem uma razão plausível.

     A última noticia veio relembrar que atualmente é perigoso o engate de um parceiro para fins sexuais independente da idade e sem o conhecer devidamente. (são os engates de ocasião)

      Por copy past do Portugal Noticias de 21 de Outubro passado, aqui fica a notícia de Rui Pando Gomes:

Assassino gay caçado pela pj

 

“Tiveram relações sexuais, foram jantar mas quando voltaram ao apartamento para segunda dose se sexo, uma discussão transformou o encontro gay em tragédia, em Albufeira, Francisco Carvalho, diretor fa Makro da Guia, foi asfixiado pelo parceiro que tinha convidado para sexo a troco de dinheiro. O homicida fugiu com o carro e os valores da vitima. Depois de uma complexa investigação da Policia Judiciária (PJ) foi capturado em casa, na zona de Quarteia, anteontem.

……..”

 

Homens gays no engate no wc - O Caçador Nelson Do Magoito

    Infelizmente, casos como este, já vai sendo habito!

    Neste caso concreto o que se lamenta é que o assassino levado a um juiz de turno, do Tribunal de Portimão o tenha enviado para casa com pulseira eletrónica.

    Atualmente, todo o cuidado é pouco, principalmente quando o ato sexual envolve dinheiro há sempre que desconfiar.

    Primeiro namore, conheça a pessoa e então se acontecer, acontece, se não acontecer, olhe, parta para outra situação. O relacionamento entre gays, NUNCA pode ser por trocas monetárias mas sim porque qualquer coisa aconteceu entre os dois, tal como afeto.

    Os parques, os jardins as estradas ou pessoas estrangeiras não podem estar nas opções de engate.

    Por via internet muito menos. Há vários blogues e sites que publicitam encontros entre gays que infelizmente nunca se sabe se o que publicitam é a realidade. Normalmente as fotos apresentadas não são do mesmo em os nomes ou moradas. Há até que se apresente como raparigas lésbicas e na realidade são predadores sexuais. Outras vezes são engates maldosos, e quando chegam ao encontro são para assaltos.

    Pela internet o que se aconselha é brincar virtualmente e só virtualmente e nunca dê o seu nome verdadeiro, número de telefone, morada ou outra qualquer informação do foro privado. 

    Para as compras disto e daquilo, nunca forneça os seus dados pessoais, bancários ou fotografias. Quanto aos e-mails não abra sem saber de quem são e nunca forneça seus códigos.

    Se quer um encontro amoroso faça-o ao vivo e mesmo assim nunca vá com quem não conhece em dez minutos. Para o levar a sua casa, só depois de ter a certeza que é uma pessoa séria e disposta a um relacionamento sem compromissos monetários.

    Tome em atenção que o perigo está ali sempre ao seu lado.

    Drogados e estrangeiros estão sempre fora de questão. Previna-se sempre também nunca alinhando em grupos. Mais de dois já é muita gente. Guarde essa situação para um Bar Gay ou uma sauna. No entanto nunca leve consigo muito dinheiro, cartões de crédito ou documentação original que se identifique e se possível também a chave do carro. USE SEMPRE PRESERVATIVOS.

Já lá vai o tempo em que tudo era mais fácil.

    Se tens uma história complicada de engate podes contar aqui, não tenhas medo pois será um exemplo para os outros que me leem. Não é preciso divulgares o teu nome verdadeiro no entanto se quizeres algum conselho o "Caçador" está sempre pronto com a sua experiência aconselhar-te. Manda-me um e-mail, mas dis aqui que o mandas-te.

    Um abraço a todos. 

 

Nelson Camacho D’Magoito

           (O Caçador)

a música que estou a ouvir: Mister Gay
sinto-me:
publicado por nelson camacho às 20:25
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Domingo, 8 de Janeiro de 2012

Dia de aniversário (Parte I)

convivio gay

O meu novo amigo Carlos

 

Naquele dia o Mário fazia anos e todos nós por causa da Troika estávamos tesos e não podíamos como nos outros anos fazer-lhe uma festa em qualquer bar e como era sábado não havia escola para uns e trabalho para outros e também como éramos oito, também não podíamos ir para casa dele pois éramos só rapazes e os pais festas sem raparigas e tantos não podia ser, então resolvemos ir para minha casa que era o mais velho e vivia sozinho portanto com condições para albergar tanta malta. Já todos a conheciam por várias vezes, menos o Carlos que era o mais novo daquele grupo.

Combinámos, uns levavam cervejas, outros frangos para o churrasco, e outros batatas fritas, hambúrgueres e frutas várias. Eu dava o vinho e todo o resto necessário para a festa.

O Pedro que era o mais atrevido e já lá tinha estado em outras festanças disse logo:

- Eu levo uns filmes que tenho escondidos em casa e três garrafas de champanhe para alegrar a malta.

Quando ele falou nos filmes que tinha escondidos em casa por causa dos pais, vi logo que deviam ser filmes porno e alertei-o: - Vê lá o que levas que o Carlos é novo no grupo e pode não aceitar bem a ideia.

- Ora! Ele é um puto giro e de ideia abertas e já tem dezanove anos. Só tem que se habituar à vida e se quiser vê se não quiser não vê! São filmes para vermos no teu quarto que é grande e nós fechamos a porta.

- Tá bem sim! Vê lá o que fazes, não vá o puto pensar que somos todos tarados, e estragar a festa ao Mário, mas isso é contigo.

 

Naquele sábado, por volta da uma da tarde lá foi chegando a malta. Até levaram serpentinas e confétis. Eu entretanto já tinha acendido o carvão da churrasqueira e colocado chouriços a assar. O quintal estava muito giro com Chapéus-de-sol, espreguiçadeiras e umas mesinhas também compostas com alguns aperitivos e garrafas de vinho tinto e branco. Dentro de casa, no salão também não faltavam tacinhas com bombons e uma mezinha com fluts para o champanhe e um grande bolo de aniversário com vinte e cinco velas.

A malta lá foi entrando cada um com o seu saco de compras que foram depositando umas coisas na cozinha e outras no quintal.

O Pedro como já se esperava, trazia um saco com os DVDs que foi colocar no quarto em cima da cama e uma caixa com morangos e uns pacotes de natas ao mesmo tempo que ia dizendo:

- Meus amigos!.. Para a cozinha foram os morangos e as natas para degustar nossas bocas e para o quarto foram uns filmes para alegrar os olhos de quem quiser. Como já conheço a casa e os hábitos do dono já fiz a minha primeira obrigação. Quanto à prenda do Mário está no carro e só lá vou buscar à noite pois é surpresa e vocês são uns Kuskas e não teem nada que ver antecipadamente.

Todos os outros lá se foram distribuindo pela casa começando por bebericar e petiscar aqui e ali.

O sol estava bastante quente e quando começámos a comer já toda a malta estava em tronco nu. Alguns até tiraram as calças e ficarem com os boxers.

Felizmente que não contamos a nenhuma das nossas amigas aquele evento, pois algumas que já conheciam a minha casa eram capazes de aparecerem de repente e iriam julgar que se tratava de algum bacanal entre homens e ficávamos todos mal vistos.

Naquele dia era só para curtirmos à nossa maneira sem “galinhas” como dizia o tal Pedro o mais atrevido da festa.

Conversamos e disputámos ideias sobre os mais diversos assuntos e até gozámos com o Carlos que talvez por não estar habituado às nossas festas ainda se mantinha vestido. Face a esta atitude, o Jorge, este também bastante desinibido a certa altura dirigiu-se ao Carlos com um uma taça de vinho branco, fez menção de a despejar cabeça a baixo dizendo-lhe:

- Olha Carlitos não tens calor ou não queres mostrar à malta o corpinho? Aqui só mostramos o corpo e mais nada, não tenhas medo que ninguém te come. Hoje é só a aniversário do Mário e não nenhum bacanal.

O Carlos que nunca se tinha metido numa destas andanças, ficou um pouco envergonhado e baixou a cabeça sem coragem de nada dizer.

A malta que estava a observar a situação começou a dizer:

Despe…. Despe… Despe… Despe-te maricas… Despe… Despe… Despe-te maricas…

Oh malta não é nada disso, é que eu não uso boxers como você mas sim slipes e não me sinto à vontade.

Perante a situação caricata que estava a atrapalhar o rapaz, fui em seu socorro dizendo-lhe se é por causa disso eu empresto-te uns boxers ou uns calções. Anda daí, peguei-lhe num braço e encaminhei-o ao meu quarto para lhe emprestar o que quisesse.

Enquanto atravessava o quintal o Zeca, outro atrevido que já tinha estado em outra situação idêntica, com ar de sacana lá foi dizendo:

- Pronto!... Lá vai o Caçador!..

Todos se riram pois sabiam muito bem que o Zeca tinha uns ciúmes imensos de mim.

   Diz-se que homem sério não tem ouvidos e lá levei o Carlos ponde-lhe um braço por cima dos ombros. Quando passávamos no corredor a porta do escritório estava aberta e despertou a atenção do Carlos as estantes com tantos livros. Parou, olhou e entrou e disparou:

– Mas tens tantos livros? O que fazes na realidade?

- A minha paixão é os livros e a música, Desde Fernando Namora até Aquilino Ribeiro ou uma Ópera desde Madame Buterfy de Puccini até o Barbeiro de Sevilha de Rossini ou ainda quando faço amor na penumbra do meu quarto, um concerto para piano de Chopin, devoro tudo.

- Eu também gosto de ler e ouvir uma boa música e tens esses discos? Agora fazer amor ao som de Chopin ainda não experimentei! Deve ser agradável!

- Pois é!

- Posso ver a tua colecção de livros e discos?

- Claro! Talvez não tenhamos é tempo de te mostrar tudo. Aquela malta se demorarmos mais, ainda vão gozar com a gente. Um dia destes combinamos e vens cá jantar e mostro-te tudo. Tá bem?

-Okey. Parece-me que temos os mesmos gostos embora tenhamos uma diferença de idade um pouco notória, mas gosto de conviver com mais velhos do que com putos da minha idade, sempre se aprende alguma coisa. Vamos lá então emprestaras-me uns calções.

 

A coisa ficou por ali!

Só não ficou para o resto da malta, porque demoramos um pouco e conforme eu tinha dito fartaram-se de gozar connosco quando entramos no quintal já com o Carlos com uns calções muito curtinhos. Começaram em tom de gozo cantando, alterando um pouco a canção “Os Vampiros” do José Afonso “Ele comeus todos, ele comeus todos e não deixa nada”

Foi gargalhada geral. Pois já todos, não sabendo uns dos outros, já tinham passado pelo Caçador. Contavam-se histórias mas nunca ninguém assumiu que uma delas se tivesse passado com eles. Era como uma sociedade secreta. Todos brincavam mas ninguém apontava o dedo.

 

Com todas estas andanças, bem comidos e bebidos começou-se a falar sobre que filmes iríamos ver.

Desta vez foi o Santos que alvitrou:

- Eu cá por mim ficava aqui a apanhar os restos do sol, e continuar a beber uns copos. Se quiserem também podem por um filme daqueles que não chateia ninguém.

O aniversariante que estava de amena cavaqueira com o Paulo disse logo:

- Nós vamos para o salão ouvir um pouco de música.

- Olhem meninos eu já estou com uma pica dos diabos e vou para o quarto ver uns filmes que trouxe. Quem me quiser acompanhar é sempre bem-vindo. O Nelson não se importa até se tiver de fechar a porta.

-Oh pá! Vocês estão em vossa casa e façam o que quiserem. Quando chegar a altura também alinho. Para já vou até à cozinha para preparar os morangos do Pedro e o bolo para cantar os parabéns ao nosso amigo Mário que já está meio groge e na converse ta com o Zeca.

 

Fiz o pequeno-almoço ao meu amigo gay

Estava na cozinha a preparar umas tacinhas com morangos cobertos de chantilly quando entrou o Carlos com umas garrafas de cerveja perguntando se tinha um saca-rolhas ao mesmo tempo que dizia: - E pá, há ali uns tipos que conseguem abrir as cervejas com o destes mas eu não consigo…

- É verdade! Há tipos que fazem tudo com os dentes, eu também não consigo. Tens naquela gaveta, um abre-latas que também abrem cápsulas. Vê se te ajeitas com ele que eu estou para aqui atrapalhado com o chantilly que nunca mais fica consistente.

 

   Assim fez o Carlos, abriu a gaveta indicada, pegou no abre-latas talvez por não ser o mais indicado para cápsulas de cervejas, quando tentou abrir a dita, deu um pequeno golpe num dos dedos começando logo a verter um pouco de sangue derivado ao golpe.

 

- Porra!.. - Gritou o Carlos - Isto de sangue com cerveja é capaz de se bom!.. Tens aí água oxigenada?

Olhando para a aflição do Carlos. Com a cerveja saltando da garrafa com grande fúria ao mesmo tempo que o sangue escorria esguichando do dedo do rapaz, lá fui dizendo:

- Epá! Também não é nada de aflição. Não tenho água oxigenada mas há uma coisa melhor que me ensinou minha avó. – Dirigi-me a ele, peguei na sua mão e meti seu dedo na minha boca chupando durante algum tempo todo o sangue que dele escorria até não deitar mais.

Enquanto o fazia, olhamo-nos nos olhos. Ele com ar de desconfiado e eu admirando aqueles olhos verdes que brilhavam debaixo de uns cabelos louros – tipo gaifanas – que vinham desde um pouco a baixo na nuca, tapavam as orelhas e vinham morrer por cima daqueles olhos brilhantes de pálpebras enrugadas denotando-se perplexidade pelo que estava a acontecer.

Esta situação durou um ou dois minutos. Eu continuando a sugar-lhe o sangue como fosse um vampiro e ele com um ar de espanto mas sentia-se aliviado.

Quando deixei de lhe chupar o dedo, já não havia réstia de sangue.

Foi a vez do Carlos dizer:

- Afinal a tua avó tinha razão! Foi melhor que a água oxigenada. Já não há pinga de sangue.

- É verdade! Uma chupadela em determinadas ocasiões é capaz de fazer milagres. - Disse eu –

Entretanto entrou da cozinha o João perguntando:

- Então onde estão os morangos e a cerveja?

Olhando para nós e vendo que se passava qualquer coisa nos nossos semblantes.

- Não me digam que estiveram os dois batendo o chantilly ou qualquer outra coisa.

O Carlos um pouco atrapalhado foi dizendo:

- Mas que qualquer outra coisa? Simplesmente cortei o dedo a abrir uma garrafa e o Nelson esteve a chupar-me o dedo para fazer para o sangue.

- Pois sim!.. agora tens que o chupar a ele. Olha que ele não dá ponto sem nó…

- És parvo ou quê? É verdade o que aconteceu. Não estejas para ai com ideias perversas. Isso deve ser pelos filmes que vocês estão para aí a ver…

- Pois sim!.. Tábem sim tábem!.. – E revertendo tudo o que se tinha passado, foi para a sala contar à malta que eu tinha estado a chupar o dedo do Carlos com o chantilly.

A malta que queria era galhofa quase todos em uníssono, lá foram dizendo. – Mas eu também quero!..

Ao mesmo tempo que eu e o Carlos entravamos na sala com as cervejas e uma bandeja com os célebres morangos em várias tacinhas, todos de rompante olharam para nós e lá tivemos de explicar o que tinha acontecido na realidade.

A malta estava toda espalhada pelos cantos todos de olhos postos nos filmes que estavam a ver.

Naquela altura na sala via-se o filme “O Segredo de Brokeback Mountine” no quintal “ Stree Race” e no quarto “ Beachs Boys”. Era para todos os gostos.

Gays a caminho da praia

Perante tal situação, e como não estava para me meter naquela confusão de filmes propus-lhe ir até à biblioteca para conversarmos um pouco.

Assim fomos como sabia que o Carlos nunca tinha alinhado em festas destas e como ele demonstrou interesse nos livros e nos discos, fui-lhe mostrar o que tinha e o que fazia.

Mostrei-lhe o meu canto de escrita, ou seja, onde trabalhava nos meus contos, histórias e criticas que publicava em vários sítios.

Sentei-me no cadeirão frente ao computador e como este é largo, ele sentou-se também nele ficando um pouco apertadinho com uma beba em sina de uma das minhas pernas, e assim lhe fui explicando o processo de escrita e como procurava notícias fresquinhas nos jornais portugueses e estrangeiros na internet.

As noticias sim! Eram fresquinhas mas os nosso corpos não! Ainda estávamos eu de boxers e ele de calções ocasionando que meu peito se encostou às costas dele que com o movimento dos braços que o rodeavam para teclar iam fazendo alguma fricção nas suas costas, enquanto ia sentindo algum desconforto no meu pénis pois cada vez ia estando maior e quase a saltar para fora dos boxers.

O Pedro sentiu mas não disse nada somente se mexeu um pouco.

Não aguentei mais e minhas mãos deixaram o teclado do computador e foram-se poisar no seu pénis ainda flácido.

Ele virou a cabeça para mim, olhou-me nos olhos e calmamente sem qualquer ressentimento atirou: - Não sei qual é a tua ideia mas eu não sou maricas!

Retirei minhas mãos de cima do seu pénis, agarrei sua cabeça e aproximei-a mais da minha e enquanto aproximava meus lábios dos seus, antes de o beijar respondi:

- Mas eu também não sou… mas estou com uma vontade tremenda de te beijar! E assim o fiz.

Foi um beijo como há muito não sentia resposta tão pronta e tão delicioso. Nossas línguas baralharam-se em nossos bocas nosso lábios mordiscara-se assim como nossas línguas sedentas de tanto carinho.

Ficamos assim durante algum tempo até que nos afastamos e ele disse: - E agora? O que é que eu faço? Já beijei algumas raparigas e é a primeira vez que meu corpo treme e sinto algo de especial que não entendo.

Percorrendo minhas mãos pelo seu corpo meti-as por dentro dos calções e fui encontrar um pénis grande, hirto, viçoso e latejando de tal forma que de dentro dele já começava a sair um pouco de leite branco e viscoso solicitando que o chupasse.

Agora?  Disse eu!: - Lembras-te quando na cozinha te feriste no dedo e a solução foi ter-te chupado o sangue e tu fiaste admirado eu disse que “Uma chupadela em determinadas ocasiões era capaz de fazer milagres” ! Pois aqui vai mais um milagre.

Rodopiei, ajoelhei-me frente a ele, baixei-lhe os calções e meti na minha boca aquele caralho ainda virgem nestas andanças. Ele freneticamente segurou minha cabeça e movimentou-a num vai e vem constante ao mesmo tempo que meus lábios percorriam todo aquele cacete mordiscando aquela glande e penetrando cada vez mais aquele pau gostoso até ás minhas campainhas. Meu pénis saltava de alegrias procurando algo para também penetrar mas só tinha o tecido dos boxers por onde sua cabeça roçava.

De repente, daquele caralho gostoso do Carlos saiu como um jacto da água de uma mangueira de bombeiros milhões de espermatozóides todos muito juntinhos transformados em leite viscoso tipo leite condensado que engoli todo ao mesmo tempo que sem tocar na minha gaita esta se vinha também abundantemente. Ambos trememos de satisfação continuando a chupar e absorvendo todo aquele néctar que pelo seu sabor se adivinhava virgem.

Pusemo-nos de pé e nos beijamos ardentemente transportando ainda algum daquele néctar à procedência original.

Ainda estávamos naquela de pensar no que tínhamos feito quando o Pedro bateu à porta dizendo que o filme já tinha acabado. Abriu e denotando que algo tinha acontecido com o seu ar malandreco já conhecido atirou:

- Então nós é que estivemos a ver um filme porno e vocês é que se portaram mal! Eu também queria mas não tive sorte alguma. - Piscando-me o olho – Então tiraste a virgindade ao puto?

O Carlos um pouco atrapalhado retorquiu logo: - Não aconteceu nada entre nós, mente perversa.

- Tá bem… Tá bem… Logo me dás isso! Julgas que não sei o que a casa gasta? Vá lá despachem-se que vamos abrir o bolo e cantar os parabéns ao Mário. Entretanto vou vestir-me e vou ao carro buscar a minha prenda.

 Todos nos começámos a vestir enquanto o Pedro foi ao carro.

Agora também eu vou descansar a mona e os dedos e amanhã volto aqui para contar o resto do que se passou naquele dia de anos do Mário.

 

Próximo capitulo já a seguir

 

 Nelson Camacho D’Magoito

        (O Caçador)

 

 

a música que estou a ouvir: Barbeiro de Sevilha de Rossini
sinto-me: Estou a meio de uma hstória
publicado por nelson camacho às 00:12
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Sexta-feira, 6 de Janeiro de 2012

Arrependido NUNCA (parte II)

Foi assim que ficámos no episódio anterior

 

Aqueles milhões endiabrados saltando uns por cima dos outros lá se foram alojando em nossas bocas uns percorrendo a sua via própria outros transbordando por nossas face que se vieram a juntar quando nos viramos para uma posição mais confortável e nos beijamos longamente até nossos corpos se reconfortarem de tanto prazer e adormecermos um pouco.

Gays depois de uma noitada

Acordámos, deviam ser para ai uma sete da tarde e pela janela ainda entrava alguns raios sol contrariamente à noite anterior que a única luz que pairava naquela “sala de desenho” como o João chamava ao seu quarto era aquela luz negra que dava brilho aos nossos corpos acompanhados por um clássico de Chopin. Aquela luz negra durante a noite não só delineava os nossos corpos como nos salpicava de minúsculas luzinhas. Nas paredes pintadas de marron para além de um espelho longitudinalmente postado ode reflectia nossos desenhos também havia um poster de Michael Jackson na altura em que ainda era castanho e na célebre posição num dos seus bailados onde segurava os tin. tins…

Quando a luz do sol entrou pela janela, todo aquele ambiente de sonho tinha desaparecido e nada mais restava que uma recordação do que tinha acontecido ao mesmo tempo que sentia um medo terrível de me arrepender do que tinha feito.   

Naquela noite compreendi porque um quarto de dormir se podia chamar de “sala de desenho” É que naquele quarto aconteceu poesia, amor e desenharam-se novos conceitos de sexualidade entre pares.

Tudo o que aconteceu foi livre e de comum consentimento mútuo entre pessoas crescidas num espaço de luz e som difícil de encontrar mesmo num Estúdio de qualquer pintor ou arquitecto mais moderno, não se sente o amor pelas pessoas e pelas coisas como naquela sala de desenho. Para se pintar ou desenhar um bom quadro, uma casa ou escrever uma história, um romance ou um poema é necessário estar-se envolvido por amor, muitas vezes até na solidão de um recanto de escrita é preciso a nossa alma estar liberta de preconceitos e sentir amor dentro de si. Naquela noite tinha acontecido poesia.

 

Tínhamos adormecido agarrados e sem qualquer coberta que tapasse nossos corpos.

Nossos sexos ainda se entrelaçavam como dois gémeos sem vontade de se separarem.

 

Primeiro um olho, depois outro e lá estávamos eu com um braço à volta da cintura dele e o outro à volta do seu pescoço. Ele, rodeava meu pescoço como a tentar que não fugisse enquanto com a outra mão ia fazendo um cafuné nos meus cabelos.

Olhei de soslaio para o tal espelho que na parede acompanhava toda aquela prancha de desenho e parecia estar frente a quadro de Gogol.

Olhamo-nos nos olhos beijamo-nos e o João largando minha cabeça e com os dedos foi fechando meus olhos ao mesmo tempo que perguntava. Estás bem? Eu nada disse! Em retribuição daquele carinho percorri meus dedos na sua cara da testa ao queixo, como se fosse uma lambidela de gato.

 

E agora o que fazemos? Perguntei eu.

- Para já estou com uma fome dos diabos e vou tomar um duche e de seguida vou até à cozinha fazer um petisco para nós. E tu? Não telefonas aos teus pais a dizeres que estás bem? Ou já é habitual ficares fora de casa?

- Não! Disse eu o mais pronto possível. Nunca fiquei fora de casa e o mais tarde que cheguei foi às seis da manhã na noite em que te conheci. Meu pai não deu por isso e minha mãe que me acordou à uma da tarde não ficou muito preocupada pois além de ter confiança em mim, eu disse-lhe que me tinha acontecido uma coisa muito boa e depois lhe contava. É claro que não lhe vou contar e agora também não lhe vou dizer que fiquei em casa de um homem. Seria o fim da macacado!

De qualquer das formas, vou telefonar-lhe e digo que estive numa festa e fiquei em casa de umas raparigas colegas lá da escola.

 

Assim foi, telefonei a minha mãe e disse-lhes que estava bem em casa das moças e certamente iria com elas e os pais às festas de Óbidos e por lá ficaria mais esta noite. Foi a primeira grande mentira que lhes disse.

 

Contei ao João o teor do meu telefonema e perguntei-lhe se estava zangado por esta mentira a meus pais.

Ele olhou para mim!.. Olhos nos olhos e perguntou-me – Onde aprendeste a mentir dessa maneira? Também vais arranjar mentiras para mim?

- Não credo! A ti nunca te mentirei e se fiz esta é porque estou apaixonado por um senhor chamado João.

Ele riu-se e disse que eu também o tinha feito chegar às nuvens e que podia lá ficar quando quisesse. A “sala de desenho” estará sempre pronta para nos receber, até porque o que aconteceu naquela noite tinha sido o preambulo para outras aventuras.

Com esta promessa, fiquei em suspenso sonhando acordado com o que aconteceria na próxima noite.

 

Nos entretantos enquanto eu fui ajudando a por a mesa o João foi fazer uns bifes com natas e champinhons acompanhados por batatas fritas e como bebida,.. Champanhe.

De vez enquanto ia até à cozinha enchia dois copos de vinho e íamos bebericando enquanto o João pegava numa batata já frita colocava-a na boca e vinha meter na minha a outra metade. Eu estava louco… nem aos meus pais eu tinha visto tanto carinho.

O João não é rapaz da minha idade, já se aproxima daquela idade a que chamamos de “cota” mas é um amor em todos os sentidos e talvez por isso saiba levar a água ao moinho o que um rapaz da minha idade ou muito próxima não saiba ainda os requisitos necessários para fazer amor com carinho e delicadeza.

 

Nunca tive essa experiencia mas os meus colegas da escola quando se fala nestas coisas dizem que a malta quer é vir-se à pressa e de qualquer maneira. Foi por causa destas conversas que me fez nunca ter tido qualquer experiência sexual com raparigas ou rapazes.

 Até aqueles jogos nos balneários de batermos punheta uns aos outros, eu nunca alinhei.

Sempre achei que o acto sexual deve ser feito sem imposições e com muito carinho e com a pessoa certa e isso estava a acontecer com o João. Estava pronto a perder a minha virgindade no seu todo. Naquela noite já tinha começado, o resto era só esperar conforme o João prometeu quando disse que aquela noite tinha sido o preâmbulo para outras aventuras.

 

Já eram oito e tal da noite quando começámos a refeição. Era uma mistura de pequeno-almoço, almoço e jantar. Antes de abrir a garrafa de vinho o João virou-se para mim e disse:

- Puto… Falta qualquer coisa na mesa.

Foi buscar dois castiçais com velas vermelhas acesas, colocou-as no meio da mesa e disse: Agora sim… Está tudo completo.

Mais uma vez minha memória abriu a caixinha de recordações e notei mais uma vez que nunca tinha visto tal carinho entre meus pais. Fiquei quedo de momentos nos meus pensamentos.

O João notou que havia qualquer coisa e perguntou ao mesmo tempo que segurava nas minhas mãos e me afagava o rosto:

- Está tudo bem? Estás arrependido de estares aqui comigo? É por ser um pouco mais velho que tu?

- Não!... Nada disso estava simplesmente pensando nunca ter assistido a tanto carinho que me estás a dispensar.

- Ora, Ora, tudo isto não passa da forma como eu entendo a amizade entre duas pessoas que se querem e eu quero-te muito.

Meus lábios foram direitos aos seus e beijei-o como prova de agradecimento.

Iniciámos a refeição ao mesmo tempo que íamos tendo uma conversa da treta pois o conhecimento que tínhamos um do outro não dava para mais. Ainda era cedo para nos conhecermos melhor.

A refeição foi acompanhada por uma musiquinha de fundo e nada de televisão.

Quando chegamos ao fim, fomos até ao sofá, tomamos um café um pouco de brandy e então sim, ligamos a televisão. Como não estava a dar nada de jeito o João disse:

- Olha procura ai um filme para nos entretermos enquanto vou levantar a mesa e arrumar a loiça na máquina de lavar.

- Tá bem! Eu procuro!

Procurei e também não vi um filme que me despertasse a atenção. Como o João tem no quarto outros filmes e outro leitor, fui lá à procura. E lá estava um “Refeição Nua” e coloquei-o no leitor. Logo no início vi que se tratava da história de um bar gay onde os empregados andavam a servir os clientes somente com um aventalzinho a tapar o sexo. Só via a apresentação e fui logo à cozinha dizer ao João o que tinha feito.

Ele começou a rir-se ao mesmo tempo que ia dizendo:

- Com que então refeição nua. Amanhã sirvo-te o pequeno-almoço também nu...

- Epá… desculpa mas não sabia que era um filme sobre gays.

- Não faz mal, não tem nada de especial a não ser poderes aprender algo antes de ser eu a ensinar-te. Se quiseres podes meter-te já na cama e ir vendo o filme enquanto eu termino meus afazeres domésticos, ao mesmo tempo que se ia rindo com aquele trejeito de lábios que começava e conhecer.

- Não! Disse eu - É melhor vermos o filme os dois e vou antes tomar um duche. Posso?

- Já comemos há tempo suficiente. A casa é tua, estás completamente à vontade.

Assim fiz…

Agora fresquinho e todo nu, somente com a toalha de banho enrolada à cintura, passei pela cozinha e disse: – agora sim! Vou estar à tua espera Ok? E lá fui direito à “sala de desenho”

 

Tinha-me esquecido de desligar o dvd e ainda estava a dar a “refeição nua” numa altura em que um dos empregados está a fazer um “bóbó” a um cliente que já tinha sido despido por outro e lhe estava metendo seu pau no rabiosque do outro.

Meu pénis ao olhar para aquela cena começou a levantar-se. Retirei a toalha e meti-me na cama começando a roçar-me nos lençóis.

 

Entretanto entrou o João com o seu robe de seda vermelho e foi dizendo:

- Posso entrar? Ou interrompo alguma veleidade?

- Podes entrar e desligar o vídeo pois tu sempre és melhor que qualquer filme.

 

João ao mesmo tempo que ia atravessando o quarto para desligar o dvd ia deixando cair o robe mostrando seu corpo atlético. Baixou-se para colocar um CD de Michael Jackson em: “Earth Song” ao mesmo tempo que acendia um projector sobre o poster do Michael ia dizendo:

 - Agora sim… Vamos ter todo o tempo do mundo para nos amar.

 

Michael Jackson

 

Todo aquele ambiente estava a dar comigo em maluco. Estava tudo meio-escuro. Somente aquele poster iluminado, aquela música sobre o mundo e aquele corpo que se aproximava de mim já com o pénis em riste direito a mim, esperando que o beija-se.

 João afastou os lençóis e me abraçou me beijou todo. Meu corpo foi todo mordiscado e meu caralho chupado e mordido. Ao mesmo tempo com um dedo ia friccionando o meu olho do cu. Lentamente foi-me penetrando com seu dedo indicador ao mesmo tempo que dizia: - queres fazer-me o mesmo?

- Sim! … Porra! Quero ter todo o prazer que me puderes dar. Disse eu já muito aflito e quase a vir-me.

Virámo-nos e nossos buracos foram-se preparando para serem penetrados por nossos caralhos rijos e prontos à penetração.

Às tantas, ele pegou-me por traz e lentamente começou introduzindo seu caralho naquele meu cú virgem. Em principio eu senti uma dor um pouco desconfortável, como se me estivesse rasgando mas o João ao mesmo tempo que ia penetrando devagar ia também movimentando-se e beijando minhas costas e punhetando meu caralho. Estivemos assim durante algum tempo com aquele gosto gostoso. De repente retirou seu pau do meu cú colocou-me de costas chupou um pouco o meu caralho e se sentou sobre ele cavalgando com o meu caralho dentro do seu cu ao mesmo tempo que tentava meter-me o seu em minha boca.

Agora sim… era o êxtase total. Aquela musica nos meus ouvidos meu caralho naquele cú tão apertadinho quase me estava a vir quando João pegou comigo quase ao colo e me virou para aquela posição em que só faltam entrar os tin..tins…

  Ele gemia de prazer e eu de dor misturada a prazer, mas agora a sensação era tão boa que eu não queria parar nunca mais de foder assim. 

 

 Se eu soubesse que era tão bom, teria dado meu cuzinho mais cedo. Ele começou a morder minha orelha, e a cochichar para mim, dizendo que queria gozar na minha boca. Então eu desmontei daquela posição, e voltei a chupar seu caralho gostoso.

 Logo ele começou a gemer mais alto, e eu engoli sua vara mais o mais fundo possível.

 Senti sua esporra quente pressionar minha garganta, com seu esguicho forte e volumoso, que eu engoli como um néctar. Ele continuou esporrando em bicas, e encheu toda a minha boca. Eu senti seu gosto meio ácido, meio salgado, pegajoso e apertando a língua, como banana verde assim.

Engoli tudo, e isso o deixou muito feliz. Beijamo-nos e ele sugando de mim o que restava em meus lábios. Ficámos durante algum tempo.

Naquela noite fizemos de tudo, experimentámos todas as posições do kamasutra.

Posições kamasutra gay

Há muito que tinha acabado o CD “Earth Song” .Ficámos ali entrelaçados durante mais algum tempo até que o João disse: - Vamos tomar um duche?

- Sim é para já! E lá fomos.

Não sei se era da casa se eram os nossos corpos que transpiravam calor por toda a parte que depôs do duche fui buscar uma garrafa de vinho do Porto fresquinho e dois copos e voltamos para a cama, enquanto ele foi buscar uns bombons “Ferrero Rocher” e todos descascados fomos brincando e metendo em nossas bocas aqueles deliciosos bombons.

  Entretanto ele deitou-se de barriga para baixo levantando um pouco seu corpo. Meu pénis não aguentou mais e fui penetrando aquele cuzinho malandro e gostoso ao mesmo tempo que com uma das mãos foi descendo até ao seu pénis e fui punhetando-o. João gemia ao mesmo tempo que ia dizendo: - Não me faças vir que também quero fazer o mesmo.

Perante a ideia não me aguentei mais e fui eu que me vim abundantemente naquele cú maroto. Aguentei mais um pouco e trocámos de posição.

Não aguentava mais! Disse ele começando em principio lentamente a penetrar em meu cú e depois bombeando com mais força. Ambos nos movimentamos num vai e vem de loucos sentindo aquele caralho todo metido em mim tocando ao de leve na próstata dando-me o maior prazer do mundo, ao mesmo tempo que ele me punhetava novamente. Não aguentamos mais que uns minutos e ambos nos viemos novamente.

Como se fossemos dois coelhos caímos para os lados exaustos e pusemo-nos deitados de costas. Ainda segurámos e apertamos nossos caralhos esperando quiçá que tudo voltasse ao princípio.

Meu rabito latejava de tanta penetração. O que valeu foi que o caralho dele não era muito grande. Era maneirinho com a cabecita descoberta dava vontade de o chupar novamente e à segunda estocada já não criou desconforto mas sim prazer. O meu também sendo normal não lhe criou qualquer desconforto.

 

Valeu a pena perder a virgindade com ele, foi inesquecível.

Não estou arrependido.

 

De manhã, Tomamos duches juntos e mesmo ali, fodemos novamente. A água quente escorria pelos nossos corpos limpando nossos pénis quando saiam dos buracos apertadinhos e íamos chupando um a um nossos aparelhos de penetração até nos virmos abundantemente.

Nossos espermatozóides naquela noite e naquela manhã não fizerem o trabalho a que estão destinados mas deram-nos muito prazer e é quanto basta nestas situações.

Tomamos o pequeno-almoço fui para casa prometendo voltar a casa dele, pois encontrei ali o cantinho da minha felicidade.

 

Quando cheguei a casa contei uma história plausível a meus pais, confirmando o que tinha dito pelo telefone e não estou arrependido de ter mentido. Não tenho o direito de magoar as pessoas que me querem.

Ainda sou um jovem com muitos anos à minha frente e por enquanto, até achar oportuno, vou guardar o meu segredo. Não estou arrependido pois não machuquei ninguém nem o farei.

Acho que a minha sexualidade só a mim me diz respeito desde que não falte ao respeito dos outros. Só vou ter que arranjar uma amiga que telefone lá para casa a fim de julgarem ser minha namorada. Mas isso não é difícil, pois tenho muitas.

Para já! Encontrei a minha felicidade, tenho um amigo embora seja mais velho que pode com a sua sabedoria ajudar-me nos confrontos que vou ter na vida.

Perdi a virgindade em todo o sentido mas valeu a pena. Foi inesquecível.

 

Kamasutra gay

 

 

 

Fica aqui “Earth Song” do Michael Jackson para vocês com muito carinho 

 

 

Nota: Como esta história é um pouco grande Vejam o capítulo anterior “Arrependido NUNCA (Parte I)”

 

Esta é dedicada ao meu amigo André Filipe

 

 

Nelson Camacho D’Magoito

         (O Caçador)

 

 

sinto-me: louco por outra história
a música que estou a ouvir: Remember the time
publicado por nelson camacho às 00:07
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Sábado, 31 de Dezembro de 2011

Arrependido NUNCA (parte I)

 

Há dias que não se pode sair de casa

 

Diz-se que há dias em que não se pode sair de casa.

Foi num desses dias fatídicos que encontrei o que julgava ser o meu amigo para toda a vida.

Sim! Amigo porque até à data ainda não sabia o que era a homossexualidade.

Sou um jovem do Porto e o chamado “filho da Mamã” , pai um pouco austero e por isso não vai muito à bola quando eu digo que tenho um corpo lindo e gostava de ser modelo. Minha Mãe como todas as mães até gostava de ideia e dizia com base no que via nas revistas do jet7, que talvez não fosse má ideia inscrever-me numa dessas escolas. Até às escondidas de meu pai me aumentava a mesada para o curso e ir a festas onde parava toda essa gente.

Talvez por ser um pouco tímido e introvertido nunca procurei os tais cursos de modelos nem frequentava bares por onde todos os modelos frequentavam, até porque aqui no Porto não há grande coisa.

No meu quarto à tantas da noite e no meu recato ia tirando a mim mesmo fotografias como se fosse um modelo, depôs publicava-as num saite social com outro nome e procurava saber a opinião de quem me visitava. Resumindo e concluindo: Eu até tinha razão era um rapaz bem apresentado e apessoado, ou seja, era lindo. Bem! Ainda sou, com a graça de Deus.

Um dia ou seja numa noite, no recanto do meu quarto encontrei no meu facebook um convite de um rapaz mais velho que eu para ser seu amigo, dizendo entre outras coisas que era um desperdício estar escondido com tanta beleza. Que devia sair e procurar as oportunidades de uma vida de amor.

Achei estranho tal convite e procurei saber de onde vinha o Pedro, era o nome que dava mas não apresentava a cara, só o corpo, que me despertou atenção pela sua musculatura bem delineada. Ao fim e ao cabo tal como eu. Mais tarde disse-me que ia estar numa festa só de rapazes e que não tinha nada de mal pois seria depois de uma parada contra a homofobia que se iria realizar nas avenidas do Porto.

Este filho da mamã nunca tinha ouvido tal mas procurei saber mais concretamente do que se passava e no dia aprazado lá me desloquei à avenida dos Aliados.

A festa foi linda, afinal não eram só rapazes, havia raparigas também. Novos e cotas, todo o mundo se abraçavam e beijavam. Alguns, talvez um pouco despidos, outros com mascaras empunhando bandeiras contra o racismo e a homofobia. Havia muita música cantos e bandeiras. Ouvi piropos e até alguns me tentaram beijar mas do tal Pedro, nem vê-lo.

A festa foi progredindo e a certa altura vi meia dúzia de intervenientes dirigirem-se para um bar. Curioso também lá fui. Entrei e gostei do ambiente. Gente gira e despreocupada com os outros que os rodeava dançando e alguns até beijando-se. Do tal Pedro nem vê-lo. Bebi umas cervejas e também dancei, ou seja, pulei!

A noite já ia alta e resolvi dar de “frosque”. Na rua ainda havia festa. Uns bebiam outros abraçavam-se outros beijava-se e eu ali parado a olhar para esta novidade toda que era para mim. Às tantas estava encostado a um carro e rirei um cigarro para fumar mas o sacana do isqueiro não acendia. Tentei várias vezes até que um rapaz se me dirigiu e disse: Taz com azar pá, o isqueiro já deu o que tinha a dar! Não tens um no carro? – Pela primeira vez alguém me dirigia a palavra dentro de um contexto verbal que gostei -:

- Epá tem razão! Mas o meu carro está longe e não dá jeito ir lá buscar lume.

- Desculpa! Como estavas encostado a este pensava que era teu.

- Não! Estava só encostado e se por acaso é teu, desculpa.

- Não! Não é meu. Para estas coisas mais vale andar a pé! Sempre queres lume?

- Claro! Já agora!

 

Foi assim, por causa de um isqueiro que teimava em não acender começou a conversa com o João que mais tarde viria a ser meu amigo.

 

Ambos já tínhamos os nossos cigarros acesos quando resolvemos sair daquela barafunda e caminhamos rua fora contando um ao outro o que fazíamos na vida e porque tínhamos vindo aquela manifestação.

Até à entrada do metro mantivemos uma conversa da treta sem entrarmos em grandes pormenores só achámos curioso morarmos ambos na rua da Cedofeita e sem nunca nos cruzarmos. Ele morava do lado esquerdo e eu do lado direito da rua. Acompanhei o João até à sua porta que ele abriu e entramos. O João procurou um cartão-de-visita e deu-mo procurando se no dia seguinte lhe telefonava. Entretanto a luz apagou-se, o João perguntou-me novamente se lhe telefonava no dia seguinte ao mesmo tempo que me segurava nos ombros e delicadamente juntou seus lábios aos meus. Fiquei atrapalhado. Era uma novidade para mim, mas gostei e ficámos assim um pouco trocando sabores linguísticos. A luz voltou a acender-se. Separamo-nos. Olhamos um para o outro alguns segundos, até que eu disse: Amanhã eu telefono. Sai porta fora e corri rua acima direito a casa.

Naquela noite não consegui dormir

Quando cheguei a casa nem banho tomei, despi-me pura e simplesmente e assim como Deus me deitou ao mundo atirei-me para cima da cama e tentei adormecer pensando em tudo o que me tinha acontecido.

Tudo o que me tinham ensinado na juventude ruiu como um baralho de cartas ao ser beijado por aquele tipo não tendo coragem de reagir de outra maneira a não ser o aceitar toda aquela envolvência de carinho que nunca tinha tido. Diz-se que o arrependimento mata, mas eu estava vivo e bem vivo não conseguindo retirar da minha mente aquele beijo sôfrego. Estava numa de indecisão! Arrepender-me por ter consentido que um homem me beija-se ou ter retribuído ainda com mais força aquele gesto que era uma novidade.

Já em tempos tinha tido uma pequena experiencia no género em que um primo mais novo que eu me tentou beijar na face ao mesmo tempo que dizia gostar de mim mas o que se passou naquela noite foi totalmente diferente. Foi na boca onde enrolámos nossas línguas e feito por um homem mais velho ao que vim a saber mais tarde com grande experiencia dos actos sexuais entre pares do mesmo sexo. No pouco tempo em que adormeci, aquele beijo entrou nos meus sonhos e meu pénis hirto saltou para fora das boxes e cuspiu abundantemente milhões de espermatozóides como nunca tinha acontecido e adormeci finalmente como São Sebastião.

Quando minha mãe bateu à porta do quarto para me acordar, já era uma da tarde, e lá foi dizendo: Então ontem tiveste finalmente uma grande farra! Chegaste à seis da manhã o que não é habitual! Pelo menos gozaste a noite?

- Sim mãe! Esta noite foi a minha primeira experiencia de liberdade mas não é para contar. Olha! Vai à tua vida que eu faço a cama e arrumo o quarto.

O que eu não queria era que ela descobrisse o estado em que estavam os lençóis.

Ela saiu toda satisfeita e eu fui tomar um banho depois de arrumar o quarto e fui almoçar. Meu pai como saiu cedo nem deu por nada.

Como não queria que alguém ouvisse o meu telefonema, sai por volta das três da tarde e no café mesmo em frente à casa do João e telefonei-lhe.

- Olá! - Disse ele do outro lado da linha – Já estava à espera do teu telefonema, onde estás?

- Estou mesmo aqui em frente no café.

- Ainda bem que estás perto! Eu estou sozinho em casa. Não te cheguei a contar que vivo sozinho. Não queres dar um salto até aqui? Para ouvir um pouco de musica e conversarmos?

Todo o meu corpo tremeu perante aquele convite lembrando-me do que tinha acontecido na noite anterior.

- Sim eu subo! É só acabar de tomar o café.

 

Quando sai do café olhei para o terceiro andar e lá estava ele por dentro da janela espreitando, não dando tempo a que carregasse no botão da campainha pois a porta já estava aberta.

Também quando sai do elevador a porta da casa também estava aberta e entre ela lá estava o João vestindo um robe de seda vermelho.

Mais uma vez todo o meu corpo tremeu mas desta vez de arrependimento do que estava a fazer, mas continuei e entrei.

- Este é para te descontraíres! - e novamente como na noite anterior colocando suas mãos nos meus ombros puxou minha cabeça e novamente me beijou com seus lábios macios.

João baixou sua mãos e segurando nas minhas perguntou.

- Então que tal! Dormiste bem? Sabes! Eu quase não dormi a pensar em ti.

- Sim! - Disse eu - Mas aconteceram-me coisas estranhas.

- Então puto! Não me digas que te vieste a pensar em mim!

Um pouco ainda envergonhado perguntei - Achas isso normal?

- Opá quantas vezes essa situação me tem acontecido quando conheço alguém giro assim como tu pensando em tudo o que podemos fazer.

- E o que achas que podemos fazer? Perguntei logo de rompante.

- Nada de especial que dois seres adultos não possam fazer. Para já vamos até ao meu bar, tomar qualquer coisa e ouvir um pouco de música ou ver um filme. É como quiseres.

Eu naquela altura já não sabia bem o que queria. Tanto queria sair a correr daquela alhada como seguir para uma experiência que nunca tinha tido, até porque era virgem. Nunca tinha tido qualquer relação sexual e qualquer natureza.

O João perguntou se queria ouvir música ou ver um filme e de que género.

Como naquela altura tudo o que viesse seria bem-vindo disse que deixava ao seu critério.

- Então aqui vamos ver um filme e lá dentro, vamos ouvir música.

Refastelamo-nos no sofá e o João colocou no DVD o filme “ Antes que anoiteça” é um filme biográfico de Reynaldo Arenas um escritor cubano que na sua cruzada contra Fidel de Castro conhece Pepe com quem mantém uma relação gay de amor/ódio durante anos.

Aceitei a proposta e ali ficamos vendo aquele extraordinário filme.

Durante a sessão que durou uma hora e pouco e porque estávamos embrenhados naquela história, pouco falámos íamos sim tomando uns whiskys e entrelaçando nossas mãos.

Por fim o filme acabou.

 

João levantou-se e disse: - Vou tomar um duche a correr e já venho.

 

Foi o momento do meu estar só não sabendo ainda se estava arrependido ou não por estar ali. A curiosidade era tão grande que algo dentro de mim me dizia – deixa-te estar palerma… aproveita este bem-estar que sentes.

Poucos minutos bastaram para o João aparecer novamente já sem o robe vermelho mas de boxes pretos e uns chinelos com cabeças de cão (muito giros por acaso).

Trazia numa mão dois flutes e na outra uma garrafa de champanhe.

- Agora vamos ouvir música.

Entregou-me a garrafa de champanhe perguntando-me se a sabia abrir, segurou-me numa das mãos e encaminhou-me para a sala de desenho como ele chama ao quarto.

Mal entramos naquele aposento as luzes apagaram-se e ficou somente uma luz negra ao mesmo tempo que se começava a ouvir um “nocturno” de Chopin.

Já na sala e durante o filme tinha tirado o blazer e os sapatos ficando somente com a camisa aberta fora das calças que ainda por lá estavam.

João deitou-se e perguntou: - então não abres a garrafa? É melhor tirares a camisa pois ainda se vai sujar com os espirros do champanhe.

Tirei a camisa e abri a garrafa que efectivamente espumou por cima de mim e do João.

Rimos a bandeiras despregadas e nossos corpos se enlamearam daquele suco que ia brotando da garrafa quase não dando para encher os ftutes que entretanto o João não largava.

- Agora tens de tirar as calças dizendo o João num galho fada sem términos à vista.

Calmamente coloquei a garrafa na mesa-de-cabeceira assim como os copos e comecei a tirar as calças que agarradas e estas vinham os boxes ficando todo nu. O João entretanto assim que largou os flutes também começou a tirar os seus boxes.

 

Nus, como Deus nos trouxe ao mundo ficamos ali durante momentos olhando-nos mutuamente.

Salpicados do champanhe e ainda rindo de tudo o que tinha acontecidos, juntamos nossos corpos que os começamos a lamber.

João com uma perícia incalculável foi percorrendo meu corpo dando uma suave trincadela aqui e ali até chegar quase ao meu pénis. Depois subia e vinha entrelaçar sua língua na minha ao mesmo tempo que nossos pénis se entretinham a entrelaçarem-se um no outro pois ainda não estavam tão rijos que não o pudessem fazer. Retribui todo o carinho começando também a mordiscar aquele corpo já sem pingos de champanhe mas seco esperando que minha língua despertasse seus e meus desejos mais obscuros. Quando estava junto ao pénis do João reparei que já se encontrava hirto e experimentei sugá-lo até onde mais pude.

João segurando-me na cabeça foi dizendo: - Tem calma se não venho-me.

Subi por ele acima e com algum suco do seu pénis na minha boca fui depositá-lo na boca dele.

Nossas bocas fervilhavam de paixão enquanto nossas línguas se entendiam como gente crescida e nossos pénis se metiam entre pernas um do outro procurando algo mais apertado que naquela posição não existia. Bem apertávamos as pernas, mas não passava disso.

De repente, João como um caranguejo rodopiou por cima de mim e ficamos na posição do 69 sugando freneticamente nossos pénis ao mesmo tempo que dávamos pequenas mordiscadas nos tin tins. Chegou a altura em que algo iria acontecer e aconteceu mesmo. Tentámos meter em nossas bocas o mais possível nossos pénis pois pelos seus dorsos já percorriam milhões de espermatozóides desertos de se expandirem em jacto contínuo.

Aqueles milhões endiabrados saltando uns por cima dos outros lá se foram alojando em nossas bocas uns percorrendo a sua via própria outros transbordando por nossas face que se vieram a juntar quando nos viramos para uma posição mais confortável e nos beijamos longamente até nossos corpos se reconfortarem de tanto prazer e adormecermos um pouco ainda ao som de “nocturno” de Chopin .

 

 

Nota: Como esta história é um pouco grande e não acaba aqui Vejam o próximo capítulo “Arrependido Nunca II”

 

Esta é dedicada ao meu amigo André Filipe que encontrei no Facebook

 

Nelson Camacho D’Magoito

         (O Caçador)

 

sinto-me: e com saudades daquelas noites
a música que estou a ouvir: "nocturno" de Chopin
publicado por nelson camacho às 18:42
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Quinta-feira, 13 de Outubro de 2011

O Novo Carteiro

 

O descanso dos guerreiros

Quando o carteiro toca duas vezes

 

Quando ouvimos tocar a campainha da porta, normalmente ou espreitamos ou vimos através do vídeo porteiro, (conforme o tipo de habitação que temos) quem nos vem chatear àquela hora. Se é uma miga ou um amigo, abrimos, se é um dos tipos que nos quer impingir publicidade ou alguém desconhecido, deixamos tocar e não respondemos, até se fartarem e irem-se embora. Mas há um outro tipo de pessoa que normalmente nos bate á porta, é o carteiro que por norma, só toca na campainha quando tem alguma encomenda ou carta registada para nos entregar.

O Carteiro é o fiel mensageiro da vida ou da morte. Uns o esperam com alvoroço, outros com receio, pois esta personagem, nada mais é que uma esperança ambulante. Às vezes, até sonhamos como será, pois raramente o vimos.

Onde se passou esta história é numa casa de verão e como tal pouca correspondência recebo, a não ser uma ou outra encomenda que vou fazendo acontecendo assim que os tais carteiros que não conhecemos só têm que deixar o aviso respectivo dos CTT para ir à estação levantar as encomendas.

Também pouca vida social faço na terra, pois sendo uma casa de verão, a minha vida é praia, casa, Lisboa. A cafés, só vou a um e normalmente para comprar o tabaco e ou o jornal, tomando às vezes uma bica e nada mais, se por ali fico um quarto de hora já é muito. Não conheço qualquer pessoa e como também sou um pouco introvertido, também não me dá para socializar, no entanto, no outro dia, a televisão do café estava a dar um jogo de futebol que me estava a interessar, através de um canal da TV- Cabo, como nesta casa não tenho este sistema de televisão, sentei-me, tomei uma bica a ali estive a ver o jogo.

O café estava cheio de “malta” lá do sítio, o que era normal, embora quase toda a gente tenha a TV- Cabo, sabe melhor ver estes jogos no café, pois sempre se vai dando um palpite de treinador de bancada com o colega ou fazendo criticas ao árbitro. Eu estava para ali só, feito parvo e olhando de vez em quando para um ou outro espectador, só os vendo por traz, pois estava numa mesa ao fundo do café.

De repente, um moço bem-apessoado, que estava também só e encostado ao balcão, puxou de um cigarro, e com uma mão percorreu todos os bolsos, como quem procura algo ao mesmo tempo que dava uma olhadela para a assistência, até que seus olhos depararam com os meus, que nesse preciso momento o mirava de alto a baixo.

 Deu duas lambidelas no filtro do cigarro, como estando a amolecê-lo, e fixando-me com o ar mais maldoso deste mundo dirigiu-se a mim dizendo:

- Desculpe, mas tem lume que me empreste?

Ao que lhe respondi com ar irónico depois de ter visto aquela lambidela no cigarro:

- Bem… lume não lhe poço emprestar, mas um isqueiro para acender o cigarro! Isso poço!

O moço, que ainda não tinha nome, quando lhe estendi a mão com o isqueiro, este agarrou-o, acendeu o cigarro, ao mesmo tempo que ia olhando para mim com ar terno e doce. Quando devolveu o isqueiro fê-lo de forma que os seus dedos roçaram minha mão pela parte de baixo sustentando esse gesto por alguns segundos e que eu aguentei o mais tempo possível. De repente, apertou minha mão ao de leve e com um olhar maroto perguntou:

- Você não é de cá, pois não?

- Não! Disse eu um pouco atrapalhado. Só tenho cá uma casa para passar o verão e quando cá estou, estou mais tempo na praia que andar de café em café, para isso, tenho a minha Lisboa.

- Há… de facto nunca o tinha visto por aqui. Esta terra também é uma pasmaceira. Eu também trabalho em Lisboa, mas agora vim fazer uma férias de um colega aqui na zona.

- Porque não se senta? Perguntei…

- Pois bem! Já agora! Toma mais alguma coisa?

- Não obrigado, um café por agora já chega! Mas olhe que essa atitude só lhe fica bem. Nesta terra parece haver um certo constrangimento em as pessoas sentarem-se numa mesa onde esteja uma só pessoa e muito menos oferecer uma bebida.

- Sabe… As pessoas aqui são muito metidas com elas e enquanto não nos conhecem parece que são desconfiadas, mas eu não ligo. Estou habituado ao Porto e lá não se passa assim. Quando entramos num café, este está cheio, mas há um lugar vago numa mesa que esteja ocupada por um tipo qualquer, pedimos licença e nos sentamos. Às vezes dá para conversar outras não.

- De facto é assim! As pessoas do norte são muito mais afáveis que por aqui. Você é do Porto? Não tem pronuncia!

- Sou… Sou mas há dois anos, pediram-me para vir trabalhar para Lisboa e eu aceitei. A grande cidade é sempre a grande cidade.

- De facto a grande cidade é a grande cidade mas eu gosto muito do Porto e tenho lá grandes amigos, alguns feitos nas mesmas condições em que estamos agora. Depois de um contacto no café ficamos amigos. De tal forma que quando lá vou, normalmente depois de saberem que lá estou, não me deixam ficar em hotel, tenho sempre casa onde ficar.

A conversa, de circunstância, manteve-se durante algum tempo até que acabou o jogo acabou mas que acabámos por não ver.

O tal moço, acabou por dizer chamar-se Luís, eu também me apresentei.

Olhou para o relógio e de imediato:

- Ói ói ói,.... Nem dei pelas horas, tenho de ir para o trabalho. A conversa foi muito agradável, mas tenho mesmo de ir.

Levantou-se, despediu-se com um aperto de mão bastante apertado ao mesmo tempo que disse:

- Agente vê-se por aí, foi muito agradável este bocadinho.

De facto, tinha sido agradável aquele conhecimento que me deixou um pouco perturbado, pois repetiu duas vezes que a conversa tinha sido agradável e no cumprimento, apertou a minha mão de forma não habitual para um primeiro conhecimento.

Depois daquilo, fui para casa e lá fui fazendo a minha vida normal.

Continuei a ir ao mesmo café a várias horas, de manhã, à tarde e à noite, mas nunca mais o vi.

 

Um dia tocam à campainha, insistentemente, perguntei quem era e de fora alguém respondeu:

-É o carteiro! Tenho uma encomenda para entregar!

  Normalmente neste tempo quente, (estamos em Agosto), ando sempre com uns pequenos calções, descalço e em tronco nu. Como não era ninguém de importância, desci a escada interior e fui abrir a porta. Qual não é o meu espanto, o carteiro era nem mais nem menos o tal Luís que tinha conhecido no café semanas antes.

 Escorria o suor pela cara a baixo, ficou com os olhos muito esbugalhados a olhar para mim, com uma pequena caixa na mão. Durante uns segundo ficou especado e hirto, adivinhando-se uma certa tremura interior.

Eu ainda fiquei pior, não hirto, mas não sabendo o que dizer ou fazer, até que de repente, saiu-me:

- Ó homem… parece que ficou atrapalhado, afinal já nos conhecemos, não sabia era qual a sua profissão.

- Pois… disse ele mais afoito: eu também não disse que era carteiro!

- Afinal o que me traz a esta hora?

- É… é de facto um pouco mais tarde da hora habitual da distribuição, mas já por cá tinha passado e ninguém atendeu, dei a volta e guardei esta encomenda para a última entrega. Parece que estava a adivinhar ser uma pessoa já conhecida.

Eu vendo o rapaz a transpirar por todos os lados, perguntei-lhe se não queria entrar para beber um copo de água, já que era a última encomenda a entregar.

Um pouco indeciso respondeu:

- Sabe? Nós não podemos entrar nas residências dos destinatários do correio, mas como já nos conhecemos e é aqui que acabo o serviço, agradeço.

Subi a escada e lá veio ele atrás de mim. Fomos até à cozinha e perguntei-lhe se queria antes uma cervejinha fresca, mas disse que não, agora preferia a água. Assim foi, dei-lhe um copo de água fresca, que ele bebeu sofregamente, ao mesmo tempo que não tirava os olhos do meu peito.

Quando acabou de beber, pegou na encomenda, num papel e numa caneta e deu-me dizendo que tinha de assinar em determinado lugar.

Eu peguei no papel e quando ia para segurar a caneta, esta caiu no chão. Ele foi rápido em se baixar para a apanhar e ficou assim, uns segundos olhando com um olhar guloso para o volume que se apercebia por dentro dos meus calções.

Não era preciso dizer nada ou ter qualquer atitude a não ser a minha. Movimentei-me um pouco para a frente, para que o meu coiso fosse parar à sua cara.

Ele ficou na mesma posição de agachado, olhou para cima, fixou-me nos olhos e perguntou: - Posso?

A minha pila parecia que tinha molas, começou logo a crescer e a inchar. Ele sem mais aquelas baixou meus calções, e delicadamente aquele pau que já não era um pau normal mas algo pulsante e irrequieto lá foi penetrando na sua boca.  

Estavam os amigos da fertilidade quase a expulsarem-se por aquela caverna abaixo quando lhe segurei na cabeça e disse: Calma… e fossemos até à cama? Luís acedeu, e começou a despir-se e como dois pombinhos de mãos dadas lá fomos.

Nossos paus se entrelaçaram e nossas bocas se beijaram sofregamente como não houvesse outro momento de prazer próximo.

Passado pouco tempo, luís foi descendo pelo meu corpo beijando-me todo o corpo até voltar com sua língua a circundar toda a glande ao mesmo tempo que beijava copiosamente todo o restante até aos tin-tins. De repente, virando-se num grau de noventa graus e quase sem dar por isso, estávamos numa posição de sessenta e nove. Beijamos sofregamente nossas virilidades penetrando nossos êmbolos em nossas bocas ao mesmo tempo que soltávamos milhares de miúdos ou miúdas que nunca viriam a ser. Ficamos assim durante algum tempo até que nos endireitamos e já cansados nos abraçamos e assim ficámos durante um tempo indeterminado.

Quando acordamos já era noite serrada e o quarto estava totalmente às escuras. Só no teço se viam as horas que eram direccionadas por um relógio de raios lazer que tinha na mesa-de-cabeceira.

- Olha que engraçado. Disse o Luís perante aquela perspectiva. – Nunca tinha visto umas horas projectadas.

- Pois! Disse eu. São “mariquices” que gosto de ter!

- E as mariquices que fixemos! Gostas-te? Perguntou o Luís.

Em resposta nada podia dizer, pois a felicidade naquele dia tinha entrado casa dentro e a forma de responder foi beija-lo.

Nosso corpos voltaram e encontrar-se beijando-nos mutuamente. Comecei por beijar seus mamilos hirtos, desci um pouco mais até aos lados das pernas que a pouco e pouco fui levantando até ficarem numa posição de “acrobata” e comecei a penetra-lo lentamente para que o prazer fosse maior de ambas as partes.

- Não te venhas senão acaba a festa, disse ele. – Também gostava de experimentar.

 Nunca tinha experimentado, mas o momento estava a ser tão inexplicável que disse de mim para mim! Chegou o dia!  

 Julgando ser a posição menos penosa para uma primeira vez, desembaraçámo-nos daquela posição, subi pelo seu corpo e colocando-me em posição de sentado e fui eu que lentamente fui penetrando aquela pila gostosa dentro de mim.

Ambos nos movimentamos num vai e vem frenético até que senti penetrar-me aqueles milhões de espermatozóides ao mesmo tempo que os meus esguichavam direitos aquela boca já minha conhecida horas antes.

Caímos para o lado como coelhos e ali ficámos mais umas horas.

Finalmente tinha tirado os três.

Quando acordámos, fizemos promessas de amor.

Combinámos outra farra. Uma saída ao cinema ou tomar um copo em um qualquer bar em Lisboa, pois Santos ao pé da porta não fazem milagres.

Afinal não é preciso Net para acontecerem estes encontros inesperados, só é preciso estarmos atentos aos sinais que se nos deparam no café, na praia no cinema ou em qualquer outro sítio.

Trocamos telefones e moradas.

Espero que o carteiro volte a tocar.

 

O Caçador

sinto-me: com saudades
a música que estou a ouvir: Como é grande o meu amor por você (Roberto Carlos)
publicado por nelson camacho às 03:22
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Quarta-feira, 5 de Outubro de 2011

Uma Noite de Sexta-feira

Uma Noite de Sexta-feira

Um Bico no cinema

 

     Voltei a Portugal pelo menos á dois meses e tenho andado atarefado com coisas da casa e atender telefonemas dos amigos e amigas que não me largam desde que souberam estar por cá novamente.

Parece que não mas tratar de casa nova, novas decorações baseadas em conceitos que colhi na estranja, principalmente em Paris, onde a forma de estar na vida não tem nada a ver com a nossa, portuguesinho nascido à beira do Tejo, onde só temos a Alfama e o passeio entre e Cais do Sodré e a Torre de Belém. Comparado com as margens do Sena é mesmo outra coisa.

Por aquelas bandas, basta sair descomprometidamente para encontrarmos alguém para conversarmos despreocupadamente e que por vezes acabarmos a tomar um copo no Alexandrine  Opéra nos Champs Elysées, ali mesmo ao pé do Moulin Rouge.

 

Estava numa sexta-feira e desde a data da minha chegada ainda não tinha feito um engate, mesmo depois de numa só noite de ter ido ao “Labirinto” o único bar existente em Lisboa que se assemelha a muitos que existem em Paris e ao “Bar 106”. Contrariamente ao que acontecia antigamente, ou por já não me conhecerem, (estive ausente três anos) não aconteceu nada de novo.

Andava perturbado embora não tenha na minha vida um programa de horas ou dias em que se deve fazer sexo, o que se passava era que efectivamente andava rabugento e sem paciência para aturar os outros, até mesmo os amantes habituais (aqueles que estão sempre prontos e me telefonam permanentemente para fazer amor comigo).

Estava a faltar-me um carinho novo!

     Fazer sexo para mim, é um bálsamo já que a vida nada mais tem de interesse, agora, o quero é goza-la o melhor possível, pois o ‘barqueiro’ já espera, alias, até os médicos mais entendidos no assunto dizem que o sexo é o melhor remédio para o stress e outras doenças mais gravosas, e eu não quero ficar doente.

Já saí do “armário”, pelo menos para as pessoas que me estimam e não olham para mim como se fosse algo de estranho no meio da multidão, estou mais à vontade com a minha consciência, não devo a cabeça a ninguém e se descobrirem as minhas tendências sexuais estou-me nas tintas. Não quero ser vedeta da televisão, portanto, não necessito de andar por aí dizendo que sou gay ou não. O que faço na cama com eles ou com elas, só a nós diz respeito pois já somos pessoas crescidas.

      A solidão é uma chatice, até o mar que vejo da minha varanda altera o meu estado de espírito.

     Sair, por aqui, não sendo a praia, nada mais há. Na Ericeira, tirando dois bares que por lá existem, não são locais de agrado para a malta com quem gosto de conviver, muito menos para o engate, só há “cotas” e estrangeiros quanto aos outros possíveis de engate, porque têm a família junto, fogem para os centros comerciais, cinemas e bares de Lisboa.

- (No outro dia fui jantar com um dos meus meninos a um restaurante na Ericeira e deparei-me com um ‘chavalo’ que já não o via há dez anos, como cresceu, meu Deus e como está lindo, na altura era muito novo e aparentemente é bastante desinibido, trocamos alguns piropos e prometi lá voltar numa outra noite, mas sozinho.

     Também eu, quando não me apetece escrever ou ir para a praia, vou até Lisboa ou Cascais, pois já a minha avó dizia atenção filho, olha que “Santos ao pé da porta não fazem milagres”.

 

     Foi assim, com este espírito e esta falta de um carinho novo que numa sexta-feira fui até ao Choping de Cascais.

 

Já andava a dar em doido, há dois meses que não fazia sexo e já andava a entrar em paranóia.

     Já não me bastava ter o problema de ser heterossexual sem namorada, como cada vez mais gostar de pessoas do mesmo sexo para fazer amor e menos apetite para as raparigas e ainda por cima não conseguir estar mais de uma semana em jejum.

 

     Dentro do centro comercial, lá fui andando como barata tonta, mas sem dar nas vistas, pois não é o meu género, olhando, olhando e cobiçando os rapazinhos que estavam à venda, tal e qual como casacos de veludo, ou então, máquinas de lavar, sapatos de camurça, ou camisas de marca, afinal era tudo uma questão de preço, e o mercado é bem livre e concorrido por aquelas bandas!

     Troca de olhares com este e com o outro, um esgar de concordância mútua aqui e ali, uma troca de conversa de circunstância com um ou com outro a propósito da chave do carro que se deixou cair propositadamente ou utilizar açúcar em vez de adoçante no café, ou ainda o truque mais velho do mundo que é o do pedir lume para acender o cigarro, chegava-se sempre à conclusão que todos estavam à venda o que para mim, é uma situação que não serve. - Não troco sexo por dinheiro e ainda estou em condições de não precisar de utilizar prostitutos ou putas de qualquer esquina ou hotel. Só faço sexo por amor, quem quiser quer quem não quiser que vá andando, que há muito quem queira -.

 

     A coisa estava feia, embora já sabendo que pelo menos no meu caso, quando vou para o engate, nada acontece, as coisas ao longo da vida tem sempre acontecido normalmente, foi com este espírito que comprei um bilhete para o cinema (nem vi qual era o titulo do filme), o que queria era espairecer aquela ideia que me atormentava de fazer sexo naquela noite.

 

Sentei-me o mais comodamente possível, as luzes apagaram-se e lá veio o filme. Era mais uma lamechice de amor à qual não estava a ligar qualquer importância até porque comecei a sentir uma perna encostada à minha, fazendo uma certa pressão, do género encosta e não encosta.

 Olhei para o lado e lá estava aquilo que há tantas horas procurava. Não era das coisas mais lindas de morrer, mas pelo menos tinha muito bom aspecto e novo, teria ai para os vinte anos, bem vestido e sem qualquer sinal de prostituto ou bichanado. Comecei por corresponder ao ataque de perna e de repente senti uma mão a aproximar-se do meu coiso que já se encontrava bem rijo. Como naquele dia tinha vestido uns boxers o coiso estava mais à vontade e sendo as calças também um pouco largas, era possível agarra-lo com mais displicência.

     Estava a vir-me aos bocadinhos e com uma vontade tremenda de me agarrar aqueles lábios que até eram bastante sensuais quando veio o intervalo do filme.

Felizmente que a sala tinha pouca gente e nem atrás nem dos lados tinha espectadores e assim, a mão do tal rapaz permaneceu agarrada ao meu coiso.

 Agora já sem a escuridão da sala pudemo-nos contemplar mutuamente. Levantei-me e fui até á casa de banho e o tal rapaz seguiu-me. Na dita, não estava qualquer pessoa, dirigimo-nos aos mictórios, fizemos um xixi, enquanto tocava o sinal sonoro avisando que iria recomeçar a sessão, olhamos para os nossos coisos, ficámos satisfeitos com o que vimos e sem trocar qualquer palavra entramos no privado.

     Beijámo-nos roscando nossas línguas sedentas de amor, abraçamo-nos e comecei a sentir as sua mãos metidas nas minhas calças abrindo a braguilha e retirando o coiso cá para fora. O moço, baixou-se e sofregamente começou por dar uns beijos acabando por meter na sua boca gostosa aquele meu coiso que já não podia engrossar mais. Fodi aquela boca gostosa num vai e vem constante que ia apertando de acordo com o meu movimento. Alguns minutos bastaram para guinchar e vir-me como uma vaca maluca. O tal rapaz de joelhos também com uma punheta se veio estremecendo todo. Levantou-se, limpou a boca e sem dizer qualquer palavra, abriu a porta do privado e saiu.

 

     Nunca ouvi uma palavra sua, pelo que nem sei se é seu feitio ou se era mudo.

 

PARTE II

 

 

O Términos da Sexta-Feira

 

 

 

Foi assim, até de manhã

 

     Não voltei à sala de espectáculos, fui até um café, bebi o dito e um bolo e repensando em tudo o que me tinha acontecido por ali fiquei sentado olhando e cobiçando a rapaziada que àquela hora ainda iam por ali andando, simplesmente rondando ou procurando companhia.

Àquela hora já havia pouca gente e o centro quase a fechar, já poucos prostitutos por ali passavam, o mercado já não estava com interesse, de qualquer maneira e porque já estava meio satisfeito também só estava apensar ir para casa.

Dei o pensamento por concretizado, chamei o empregado para pagar a despesa.

Aparece-me à frente um moço já sem o fato de trabalho e diz: - Desculpe já não estar fardado mas como sou o filho do patrão e já estamos a fechar e os empregados já se foram embora.

 

- O rapaz tinha uma voz tão sensual e uma forma corporal tão atlética que de imediato me lembrei dos meus tempos em que quando procurava não encontrava mas noutras ocasiões, por coincidências do destino conseguia fazer dois e três cabritos num dia -. De repente, veio-me uma luz e disse:

- Não faz mal, só é pena porque me apetecia um Whisky para finalizar a noite, pois o filme foi uma estopada.

O Luís pois é esse o seu nome que vim a saber mais tarde, olhou para mim olhos nos olhos, fez um trejeito aos lábios e ripostou:

- Lá por causa disso, não lhe sirvo o Scotch aqui porque já estamos fechados, mas como quem fecha a caixa hoje é o meu pai, posso pagar-lhe o tal Whisky num bar muito simpático que existe em Fontanelas, só temos é que levar dois carros para depois cada um ir à sua vida.

Tudo dentro de mim estremeceu e só pude dizer um pouco surpreso:

- Está bem! É … é … uma boa ideia, espero por ti junto à entrada principal, o meu carro é um Audi Sport vermelho, é fácil de detectar.

 

Encontrámo-nos à porta do centro quinze minutos depois. Cada um foi para o seu carro depois de combinarmos encontrarmo-nos em Fontanelas num bar muito simpático que lá existe.

Assim ficou combinado sem antes o Luís de repente me ter dado um beijo. - Afinal o fim daquela sexta-feira prometia -.

 

Segui o Luís no seu Uno amarelo até ao tal bar de Fontanelas. Foram bons aqueles quilómetros, com as janelas abertas tomando o ar da noite lá me fui refazendo do “bico” que o ‘mudo’ me tinha feito no cinema e me tinha vindo que nem uma vaca.

Parámos os carros no largo que existe mesmo em frente do tal bar, olhamos um para o outro bem olhados e entrámos. Cada um tomou o seu J&B, eu com um pouco de água de castelo, pois queria estar em forma para o resto na noite e o Luís, simples com uma pedra de gelo, como quem quer ganhar coragem para o resto que iria acontecer.

Falámos das coisas mais triviais que na ocasião se pode tratar.

O Luís contou-me que vivia só com o pai que era um “gajo” porreiro, sabia das suas tendências da sexualidade, não se opunha e só o alertava para as companhias que fosse conhecendo.

Por incrível que pareça (embora ao longo a vida várias vezes andasse com rapazes com autorizações dos pais, o que se dever a ser um tipo discreto e bem formado) contou-me que antes de sair do café informou o pai, que tinha conhecido um tipo e que ia com ele, por traz do balcão o pai viu-me e disse que tinha bom aspecto e cara de sério (de facto ai não se enganou).

Perante esta divulgação um pouco inesperada, vi que estava a lidar com um moço de princípios e que nada tinha a ver com essas baratas tontas que andam por ai ao engate do primeiro machão que lhes aparece. Fui obrigado também a contar um pouco da minha vida, não contando claro está o que já me tinha acontecido naquela noite, mas que gostava de fazer amor com rapazes, dos 20 aos 25 e não de homens já feitos, vivia só e por coincidência ali perto, e junto ao mar.

Quanto à questão das idades, ficámos a saber que tinha-mos algo em comum, ele tinha dezanove anos, portanto dentro dos parâmetros de meu gosto, e eu já era “cota” ou seja, também era o gosto dele, ainda por cima pelo meu aspecto também tinha tido a aprovação do pai.

Falámos, falámos, tomámos mais um copo, até que o empregado nos veio pedir desculpas mas já eram três da manhã e tinham de fechar.

Conforme tinha prometido, o Luís pagou a despesa, como esta não foi um simples Whisky, fiz questão de comparticipar também na despesa mas a resposta veio pronta e rápida:

- Deixa lá, pagas noutra ocasião porque hoje, fui eu que convidei, se quiseres, (rindo-se) pagas com o corpo. (assim foi efectivamente).

 

Chegados á rua, aproximámo-nos dos carros e finalmente dissemos um ao outro onde efectivamente tínhamos nossas casas. Coincidências das coincidências, o Luís morava numa rua perto da minha e nunca nos tínhamos encontrado o que quer dizer que a minha avó não tinha total razão com o seu dito “Santos ao pé da porta não fazem milagres”, certamente a ideia era que os conhecimentos podem não dar bons resultados quando são feitos entre vizinhos, e não era o caso, pois foi uma pura coincidência e não nos tínhamos ainda conhecido na vila.

 

Como eu estava só e o Luís tinha o Pai em casa, resolvemos ir para a minha.

 

Entrámos na sala, coloquei um CD de música clássica, ele quando verificou que existia uma luz vermelha por cima da aparelhagem, apagou todas as outras e ficou somente aquela a dar-nos aquele tom suave de amor, abraçámo-nos, beijamo-nos e sofregamente fomos arrancando a roupa um ao outro, mergulhamo-nos nos corpos sedentos de amor como se fosse a última tentação e logo ali, enlouquecidos com tanta sofreguidão atingimos o clímax total.

 

Atirámo-nos para o sofá abraçados e por ali estivemos mais uns momentos saboreando-nos com beijos e ternuras como há muito não tinha. Nossos corpos suados de tantos amores iam sendo lambidos a pouco e pouco e nossos paus também muito apertados um ao outro lá iam murchando pois já tinham feito a sua obrigação.

 

Talvez uma meia hora depois, Luís, perguntou-me se podia tomar um duche, disse de imediato que sim mas se não se importa-se eu ia primeiro, fui buscar um roube que lho dei para se vestir. Enquanto eu tomava o duche, que foi rápido, a minha mente não parava de pensar no resto da noite que se adivinhava.

Quando sai do banheiro, ele entrou. Enquanto ele tomava o seu duche revigorante, fui fazer uns ovos mexidos acompanhados com cogumelos, bacon, espargos, tiras de fiambre e queijo. Tudo numa travessa onde estavam dois flûtes para o champagne que coloquei por cima do frigo-bar que tenho no quarto, acendi a luz negra, deixei a porta do quarto entreaberta e deitei-me nu, à espera do resultado.

 

Há muito que não tinha uma visão tão bela. Vestido com o meu roube de seda, com ramagens azuis reflectidas na entre abertura da porta pela luz negra que emanava de uma das paredes do quarto, Luís vinha entrando com a calma de um fantasma de sonho. O rapaz que tinha conhecido horas antes por um acaso milagroso de facto, mais parecia um sonho retirado de uma peça de teatro.

 

À medida que ia entrando quarto dentro ia-se despindo, seu corpo torneado de formas um pouco atléticas e bronzeado natural da praia, olhos azuis penetrantes, mas um pouco intrigados e todos aqueles salpicos florescentes ocasionados pela luz negra, à medida que o roube de seda lhe ia caindo suavemente pelo corpo dava-lhe a beleza de uma cena de uma qualquer ópera de Verdi.

 

Para aquele espectáculo se o tivesse adivinhado, teria colocado na aparelhagem do quarto um CD com a área “La Vergine degli Angeli” da “Ópera La force du destin”, então sim, seria o espectáculo completo, pois tudo o que estava acontecer era efectivamente “A Força do Destino”.

 

Luís em vês de se dirigir para a cama, não, deu a volta pelo quarto, foi até ao frigo-bar pegou num só flûte encheu de champanhe dirigiu-se a mim, deu-me de beber um pouco, depois bebeu também um pouco e deitou o resto pelo meu corpo.

 

(Amigo ou amiga que me lê! Que mais se pode dizer deste acto de amor que deve acontecer raramente?)

 

Entrelaçámos-mos loucamente e nos beijamos perdidamente lembrando Florbela Espanca.

 

“Só quem embala no peito

Dores amargas e secretas

É que em noites de luar

Pode entender os poetas”

 

Efectivamente, naquele momento, estava a acontecer poesia! Para se amar em toda a sua plenitude é preciso ser-se poeta e melómano, esquecermo-nos da vida do tempo e das horas!

Por graça, contei o meu pensamento sobre a sua aparição na sua entrada no quarto e qual não é o meu espanto e me diz:

- Porque razão não põe a tocar, mas baixinho, a Ópera Aida?

Fiquei ainda mais louco, e como tenho todas essas músicas em play-list no computador, em um só minuto, lá pus a tocar a tal Ópera.

“O sonho comanda a vida” diz o poeta, mas o que estava a acontecer não era um sonho, era a realidade.

Não sei se têm ou se gostam, mas experimentem fazer amor (mas só com a pessoa indicada) ouvindo muito baixinho aquela Ópera, vão ver que o orgasmo é permanente.

 

Há muito que não sentia tanto prazer, mergulhamo-nos nos nossos corpos transformando-nos numa só peça humana, depois daqueles beijos ardentes percorrendo-nos, fomos até às partes mais rijas e salientes que já estavam gotejando de espermas misturados com o champanhe que entretanto ia percorrendo nosso corpos reluzentes pela luz negra que emanava por cima da cabeceira da cama.

Virámo-nos várias vezes para que nossas pilas penetrassem alternadamente dentro dos nossos corpos.

Levámos horas nisto com pequenos orgasmos sucessivos até atingirmos o clímax sexual total.

Já não ouve pachorra para nos irmos lavar, a música já tinha acabado e a função também, eram seis da manhã, o Sol já entrava pelas janelas, adormecemos agarrados e dormimos como dois anjos.

   

(Afinal,” Os santos ao pé da porta sempre fazem milagres”!)

 

Hoje somos amantes! Luís, e porque não consigo ser fiel a uma só pessoa, faz parte da minha colecção mas é uma pessoa muito especial.

Quando ele tem tempo, fica em minha casa, ouvimos música, tomamos um copo e fazemos amor até às tantas.

 

Ele é um puto muito especial e adorável, se pudesse, casava com ele e então sim, passaria a ser fiel a uma só pessoa.

 

 

O Caçador

a música que estou a ouvir: Passaro de fogo de Roberto Carlos
sinto-me: Voltei a contar histórias
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Terça-feira, 29 de Janeiro de 2008

Noite de Teatro

                          Noite de teatro

 

 

      Emanuel que nunca tem tempo para fazer algo alem do trabalho, como lhe deram um bilhete de ingresso, naquela noite, foi ao teatro.

 

 

O Emanuel é um rapaz de compleição apetitosa para qualquer mulher, tem 30 anos de idade, mede um metro e oitenta, cabelos castanhos com laivos alourados, mas naturais, os olhos penetrantes e sempre atentos a tudo o que o rodeia. Veste-se com muito bom gosto, não andando atrás da moda mas sabe conjugar uma gravata com uma camisa e um casaco com umas calças. Os sapatos, que é o sítio para onde uma mulher de bom gosto olha primeiro, estão sempre impecáveis e a condizer com o resto da farpela.

Quando num dia de calor despe o casaco e percorre os seus locais de trabalho por entre o mulherengo, estas só não assobiam por vergonha e respeito ao chefe mas muitas sonham que trocarem-no por aquele com que um dia as lavaram ao altar ou não, mas que têm que aturar todos os dias. Começam por olhar para os sapatos, e percorrem todo o corpo parando por vezes pelo rabo e pela cintura indo parar na compleição dos seus abdominais. Quanto ao resto, nada mais há para ver, pois nunca tira a gravata nem arregaça as mangas da camisa.

Emanuel, não tem tempo para nada, nem sequer para se aperceber de quanto é apetitoso para elas e até por acaso, para um deles que também existe num dos super mercados e que é expositor e como tal, tem que com ele conviver enquanto das sua visitas ao local onde este também trabalha. Por força do trabalho já almoçou com alguns colegas e por mais que se atirem, ele não dá por nada, (cá para mim, é mesmo parvo).

Já teve uma namorada, mas como é habito dizer-se, “ficou tudo em águas de bacalhau” não se sabe porquê.

Emanuel efectivamente não tem tempo para qualquer coisa a não ser para o trabalho. Não tem qualquer hobby, for a do trabalho, tem poucos amigos, a não ser em uns fins-de-semana que se encontra com um casal e um tio destes para jogarem às cartas e mesmo assim, são poucas as vezes que o apanham.

Quando se lhe pergunta em que se entretém fora das horas de trabalho é peremptório e diz: “O trabalho ocupa-me todo o tempo do mundo”.

 Efectivamente, ele percorre todo o Portugal de lés a lés, incluindo Açores e Madeira para visitar e inspeccionar os super mercados que fazem parte de um grupo implantado em Portugal e onde é um chefe muito conceituado.

Diz o povo e tem razão, “Um dia é dia de Santo António”.

O Emanuel num dos fins-de-semana de jogatina a conversa dirigiu-se para as artes, por força do conhecimento do Tio Nelson, o tal tio (emprestado) do casal onde se juntam para jogar às cartas. O rapaz, o tal tio, como ele costuma dizer já tem duzentos anos, não é bem assim, mas quase. Viveu durante muitos anos ligado às artes, tais como cinema, teatro e televisão e como é obvio as conversas deste, emanam para as agendas culturais que se fazem nesta terra, embora poucas, porque no pós 25 de Abril nenhum governo tem zelado pela cultura, mas ainda vão aparecendo uns génios, que a muito custo vão levando à cena algumas peças de teatro, principalmente teatro à portuguesa, o chamado Teatro de revista. 

Entre uma jogada e outra, às duas por três, vieram à baila vários filmes que marcaram os tempos, tais como ’Cabaré’, ‘E tudo o vento levou’, ‘Doutor Jivago’, ‘My fair Lady’ e tantos outros. É nesta entreacto de conversa que o Tio Nelson fala sobre a peça encenada por Filipe Lá Féria ‘Música no Coração’(a) que também já tinha dado no cinema, mas que em teatro era digno de se ver pois não deixava nada a dever às montagens que se fazem em Nova Iorque ou em Londres e que toda a gente devia de ir ver.

“Pois sim!” Disse o Emanuel “Eu não tenho tempo para essas coisas”.

O Tio Nelson que não é rapaz para se ficar, desafiou-o, a ir ao Politeama, ver a tal peça pois ia arranjar-lhe um bilhete de ingresso, bastava fazer um telefonema para o bilhete ficar na bilheteira em seu nome e à sua espera.

  Aqui gerou-se uma aposta, uns diziam que ele não ia e outros diziam que ia. Desta vez, para não fazer desfeita á aquela oferta tão pronta do Tio Nelson, o Emanuel lá combinou a noite que iria disponibilizar e assim ficou combinado.

O Emanuel foi ao teatro, só não sabia que iria ver efectivamente um bom espectáculo e o que lhe iria acontecer depois deste terminar.

Contrariamente ao que é habitual o nosso Emanuel, aprontou-se de uma forma diferente no vestir. Calçou uns sapatos de pele de crocodilo, umas calças de ganga de marca, uma camisa nova de dois botões, como se usa agora, e sem gravata. Para completar a indumentária, vestiu um casacão de pele e lá foi ao Politeama.

As luzes da sala ainda não tinham descido e havia ainda pessoas a entrar, sentar-se, a despir os casacos, em fim a acomodarem-se para o espectáculo.

Emanuel também tirou o casaco, colocou-o sobre os joelhos e enquanto não se ouvia as pancadinhas de Molière (b), foi lendo o programa onde consta a história da peça assim como o nome de todos os actores intervenientes, autores e compositores.

  Ao mesmo tempo, ia olhando para quem o rodeava. À direita tinha um casal jovem que olhando mais em pormenor, pareciam noivos, pela forma como vestiam e como davam as mão muito entrelaçadas, saltando de ambas o brilho de alianças novas, (dava a entender serem um jovem casal de certa condição social, pela grossura das alianças assim como um anel de brilhantes que num dos dedos da mão esquerda ela ostentava). Do lado esquerdo, um jovem também ai para os seus trinta anos, como ele, magro aparentando ter a sua altura, cabelos encaracolados e nem comprido nem curto de rosto angular de olhos castanhos e uma tez morena. Vestia-se de um blazer castanho, camisa branca, sem gravata, tendo os quatro primeiros botões abertos, vislumbrando-se uma cruz em ouro que sobressaia sobre meia dúzia de pelos pouco perceptíveis, mas que se via no seu todo ser um tipo bem tratado.

As luzes foram-se baixando após um sinal acústico e lá se ouviram as pancadinhas de Molière, as cortinas de boca de cena abriram-se e o espectáculo começou.

Veio o intervalo e todo o público aplaudiu freneticamente, porque de facto o final do primeiro acto foi um espanto.

 O parceiro do lado esquerdo até se levantou para aplaudir ao mesmo tempo que dizia “isto sim! É um espectáculo” virando-se para o nosso Emanuel e dizendo: - Que acha deste encenador?

Coitado do Emanuel que não é dado a grandes conversas principalmente com quem não conhece lá ia dizendo com a cabeça que sim!

Neste intervalo que normalmente é curto, dirigiu-se ao bar e tomou um café e um brandy ao mesmo tempo que fumava um cigarro.

O tal parceiro de plateia, também ali estava a tomar o seu café, olhou para ele fixamente e disse: - Amigo, não tenho nada a ver com a sua vida, mas no meio de tanta gente, fumar um cigarro não só lhe faz mal a si, como aos outros, desculpe o meu atrevimento, mas como sou médico sinto-me na obrigação de alertar as pessoas para o mal que o tabaco faz!

O Emanuel apagou o cigarro e como é uma pessoa educada, pediu desculpa. Ao mesmo tempo pensou lá para com ele, “era só o que me faltava, logo numa das poucas vezes que saio, tenho um tipo à perna a dar-me aconselhamentos de saúde”. Tocou a campainha de reinício da sessão e lá se foi sentar para assistir ao resto do espectáculo.

Terminou o espectáculo com um final onde entra toda a companhia cantando a canção de fundo “Música no Coração”. Todos aplaudiram de pé e durante bastante tempo sendo toda a companhia obrigada a bisar a última canção.

Já na rua, o Emanuel, pois é dele que se trata, achou que estava um pouco de frio e ao mesmo tempo que sentia o cheiro a marisco que sai da cervejaria Sol Mar, mesmo ali em frente e como dias não são dias e não tinha pago o bilhete, foi até lá, podia gastar uns trocos. Sentou-se a uma mesa, pediu uma taça de vinho verde e meia dúzia de gambas.

O Sol Mar é uma cervejaria frequentada por muitos artistas empresários, encenadores e público em geral, onde relaxam depois de terminarem os espectáculos tanto do Politeama como do Coliseu dos Recreios que é mesmo ali ao lado na rua das portas de Santo Antão (rua emblemática da nossa capital, onde não passam carros, cheia de restaurantes e onde já esteve durante muitos anos a sede do Sporting Lisboa e Benfica, felizmente que ainda existe a Casa do Alentejo, instalada num edifício soberbo emblemático e cheio de tradições).

Entre uma taça de vinho e uma gamba, vai olhando para os outros fregueses frequentes daquela casa também emblemática para a cidade de Lisboa, quando se apercebe que na mesa mesmo ao lado, está nem mais nem menos que o encenador, alguns artistas da peça que acabava de ver assim como o tal doutor que tinha estado ao seu lado na plateia e o criticou pelo facto de estar a fumar no bar do teatro.

Emanuel rapaz pacato e nada conhecedor de gente o teatro, a não ser as histórias que tem ouvido o Tio Nelson contar nas tais noites de jogo em que se juntam para uma amena cavaqueira e destresar das semanas de trabalho, ficou em pulgas e com uma vontade tremenda de falar com aquela gente que ele julgava ser diferente dos outros. Tanto olhou, que o tal doutor fixou-se nele e o convidou para a mesa dizendo:

- Agora aqui, e há pouco no teatro?! Desculpe o meu atrevimento no intervalo da peça, mas eu sou mesmo assim.

- Não faz mal eu às vezes é que me distraio, com certas alturas.

- Não quer sentar-se à mesa, connosco? Parece estar só!

- Sabe, eu de artistas conheço pouco, mas seria meu prazer juntar-me a tão ilustres figuras do nosso teatro.

Emanuel não esperou mais por outra oportunidade. Pegou no prato das gambas, na garrafa de vinho e no copo e lá foi ele sentar-se junto às “vedetas”.

A conversa entre todos foi animada. Emanuel confessou que só tinha ido ao teatro duas vezes na vida e desta, foi porque tinha um amigo que lhe chamam Tio Nelson lhe tinha arranjado um bilhete.

- Não me diga que é fulano, (para aqui não vem ao caso o nome verdadeiro do Tio Nelson) disse o tal doutor.

- É verdade, é ele mesmo.

- Pois quando estiver com ele, dê-lhe um abraço, pois esse tipo desde que julga estar velho, não aparece e só me telefona de vez em quando, mas desta vez parece que foi por uma boa causa. (se mi serrando os olhos e dando um trejeito aos lábios, riu-se)

- Há.. Há.. Há…, pois, ele é mesmo assim! (disse o Emanuel)

- É pena porque quem não aparece esquece e ele não merece estar afastado da vida artística. Sabia que é um bom cantor?

- Sim! Sei que teve uma carreira interessante, mas na altura do 25 de Abril os cantores românticos foram chamados de nacional cançonetistas e foi posto de lado como tantos outros e também se casou, afastando-se da actividade artística e hoje vive de recordações escrevendo umas coisas relacionadas com a saudade que tem desse tempo e afastou-se.

- É mesmo por essa razão que não me caso! Quem casa, quer casa, eu já tenho a minha e não estou para reparti-la com uma pessoa qualquer. Quanto a essa época, felizmente que já passou só é pena que ele não volte assim como outros cantores da altura porque isto de cantigas está muito mal.

- Pois, eu também sou da mesma opinião, sou amante da boa música e passo a vida a comprar CDs dos chamados velhos tempos. Também sou solteiro e ainda não arranjei um novo compromisso. Em relação ao último, cheguei à conclusão que não há nada para sempre. Enquanto tiver os meus pais vivos não arranjo mais ninguém.

A conversa entre os dois estava de tal forma animada que os outros notaram que estavam a mais, além disso, estavam cansados, e resolveram pagar as despesas, despediram-se e lá foram às suas vidas.

A cavaqueira continuou até que um empregado chegou à beira deles e informou que a cervejaria ia fechar pois já eram duas e trinta da manhã.

Como pessoas de bem e educadas, gerou-se aquela pequena discussão do quem paga a conta:

- Não quem paga sou eu,

- Não, desculpe eu é que sou a apagar

- Mau! Eu sou o mais velho, portanto, quem paga seu eu. Dizia o Emanuel.

O empregado já um pouco farto daquela troca de galhardetes e porque o que ele queria era ir-se embora disse:

- Os senhores desculpem mas a conta já está paga, o Senhor empresário que estava com os actores quando se foi embora pagou a conta toda e como os senhores não beberam mais nada, podem ir-se embora à vontade.

Ambos ficaram admirados pela gentileza do pagante e porque de facto já ali estavam à bastante tempo sem consumir, em uníssono, cada um tirou uma nota de cinco euros da algibeira e deram ao empregado como gorjeta, pedindo ao mesmo tempo desculpa, por terem estado a ocupar uma mesa durante uma hora sem consumirem.

Para o empregado, rapaz esperto e habituado a clientes daqueles perante tal gentileza, ”abriu-se todo” em agradecimentos dizendo espera-los de novo desejando que a conversa entre ambos não tenha sido “uma conversa da treta”.

Efectivamente aquela conversa não tinha nada de “conversa da treta”, mas sim, o início de uma forte amizade.

Saíram e como a noite estava bastante agradável e a conversa ainda não tinha acabado, resolveram continua-la avenida da liberdade a cima.

O Jorge olhou para o relógio e disse:

 - Efectivamente está uma noite espectacular, você tem carro por aqui?

- Sim tenho, está mesmo aqui em frente aos Correios, foi o único sítio que encontrei quando cheguei.

- O meu está no parque dos restauradores. Como venho cedo para o teatro, deixo-o ali, pago mais qualquer coisa, mas estou descansado. A propósito, e se fossemos tomar um copo a qualquer lado?

- Sabe, eu não sou muito de sair à noite, principalmente em Lisboa, portanto não conheço assim um lugar onde possamos conversar a esta hora. Você é que é um homem da noite e dos teatros e pode saber de um bar agradável.

O Jorge, perante esta afirmação foi logo peremptório em emendar a opinião do novo amigo:

- Bem! Não é bem assim, eu só venho a este teatro mais vezes porque sou o médico do realizador e apoio todos os actores e trabalhadores da companhia, como temos vários assuntos a tratar, às vezes dá jeito falar-mos nestas horas. No entanto sim, conheço um bar bastante simpático à entrada do Bairro Alto que por acaso, praticamente só é frequentado por tipos de negócios, do teatro e cantores.

- Pois bem! Vamos lá! Levo o meu carro que está mais à mão, e depois vimos buscar o seu! Que acha?

- Está bem! Vamos então ao Harrys Bar.

Quando chegaram, o João, mais conhecido pelo Joãozinho, e que é o dono do bar, fez uma grande festa ao Jorge com beijinhos e tudo como é seu habito tratar os seus clientes. Foi buscar dois copos, um frapé com gelo, uma garrafa de Água Castelo e uma garrafa de Whisky que tinha pendurado no gargalo uma etiqueta com o nome do Jorge.

- Afinal, você é cliente assíduo aqui do bar, até tem uma garrafa em seu nome.

- É verdade. Disse o Jorge.

- Sabe? É aqui que trago os meus amigos da noite. Tem um ambiente agradável. A música é sempre muito baixa para podermos conversar. Só é pena a música ser sempre a mesma. Normalmente, são fado da Amália Rodrigues, os clientes já estão habituados. Esta casa é como um culto a Amália. Como pode ver existem quadros da Amália por todas as paredes e autografados ao Joãozinho que era muito seu amigo e visita de sua casa.

- Sim! De facto é um bar diferente dos que conheço. Deve ser porque a sua clientela está ligada às artes!

- Sabe? As artes, principalmente o teatro, as cantigas, a televisão e o cinema na sua maioria é composta por gente sem preconceitos em que tentam levar uma vida, o mais descomplexada possível. Também há pintores e escritores. Os que menos frequentam este tipo de bares são os toureiros, os futebolistas e os fadistas. Estes enganam as mulheres e os amigos por outros sítios mais recatados.

- Sim! Também me parece ser um sítio bastante recatado! Não só pelo ambiente como pela decoração. Deve ser um local de encontro de pessoas bastante afortunadas.

- Se olhares bem atentamente para os frequentadores com o teu olhar clínico podes verificar serem pessoas bem dispostas e alegres e que deixaram à porta os preconceitos dos outros. São pessoas livres e ao mesmo tempo simples que até gostam de ouvir Amália como música de fundo das suas conversas, algumas, que são só entre elas.

Na verdade, também a conversa entre eles nada mais era que uma troca de opiniões do ambiente onde se encontravam.

Sobre o que ali estavam a fazer, parece por agora, que não sabiam. Pelo menos o Emanuel. Tinha sido atirado para aquele local cheio de mitos num ambiente carregado de não sei o quê, pela força das circunstâncias.

Enquanto conversava com o seu novo amigo, na outra parte do seu cérebro ia-se lembrando das conversas que ouvia do Tio Nelson sobre a noite de Lisboa e que seria ele o culpado da sua ida ao teatro.

A certa altura o Jorge disse: - De vez em quando parece que estás ausente! Passa-se alguma coisa contigo? Ou estás contrariado?

- Não! Não é isso! É que nunca tinha vindo a um bar deste tipo, embora me sinta bem e até alguma atracção pelas pessoas aqui presentes.

- Bem, já é alguma coisa. Ao que parece fiz bem em trazer-te ao Harrys Bar. Embora esteja no Bairro Alto não é propriamente um Bar de putas ou maricas mas sim um bar de pessoas diferentes.

- Sim! Pelo que me apercebo não há nada que não se possa ver ou atente à moral do cidadão vulgar e até me sinto bastante bem.

- Isso é falta de saíres à noite e conheceres novas gentes fora do teu dia a dia.

- De facto, a minha vida é do trabalho para casa e de casa para o trabalho.

- Então não vives com ninguém?

- Não! Vivo só com os meus pais!

- Não me digas, que não anda por ai alguém a bichanar-te o coração?

- Não! Sai há pouco de uma experiência de dois anos, mas não deu certo. Talvez por eu também não ter grande experiência de uma vida a dois.

- De facto é difícil conviver permanentemente com outra pessoa na mesma casa. Habituarmo-nos, principalmente no acordar em que parece a pessoa não ser a mesma, independentemente dos hábitos, gostos e costumes que ambos têm que conciliar.

- Por acaso não foi o caso! Simplesmente não deu certo por questões de ciúmes.

- Isso é mau! Olha eu quando gosto de uma pessoa é porque também tenho confiança nela e nesses casos não tenho ciúmes.

Entretanto com esta conversa toda já tinham a acabado com a garrafa do Scotch.

O Joãozinho que está sempre atento aos seus clientes e amigos, reparou que a garrafa já tinha acabado, aproximou-se deles com outra nova como é habito, abriu, deitou um pouco de Whisky em cada copo e enquanto ia deitando também um golo de Água de Castelo, lá foi metendo a sua colherada.

- Então os meus amigos já chegaram a alguma conclusão ou só estão nos preliminares? Já são cinco da manhã e o melhor é irem acabar a conversa noutro sítio com menos fumo e mais acolhedor para ambos.

- De facto já são horas de nos irmos embora, já bebemos uma garrafa e daqui a pouco já não consigo guiar disse o Emanuel.

- Isso não é problema, como sabes sou médico e sei parar de beber, mas de facto, o melhor é irmos embora.

Despediram-se o Joãozinho e lá foram eles.

Já na rua, a claridade do amanhecer já se vislumbrava, o Emanuel deu dois passos em falso e o Jorge de imediato agarrou-o.

- Então homem? Não me diga que é o efeito da bebida da noite?

- Não! Simplesmente coloquei um pé em falso.

- Bem, o melhor é irmos comer qualquer coisa e como o meu carro está muito bem guardado no parque, passo eu a conduzir o teu. A esta hora ainda não está café algum aberto, vamos até minha casa. Fazemos um pequeno-almoço substancial tu descansas um pouco e mais tarde levas-me até ao parque onde tenho o meu carro e vais para casa. Está bem?

- É capaz de não ser má ideie, hoje até não trabalho e podemos conhecermo-nos melhor. Não é normal deixar outra pessoa conduzir o meu carro, mas por toda a conversa que tivemos toda a noite, parece que já tenho confiança em ti! Olha, seja o que Deus quiser! 

Entraram no carro e lá foram direitinhos para casa do Jorge.

 

       Dois meses depois

 

O Jorge vendeu o seu apartamento e ambos compraram um outro que andam a mobilar aos seus gostos.

É um apartamento bonito num último andar e como tal tem uma vista espectacular, decorado com muito bom gosto e toda a casa respira felicidade.

Ainda não está totalmente decorado e mobilado mas a coisa vai.

Ambos trabalham, fazem uma vida como dizem os brasileiros “gostosa” sem complicações. Têm os seus amigos que muito os acarinham, e sabem receber em sua casa. As famílias estão unidas e basta olhar para eles para nos apercebemos de imediato “Ali há felicidade”.

Ambos estão “Á espera de um Milagre” para que este amor dure para sempre.

O Tio Nelson está feliz por ter ocasionado este encontro com um simples bilhete de teatro.

 

 

Ps: História dedicada a dois amigos que conheci nas Areia.

      As personagens intervenientes e a história são puras ficções literárias.

 

 

O Caçador

Ano de 2007

 

Notas:

(a) Música no Coração é um musical baseado no livro “The Story of the Trapp Family Singers” com música de Richard Rodgers, letra de Óscar Hammerstein II e texto de Howard  Lidsay e Russel Crouse, numa versão livre em português com encenação de Filipe La Féria.

 

(b) Molière: Pseudónimo do comediógrafo francês Jean-Baptiste Poquelin (1622-163). Advogado, cedo trocou a toga pelo teatro. Luís XIV veio a atribuir-lhe uma pensão na qualidade de «sublime comediante». Compôs obras famosas como Les Précieuses Ridicules (1659), Le Misanthrop, Le Médecin Malgré Lui (1666), Le Tartuffe (1669) e Le Malade Imaginaire (1673).

As pancadas que se ouvem no teatro antes de abrir o pano foram de sua autoria.

 

O Caçador

 

a música que estou a ouvir: My Fair Lady
sinto-me: Com vontade de amar
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Sexta-feira, 30 de Novembro de 2007

Aventuras na sauna ( II )

Aventuras na sauna II

 

    Conforme prometido no final da história anterior " Aventuras na sauna ( I ) aqui fica o resto da aventura passada anaquele dia (esta é uma das histórias que estava na gaveta à espera de ser publicada). Para os interessados não tenham inveja pois isto é tudo literatura do cordel do mundo gay. Para os outros, que me leem e teem inveja de não estar lá e que acham que isto não acontece, principalmente para os "Bruxos" da nossa terra, então digam como é, e saiam mas é do armário.

Um abraço a todos e aqui vai o resto da história.

     

      Quando recompostos, demos um passeio pelo espaço a fim de ver o restante das instalações.

     Ao fim de um pequeno corredor deparámo-nos com uma sala de hidromassagem que até tinha três televisões onde passavam filmes pornográficos. Numa, um filme gay, noutra com lésbicas e outro hard cor que os puritanos chamam de normal (homens e mulheres), Em termos de filmes, havia para todos os gostos.

 

     Aquela pequena sala tinha de tudo. Filmes ao gosto de cada um, grandes fotografias de homens nus, uma piscina redonda de hidromassagens saindo das suas paredes grandes jactos de água aquecida. Toda a água ali existente fervilhava como se estivéssemos na lagoa das Sete Cidades em São Miguel, chamando-nos para ali nos atirarmos e deleitar-mos na sua quentura fervilhante.

     O chamamento era grande e assim fizemos, retirámos as toalhas e lá fomos nós água dentro.

 

     Naquela água fervilhante e de fortes jactos direccionados para os nossos corpos nus e já recompostos da aventura anterior e os filmes porno que nos rodeavam, rapidamente estávamos os três a acariciar nosso corpos e nossos paus que já se encontravam em riste tal espada de qualquer combatente da idade média.

 

     Nossos paus, derivados às carícias que íamos fazendo mutuamente, tomavam proporções gigantescas, já nada os fazia tomar outra medida. Não era só as carícias mútuas, também aqueles benditos jactos de água morna nos deleitavam todos os corpos e até os “tin tins” já estavam rijos.

 

     Ali estivemos durante algum tempo, enquanto outros rapazes passavam pela sala em redor daquela pequena piscina e iam observando, com olhares de inveja. Por baixo das toalhas iam batendo umas punhetas à nossa conta mas lá se iam embora sem coragem de se meterem na confusão, graças a Deus. Aquele momento era só nosso, não queríamos penetras.


     Quando deixaram de passar, um dos rapazes agarrou-me pela cintura, sentou-me no rebordo da banheira e começou a mamar-me o pau.

 

     Rapidamente o outro rapaz meteu a cabeça dentro de água e começou a mamar o pau deste, iniciamo-nos assim a segunda ronda de sexo, mas desta vez em estilo diferente. Tínhamos a água a envolver-nos como se estivéssemos nos úteros de nossas mães.

 

     Mantivemo-nos nesta mamada, até que o rapaz que me mamava sofregamente saiu de dentro de água e decidiu que queria ser comido. Correu para aporta, fechou-a, voltou para mim, deitou-me de costa e resolveu sentar-se no meu pau. Lentamente foi descendo. Fui sentindo meu pau a penetrar aquele buraquinho que era apertadinho até que ficou todo dentro dele. Ele parou e começou a contrair o cuzinho, apertando o meu pau e pondo-me maluco.


     Quando se apercebeu da minha loucura começou então num sobe e desce lento e moroso, de forma a sentir o meu pau a roçar-lhe o buraquinho todo, sentindo-o a entrar lentamente. Começou também a ficar maluco com aquilo e começou a aumentar a velocidade de montagem a gemer ao mesmo tempo. A velocidade do vai e vem era de tal forma controlada que o meu pau nunca chegou a sair daquele buraquinho tremendo. Era um delírio total de prazer mútuo.

 

     Enquanto isto, o outro rapaz que já não conseguia fazer mais nada dentro de água, foi-se colocar frente a ele e pôs-lhe o pau mesmo frente à boca a ver no que dava, ele não perdeu a oportunidade de começar a mamar. E quanto mais mamava e me montava, mais todos nós gemia-mos de prazer infinito.

 

     De repente abriu-se a porta da sala e nenhum de nós se incomodou, pois a loucura era tanta... entrou naquele instante um outro rapaz, louro, de cabelos compridos, corpo bem definido tal modelo de passerelles, alto, olhos azuis lindos, com tudo no sítio, rapidamente tirou a toalha se sentou dentro da banheira a observar aquilo tudo.


     Continuamos assim a foder, até que o rapaz que era mamado se inclina levemente para ajudar o novo participante a acariciar o pau. Inclino a cabeça para trás de tanto prazer e quando a volto a levantar, estava o louro em pé a roçar o pau dele no cu do outro e sem muitas demoras, mete-lhe o pau todo dentro do cu, começando a fode-lo como um cavalo selvagem.


     Cansados da posição, ambos os montados se desencaixaram e resolveram mudar de posição. Puseram-se então os dois, como que combinados, inclinados para o lado de fora da banheira, oferecendo os cuzinhos para nós comermos. Assim fizemos. Rapidamente nos pusemos detrás deles e começamos a foder ao mesmo ritmo.


     Alguns minutos mais tarde, trocamos, pois eu também queria comer o outro cuzinho que era redondinho e arrebitado. Bastou fazer um sinal com a cabeça, que o louro logo entendeu e aceitou, claro.

Trocamos e reiniciamos a foda. Fodemos feitos loucos, ao som dos nossos tomates a bater nos cuzinhos deles, dos seus gemidos, que de vez em quando se beijavam misturados com os gemidos que vinham dos filmes que entretanto ninguém ligava.

 

     Depois de todo este mete e tira, chupa, agarra e acaricia disse: “vou-me vir” para o outro dizer de imediato: “eu também”. Os rapazes que estavam a ser fodidos de imediato despenetraram (é uma palavra nova) viraram-se rapidamente para que nos viéssemos nos seus peitos. Viemo-nos para as caras deles, que esfomeadamente receberam os nossos leites.

     Mergulhamos novamente na hidromassagem, demos uns saltos tal corsas desabridos de contentes pelo campo fora.

 

     Acabamos por ficar mais algum tempo a conversar, fomos até à sala de café, conversamos mais um pouco. Nunca dissemos os nossos nomes nem trocamos de números de telefone. Tinha sido um bocado de noite bem passado entre três que passaram a quatro seres sabe-se lá com que vida na sociedade, o que faziam ou quem eram.

Só eu sabia quem era!

 

O Caçadorr 1999

 

Nota: Nunca mais os voltei a encontrar infelizmente.

a música que estou a ouvir: Sonhos de amor
sinto-me: com uma pica
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Domingo, 11 de Novembro de 2007

Fantástica experiência

Fantástica experiência

  

À porta do liceu pessoal lindo e bem vestido, elas de vestido comprido, alguns de costureiros famosos, eles de smoking todos muito bem alinhados e compostos saindo de carros reluzentes iam passeando-se pela passadeira vermelha até à entrada principal do salão de festas, pois iria ocorrer a festa de fim de formatura.

Ao longo da passadeira, uns iam parando, outros acotovelando-se, disputando os flash’s dos fotógrafos.

Já no átrio, iam-se passeando alguns colegas que pertenciam a turmas que eu tinha frequentado, uns lindos, outros não tanto. O facto de estarem vestidos com fatos de cerimónia, alguns até pareciam mais bonitos do que na realidade eram, mas entre eles, estava o Artur, rapaz de 19 anos, pele branca, cabelo louro, comprido pelas costas a baixo, os olhos extremamente azuis. Este já eu tinha tido a oportunidade de o ver nas aulas de ginástica e sabia que por debaixo daquela roupa, existia um corpo bem delineado, trabalhado por exaustivos anos de ginásio.

Sempre foi disputado por todas as miúdas e não só do liceu, seu físico era perfeito atractivo para ser sempre citado nas rodas femininas e até por alguns colegas que se diziam heterossexuais, mas eu sabia que uns eram bissexuais como eu e outros gays.

Como nunca quis ficar de fora da colecção de meninas e meninos de bem e mais cobiçados, consegui fazer parte de um grupo onde estava o Artur, desde o inicio me encantei também, como os outros, pela sua beleza máscula e viril embora aos meus olhos, talvez por aqueles cabelos louros compridos e a sua jovialidade me dava a sensação que ali havia algo de feminino, o que mais me atraia e sempre imaginava o que seria de bom na cama, pois da forma detalhada da qual contava suas aventuras sexuais com as garotas, me deixava com muito tesão.

A nossa relação de amizade sempre foi bem amistosa, e apesar de pouco nos conhecermos tínhamos consideração mútua.

Frequentávamos além de das aulas de música e canto, também o ginásio, embora esta disciplina para mim fosse de pura manutenção, para ele era o sustento já a alguns anos do seu corpo atlético. Era no vestiário que sempre acontecia aquelas brincadeiras normais da juventude, de apalparmos os rabos uns dos outros, eu, com mais atenção e tentando o mais vezes possíveis o do Artur. Quando íamos para o duche íamos cada um para o seu, pois infelizmente estes tinham divisórias e só podia entrar um de cada vez, mas quando passava por ele dava sempre uma espreitadela para o volume que formava dentro dos calções. Por vezes notava-se que estava de pau feito o que não acontecia aos outros mas nunca o tinha visto nu, até derivado á chatice dos chuveiros serem para uma só pessoa.

Feitas as apresentações do Artur, as minhas são mais simples, também tenho dezanove anos, moreno, cabelos pretos estatura mediana compleição física bem definida mas nada que se compare com o Artur, pois tenho menos tempo de ginásio.

 

Voltemos ao salão de festas.

Assim que o vi, fui cumprimentá-lo e elogia-los por ter chegado ao fim do ano e da forma como se apresentava vestido. Não pude entretanto de notar seu volume naquelas calças apertadas, notando-se que não usava slips, mas sim boxer’s, e aquela coisa que devia ser enorme percorria parte da perna esquerda conforme se vê aquele enchumaço nas pernas dos toureiros.

 Quando me viu logo transpareceu um sorriso aberto com ar malicioso, me olhou de cima a baixo, como a querer comer-me com aqueles olhos azuis e brilhantes e disse que eu também estava muito bem, continuando a olhar-me com aquela cara marota que não se deslinda se é rapaz ou rapariga.

Artur estava acompanhado por dois colegas que me apresentou, o João e o Carlos, tipos que nunca tinha visto no liceu mas que de imediato tirou as minhas duvidas, dizendo que eram primos, que viviam nos Estados Unidos e estavam em sua casa de férias.

O João teria aí uns vinte anos, cabelo cortado a máquina dois e louro, olhos azuis e corpo, aparentado debaixo daquela farpela, ser bastante atlético. O Carlos, também ai para os vinte e poucos anos, igualmente de cabelo rapado, olhos castanhos e também o corpo devia ser bem formado. Ambos lindos de morrer e extremamente simpáticos. Conversamos durante alguns minutos as futilidades de ocasião e a certa altura disse que tinha de ir cumprimentar outros amigos, (era mentira, o que queria era afastar-me o mais rápido possível, pois estava com uma tesão de não aguentar mais) afastei-me e pelo canto o olho, fui olhando para aquelas três brasas e vejo o trio com uns sorrisos sacanas e fazendo alguns comentários sobre mim, estava sem graça e caminhei para o bar a fim de tomar uma bebida.

Entretanto, na pista de dança que era rodeada de mesas, já alguns casais rodopiava umas músicas que orquestra ia tocando. Aquele evento como era uma celebração de formatura, tiveram o bom gosto de contratar uma orquestra para animar a festa em vez dos disco-jokeys a que estávamos habituados nas discotecas.

De repente, senti uma mão no ombro e voltei-me… era o Artur a convidar-me para a sua mesa, onde estavam o João e o Carlos, como estava sozinho, meus pais estavam na altura no estrangeiro não podendo assim estar presentes na festa de fim da minha formatura, aceitei de imediato.

Mais conversa de ocasião em que eles contaram que estavam a estudar nos EUA e que lá havia muita liberdade sexual, inclusive entre colegas, pois os seus quartos eram triplos, estudavam numa universidade só de rapazes, etc. etc.…

Conforme conversávamos, riamos e nos divertíamos e íamos bebendo uns copos. O Artur já apresentava alguns sintomas de bebedeira e ia-me olhando com cara de desejo, eu retribuía e ele sorria para mim, deixando-me com uma tesão dos diabos. Os outros repararam na nossa troca de olhares e também sorriam um para o outro ao ponto de a certa altura não tirarem os olhos de mim, meu pau estava cada vez mais excitado.

O Artur reparou naqueles olhares maliciosos e disse-me: - Vamos buscar mais umas bebidas? Levantámo-nos e quando nos dirigíamos para o bar o Artur disse que ia à casa de banho e perguntou se não o acompanhava.

 

Nem podia imaginar o que estava prestes a acontecer e fiz-lhe companhia, o banheiro fazia uma curva e do outro lado haviam os privados para onde nos dirigimos e sem ninguém dar por isso, puxou-me para dentro de um deles, fechou a porta e começou a beijar-me agressivamente, eu instantaneamente fiquei de pau duro, dei azo às fantasias que já tinha tido com ele nos balneários do liceu, peguei naquele cacete que já estava estourando de tão duro, apertando aquele pau com tanta força que ele começou a gemer baixinho solicitando que eu chupasse seu pau.

Nunca o tinha visto nu e estava ali a concretizar-se os meus sonhos. Sem demora, baixei-me e pude ver o que me esperava. Um caralhão grande e grosso de cabeça lustrosa e de glande aberta e começando a gotejar algumas gotas de esperma.

 

Mal pude colocá-lo na boca tamanha grossura, ele pressionava com muita força minha cabeça ao encontro daquele caralho e estocava seu pau na minha boca como se fosse um cuzinho apertado, que o deixava a ponto de gozar de tanta excitação, de repente puxou-me para cima me beijou freneticamente e eu delirei, a cara mais lindo da minha escola estava ali prestes a enrabar-me, meti meu caralho entre suas pernas ao mesmo tempo que o seu, em pé, roçava minha barriga. Estávamo-nos quase a virmo-nos quando ele disse ao ouvido, que me queria comer o cu. Não esperei mais, virei-me e ele começou a esfregar seu pau no meu cu, ao mesmo tempo que suas mãos apertava meu pau que começou logo a expulsar o leite que já há muito estava pronto a sair. Sentindo a situação, Artur meteu seu pau com tanta força que não pude deixar de gritar, virou-me um pouco a cabeça e consegui beijar-me, entretanto começou a foder meu cu com mais tesão ainda e logo senti seu pau pulsar e despejar uma quantidade enorme de espermatozóides malucos à procura de algo que nunca encontraria. Com aquele cacete enorme ainda dentro de mim, deu-me um abraço apertado num misto de carinho e satisfação.

Olhamo-nos fixamente, mas não tivemos coragem de comentar o ocorrido.

Voltámos ao bar, pegámos numas bebidas e voltámos à mesa, João e Carlos com o ar mais malicioso do mundo, comentaram a demora, e até com ar brincalhão perguntaram se tínhamos ido fazer as bebidas. Mas não, tínhamos era estado a foder. 

Mais tarde!

Tudo o que tinha acontecido não me saia da minha cabeça, estava louco para repetir a doze, e acredito que ele também porque não parava de me olhar.

       Rimos e galhofámos de outros colegas presentes naquela festa até o início do dia, já o sol despontava e ia começando a entrar pelas janelas quando resolvemos ir cada à sua vida.

       Já na rua e depois de nos termos despedido, o Artur que ainda estava com os copos, (eu era o mais sóbrio em termos de álcool, mas mais atento a tudo que me rodeava, pois não me saía do pensamento aquela foda que levara nos lavabos ao principio da noite) convidou-me para o levar a casa no meu carro já que os outros o tinham deixado apeado.

       Entendi o seu recado, depois de ter olhado para o chumaço que fazia nas suas calças e lembrando-me que se pensarmos e tempo que vamos durar nesta vida, não vivemos a vida, de imediato me prontifiquei a leva-lo a casa.

       Mal entrámos no carro, beijamo-nos e pegamos nas nossas pichas que estavam tesas que nem uns carapaus congelados e lá fomos até a casa do lindo.

       Nunca lá tinha ido, era uma vivenda de dois pisos e mal ultrapassávamos a soleira da porta, entrava-se num grande salão com vários sofás, cadeirões, um bar e vários cantos com sofás mais pequenos, mesinhas de apoio e candeeiros de leitura, havia também várias portas e uma escada que daria para o andar superior. No salão, somente um canto tinha uma luz vermelha acesa direccionada para um pequeno sofá onde se encontravam o João e o Carlos, eles tinham chegado mais cedo e estavam em cuecas beijando-se e acariciando-se, se já vinha com uma tesão danada no carro, ainda fiquei pior. Abracei o Artur e perguntei-lhe:

 - Então e agora? O que fazemos?

– Vamos para o meu quarto que é ao cimo da escada!

    Assim que começámos a caminhar direito à escada em semicírculo toda em madeira e uma alcatifa azul que percorria toda aparte central de escadaria, (aquela gente era mesmo de bem e com muita gita) o João e o Carlos, levantaram-se e apercebi-me do volume que ambos guardavam debaixo das cuecas todas floridas, o Carlos, olhando fixamente para nós disse:

- Não tranquem a porta pois também queremos alinhar nessa brincadeira, nós levamos o café e uns biscoitos!

      De facto aqueles rapazes, além de serem lindos, também sabiam receber e o que queriam.

 

 Mas essa é outra história que contarei mais lá para diante.

 

O Caçador

 

 

 

sinto-me: nas nuveis
a música que estou a ouvir: Taras e manias
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Terça-feira, 16 de Outubro de 2007

O Caçador - À espera de um milagre

Primeiro encontro

O Caçador - à espera de um milagre

 

A fim de alguns anos de sexo com pessoas interessantes, num jantar entre amigos onde pela primeira vez tive uma conversa cheia de desabafos de ambas as partes e depois de ter assumido as minhas tendências sexuais e ter contado algumas peripécias passadas ao longo destes anos todos, chamaram-me de “ O caçador”.

 Achei piada, já tinha dado por isso mas nunca me tinham chamado de tal, “ O Caçador”. Vim para casa, e ao som do bater das ondas do mar na minha “barraca”de praia, conde normalmente acontecem os meus escritos, aqui estou tentando fazer uma reflexão de todo o tempo passado e tentar justificar o nome de “O Caçador”.

Como estes escritos são para mim um desabafo que quero compartilhar contigo que me lês aqui vai um percurso de vida de “O Caçador”.

 

Ainda não entendi bem porquê. Desde muito novo, aí por volta das quinze anos de idade quando em lutas ocasionais de corpo a corpo entre rapazes, que comecei a sentir uma certa atracção por eles, principalmente quando eram bonitos, (o bonito para mim é um rapaz de corpo e porte perfeito que tenha algo de feminino sem ser afeminado). A certa altura já provocava essas lutas (de brincadeira) para os poder sentir. Foi um método que engendrei para os ter mais próximos, sentir seus corpos aliciantes e iniciarmos-nos numas “brincadeiras sexuais”.

Não me lembro de ter levado uma nega, sempre que me atirava e sempre rodeado de uma certa perspicácia levava a á gua ao moinho, como se diz na gíria corrente:- Acabava sempre com o coiso na mão e a mão na coisa, (ao principio era só assim).

 

Com o andar dos tempos, fui sentindo a obrigação de ter contactos sexuais com muitas mulheres o que era difícil, pois tinha mais facilidades com rapazes da minha idade. Fui descobrindo também que tinha permanentemente um desejo compulsivo denominado de "satíriase”. (Sátiro é uma figura da mitologia grega, meio homem, meio animal, descrita como um ser preguiçoso e sensual). Nessa variante de comportamento sexual, o homem não desenvolve uma relação duradoura sentindo-se sempre compelido a mudar de parceiro ou parceira. O que motiva a sua relação sexual é apenas um acto de conquista. Efectivamente era a conquista que me seduzia.

À tarde, acontecia no trabalho (mas sem nunca dar nas vistas), à noite era outro engate no café e às vezes acontecia outro ainda no caminho para casa (umas vezes para passar a noite outras , só pelo prazer do momento). Porque tinha um comportamento normal, não tendo tiques ou qualquer comportamento que desse nas vistas as minhas opções sexuais (ainda hoje!) sempre tive e tenho possibilidades de grandes engates.

Percorri todas as pensões de Lisboa, criei amizades fortes em algumas dessas casas chegando a ter as chaves dos quartos independentes (o que era bom, pois algumas pessoas nem davam conta que estavam a entrar numa pensão "outros tempos").

Cheguei a ter de sociedade com colegas de trabalho, apartamentos alugados para os nossos “cabritos”. Eram outros tempos em que se podia encontrar um novo amigo e levá-lo para casa sem qualquer problema, “não havia drogas nem prostitutos ou sida” havia sim, sempre um pouco de amor para trocar.

  

Buscando explicações para estes factos, procurei ler muitos livros sobre estas situações e cheguei à conclusão que há psiquiatras e outros especialistas que dizem: - O homem que actua como D.Juan busca alguém perfeito no seu imaginário com quem fazer sexo, depois da conquista sexual acabam por esquece-los: - Ai está o Caçador

 

Talvez porque sempre fui um tipo de amor-perfeito, apaixonavam-se por mim com facilidade. Eu no entanto, com é normal nos bissexuais, sempre tive dificuldade em manter esses relacionamentos por muito tempo.

 

Percorri um tempo interessante de conquistas de homens e mulheres. Estive apaixonado três vezes, uma delas foi com a mulher de quem tenho um filho, mas como um verdadeiro metrossexual, as relações não duraram muito, o máximo foi vinte anos, e já foi muito!

Depois deste escrito, fico á tua espera.

Comenta-me ou contacta-me se achares que sim! - A vida é para ser vivida no tempo que por cá andamos.

 

Se conhecerem alguém que sirva a este perfil, estou pronto a ser apresentado. O resto é com o Caçador que continua à espera de um milagre.

Este escrito é dedicado ao casal Bicho, sem tabús e sem preconceitos.

 

O Caçador

publicado por nelson camacho às 09:00
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